Cheira a queimado.
Não, não é culpa das vanguardas nem dos -ísmos. Não é a minha cabeça.
É mesmo a tomada. A que menos uso! Sim, e estive eu pensando por uma semana que era o computador.
O que é que isto interessa mesmo? Não faço ideia. Foi a primeira coisa que me surgiu. Talvez devesse pensar em algo mais inteligente.
…
Verdade seja dita, depois de – quantas horas? – uma tarde a estudar correntes artísticas, o nosso cérebro já não vê nada à frente se não uma miríade de palavreado pitoresco, misturando com alguns nomes de pintores estranhos e a terrível sensação de que ainda faltam muitas páginas de matéria. E eu que queria escrever (literatura) antes do jantar…
Certo, talvez a minha cabeça também esteja queimando.
Vamos tentar por a História de parte só um bocadinho, guardá-la numa gaveta até ao dia do teste.
Não sei quero falar de hoje. Hoje teve coisas boas, coisas aborrecidas, coisas tristes. Talvez pela ordem inversa, o que é bom. Não, estas viagens de autocarro não têm prestado. É certo que as passo a ler e isso é o que eu quero, mas a questão é o antes e o depois. Não gosto que não me olhem e retribuam o bom dia; mesmo que estejam a falar. Não gosto que caminhem três metros à minha frente; mesmo que tenha fones nos ouvidos e não esteja interessada nas suas conversas. Lamento, mas foram muitos anos para uma mudança tão radical. E não sou eu que ajo de maneira diferente todas as manhãs.
Mas então houve o regresso, o reverso da moeda. Acho que a aula de piscinas deu um empurrãozinho, porque saí com ela. Suponho que tenha falado mais nesses minutos que em toda a semana. Foi… normal. E depois eu deixei de lado a leitura para jogar com elas às cartas. Sim, foi melhor que normal.
Pergunto-me como será amanhã. O banco de quatro não voltou a estar desocupado. Pela primeira vez, gostaria que estivesse. Não para conversar, não para ouvir, mas para estar perto, um momento por dia. Não quero afastar-me, não de forma irreversível. Simplesmente porque não faz sentido. Tem de haver um meio-termo entre sempre e nunca, certo?
Espero desesperadamente encontrá-lo.
(Sim, pelos vistos queria falar de hoje.)
Ainda cheira a queimado.
Não, não é culpa das vanguardas nem dos -ísmos. Não é a minha cabeça.
É mesmo a tomada. A que menos uso! Sim, e estive eu pensando por uma semana que era o computador.
O que é que isto interessa mesmo? Não faço ideia. Foi a primeira coisa que me surgiu. Talvez devesse pensar em algo mais inteligente.
…
Verdade seja dita, depois de – quantas horas? – uma tarde a estudar correntes artísticas, o nosso cérebro já não vê nada à frente se não uma miríade de palavreado pitoresco, misturando com alguns nomes de pintores estranhos e a terrível sensação de que ainda faltam muitas páginas de matéria. E eu que queria escrever (literatura) antes do jantar…
Certo, talvez a minha cabeça também esteja queimando.
Vamos tentar por a História de parte só um bocadinho, guardá-la numa gaveta até ao dia do teste.
Não sei quero falar de hoje. Hoje teve coisas boas, coisas aborrecidas, coisas tristes. Talvez pela ordem inversa, o que é bom. Não, estas viagens de autocarro não têm prestado. É certo que as passo a ler e isso é o que eu quero, mas a questão é o antes e o depois. Não gosto que não me olhem e retribuam o bom dia; mesmo que estejam a falar. Não gosto que caminhem três metros à minha frente; mesmo que tenha fones nos ouvidos e não esteja interessada nas suas conversas. Lamento, mas foram muitos anos para uma mudança tão radical. E não sou eu que ajo de maneira diferente todas as manhãs.
Mas então houve o regresso, o reverso da moeda. Acho que a aula de piscinas deu um empurrãozinho, porque saí com ela. Suponho que tenha falado mais nesses minutos que em toda a semana. Foi… normal. E depois eu deixei de lado a leitura para jogar com elas às cartas. Sim, foi melhor que normal.
Pergunto-me como será amanhã. O banco de quatro não voltou a estar desocupado. Pela primeira vez, gostaria que estivesse. Não para conversar, não para ouvir, mas para estar perto, um momento por dia. Não quero afastar-me, não de forma irreversível. Simplesmente porque não faz sentido. Tem de haver um meio-termo entre sempre e nunca, certo?
Espero desesperadamente encontrá-lo.
(Sim, pelos vistos queria falar de hoje.)
Ainda cheira a queimado.
1 comentário:
Pois... eu lembrei-me disso. Também já tiveste o teu 'não' e decerto que não foi merecido, mas custa sempre... nunca é agradável, especialmente quando sabemos que os outros 'sim' vão para pessoas que talvez não os mereçam (tanto)...
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