segunda-feira, 31 de maio de 2010

Contagem Decrescente


Raquel Neves
2009-2010

domingo, 30 de maio de 2010

Sob Consciente

Acordei a doer-me a cabeça. Pergunto-me se a dor alguma vez tenha desaparecido completamente durante a última semana.
A questão de Direito... Pedi à minha mãe para me acordar às dez. Eu e os despertadores nunca fomos grandes amigos. Mas eu acordei antes que ela entrasse sequer no quarto. Olhei ao relógio, eram 9:59.
Já tinha referido a parte em que me doía a cabeça?
Tinha sonhado que os meus amigos (não é que me apeteça muito chamar amigos depois disto) me tinham deixado para trás num bar. Propositadamente.
Tinha sonhado que corria desalmadamente atrás deles.
Tinha sonhado que gritava histericamente com eles. Não obtia resposta.
Mas o assunto da discussão não é tanto um sonho.
Acabei de perceber que acredito inteiramente na teoria de Freud sobre o inconsciente.

Contraponto

Sinto... uma alegria estranha de reconhecimento anónimo. Talvez não saibam, mas o reconhecimento melhor é o anónimo.
E no entanto, deveria ter estado em vários sítios hoje. Deveria ter sido mais solidária. E mais amiga. Okay, talvez não estivesse mesmo para sair de casa, mas continuo a dar ênfase ao devia.
Eu para a próxima prometo que vou esforçar-me realmente para ir.
Também não peguei em nada de Direito. Bolas!
E não acredito que amanhã vá ser solidária. Damn it!
Não me agrada estar cheia de boas intenções e nenhuma acção. Não me agrada muita coisa que faço ou digo; ou que digo e não faço. Não gosto especialmente quando digo uma coisa que penso realmente que é sincera, mas que vai na volta descubro que não é nada disso que sinto.
Sou uma pessoa conturbada =/
E fiquemos por aqui.

sábado, 29 de maio de 2010

No final já eram 2h

Os olhos pensam. São quase duas da manhã. Sexta-feira. Ou sexta-feira até há duas horas.
A alma, porém, está cheia. Orgulho. Novo(s) desenho(s) no DevianArt.
Às vezes tenho pena de não perder mais tempo a desenhar — passo a expressão. No Verão, talvez. É daquelas coisas que me surge quando nada mais apetece; ou então nas aulas. Pois, já sei.
Mas vou mesmo dormir. Se conseguir desligar o rádio na minha cabeça que toca bem alto as músicas novas. Acho que já um dia escrevi como são sangue novo que me reanima.
É assim. Boa noite.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Música que nos toca

Não sei o que esta música tem, mas tem-no...


Seize the day or die regretting the time you lost
It's empty and cold without you here, too many people to ache over

I see my vision burn, I feel my memories fade with time
But I'm too young to worry
These's streets we traveled on will undergo our same lost past

I found you here, now please just stay for a while
I can move on with you around
I hand you my mortal life, but will it be forever?
I'll do anything for a smile, holding you 'til our time is done
We both know the day will come, but I don't want to leave you
...

Sieze the Day - Avenged Sevenfold

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Cansada. Ponto final

Já não consigo ler no computador fixo. Faz-me mal aos olhos.
Esta tarde adormeci duas vezes. Uma estava eu a estudar História. Ler isto foi um suplício. Não dá mais. Mas sinto que não fiz nada por saber isto.
Estou cansada. Uma dor insistente nas têmporas vai e vem. Faltei a Direito, não me apetecia mesmo nada.
Sinto-me naquele estado emocional pré-choro. Deve ser da música.
Tenho frio. Devia ir secar o cabelo.
Não tenho coragem para voltar a abrir o livro. Não vou subir a nota. Não importa.
Estou tão exausta... Sei que não sou a única. Mas este último esforço está a lançar-me por terra. Ontem quase me desfazia ao saber de mais um relatório todo complexo a fazer numa tarde, porque alguém na turma decidiu que eu dava uma boa nota a todos. Não o farei sozinha, mas a ideia cansa-me.
Acordar cansa-me.
Pensar cansa-me. Ponto final.

terça-feira, 25 de maio de 2010

7 dias entre acabada e acabei

Estou cansada. O trabalhado acumula-se em pilhas de papéis que rebolam para cima de mim, fecham-se a meu redor. Sinto que vou sufocar. A cabeça lateja sem dor. Os olhos lacrimejam sem tristeza. Quero parar o tempo. As horas que se sucedem nada dão, antes tiram, e só há frutos quando alguém tem vontade de os colher. Não a tenho. Faço-o, mas não a tenho. É obrigação, não fome.
Sinto a exaustão avançado devagar sobre mim, enquanto o meu sistema nervoso vira e revira, torce e retorce-se, e a qualquer hora nas próximas horas quebro-me e desmancho-me, amortalhada em histórias que não são as minhas histórias, em palavras que não são as minhas palavras.
Estou na aula. Devia estar em casa, fazer render o tempo que me falta e me consome. Preciso que as 24 horas do meu dia dupliquem. Por favor!
Ainda não compreendo como vou acabar este trabalho e estudar metade de história numa tarde.
Afinal é mais uma semana de trabalho a contar de hoje.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Não gosto mesmo das 2ª's

Preciso de uma pausa. Não gosto de trabalhar para a escola à noite e estou há muito tempo nisto. Já não posso com Memorial e passarolas e padres Bartolomeu Lourenço.
Não, não vou falar do Baile. Correu bem, vamos dar 700€ à UNIR e é tudo o que precisam de saber.
Não estou chateada, embora pareça. Esta semana vai ser puxada, mas é só mais uma. Só mais uma. A culpa foi da quase uma página de texto que eu apaguei do trabalho porque me pus a brincar com os atalhos do teclado. Não vou acabar isto hoje. É para quarta. E amanhã tenho História para estudar, são 130 páginas. Ser estudante é lixado.
Ok, chega de queixas. Até estava meio divertida com os comentários da minha prima ao bocado de livro que está a ler — uma coisa que comecei no Verão passado e não continuei - ainda. Sim, aquelas personagens saíram muito bem, e vai na volta a protagonista até tem o mesmo sonho deste padre do Saramago. Não, não quer voar. Mas quer liberdade. Quer mudança. Quer que antigas regras caiam.
Sim, eu estou realmente a aprender o Memorial do Convento. O que foi? Até gosto. Mas bem dava jeito mais tempo para acabar isto. Hoje não. Já não funciona.

P.S. As pessoas gostaram mesmo do Baile. Pelos vistos, conseguimos.

sábado, 22 de maio de 2010

Preparativos e afins

Estranho como foi um dia tão cheio e aqui estou eu, sem pouco mais para dizer do que: é amanhã (já?) o Baile. O falado Baile de Finalistas.
Estou tranquila todavia, como não estava há dias. Psicologia já foi, é oficialmente um disciplina, e a primeira, riscada do mapa. Amanhã é A.P. Mas o NERA ficou arranjadinho e bonito, mesmo sem o drama do cenário. Fui ouvida e a melhor ideia para aproveitar a estrutura horrível do palco (faixas publicitárias brancas, tenham dó!), e compensar a falta de cenário, foi posta em prática. As figuras douradas dos óscares como guarda-costas de ambos os lados também está muito bem. Honestamente, sem eles, muito pouco teríamos de Hollywood.
Amanhã de manhã ainda temos trabalho (balões e flores e faixas), mas acredito que o salão vai ficar bonito. Tem de. Pode-se dizer que estou com um bom feeling (bem, mais ou menos. ter um bom feeling é simplesmente não ter um mau). Estranhamente, não estou muito ansiosa. Vou mesmo dormir esta noite. Porque amanhã é pouco provável. Nas horas nocturnas não, pelo menos.
Quando tiver acabado, faço uma festa. Oh, mas não. Já deu para aprender que dá muito trabalho.
P.S. Sempre fui ver o teatro. Levei quase a casa inteira comigo, mas ainda bem. Gostei ;)


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Complicações

Foi um dia... conturbado.
Certas pessoas tiram-me do sério. Andei a dizer palavrões à porta da sala de Psicologia. Desconfio que a prof. ouviu. Não importa.
Sábado é o baile. É normal que eu esteja stressada, sim? Principalmente quando me complicam a vida. Sou uma pessoa temperamental. Aguentem.
E o cenário ainda está a zero...
Vai ser fabuloso. Amanhã vai ser outro dia daqueles. E ainda queria ver o teu teatro, mas não me apetece ir sozinha. Provavelmente, hei-de de estar K.O. o suficiente para não me apetecer de todo. Desculpa. Eu quero mesmo.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Preciso da reencarnação de Freud

Hoje vou falar de sonhos. Um sonho. Um nome. Esta manhã.
Foi tudo um pouco confuso de compreender, os porquês e como's e para quês. Vai haver muitos "não sei bem", aviso já. Eu também gostava de percebê-lo claramente. Contudo, e estranhamente, acordei bem. Para somente mais uma hora de sono do que o costume (uma hora, ou quase, cobrada em sonhos), não acordei como se mal pudesse abrir os olhos. Não saltei da cama cheia de energia, evidentemente, mas, lado positiva, não me sentia — sinto — cansada. Nota mental (ando a apanhar esta mania contigo): continuar a deitar-se uma hora mais cedo.
Mas de volta à história do sonho. Bem, ao que me posso lembrar. Foi uma grande, grande mistura de factores; a minha bela imaginação andou a juntar memórias tipo puzzle e saiu algo digno de filme (ou não). A primeira coisa de que me recordo é de estar num hipermercado tipo gigantesco — e de deixar qualquer coisa mal posta, afastar-me, e quando voltei costas esta toda a gigantesca prateleira recuada para trás (rodas?) e os pobres empregados andavam a apanhar o que fosse. Eu estava ansiosa e preocupada. O incidente não teve qualquer relação com o resto do sonho. Estava com a minha mãe, embora não andasse propriamente em cima dela. Mas ia controlando. Acho que ela falou uma vez ao telefone, ou teria sido a minha avó depois? Anyway, ela pediu à minha avó para ela contactar a mãe de uma rapariga — uma estranha que sabíamos ter falecido — e acertar quanto é que ela queria pelo coração (??) da filha morta. Okey, isto parece mórbido, mas nós tínhamos um motivo válido: era para salvar alguém da família. Não sei quem. Inicialmente, pensava que era o meu avô (ele já faleceu); quando a minha avó falava ao telefone em lágrimas, parecia como se fosse para a minha mãe (certo, não faz sentido); quando acordei, pensei que poderia ser para a minha irmã; agora, ocorreu-me que poderia ser para mim (??). Continuando, eu saí de onde quer que estivesse — sem falar com nenhuma delas — e dei por mim numa casa de banho do que parecia ser uma escola tipo internato (descobri isso quando saí), a olhar para o espelho. Agora vem a parte realmente estranha. Eu vi a rapariga morta no espelho. Não era bem uma rapariga, mas uma mulher, e parecia vinda do século passado, ou do anterior a esse. Depois (surreal em força) eu fui como que transportada para o tempo em que ela andava nessa escola — sei-o porque saí da casa de banho e estava mesmo frente a um pátio cheio de gente vestida como no século passado. And then, o meu telefone toca. Sim, pois, conveniente. Olhei o ecrã e vi o nome: Ricardo Moreira. E agora é que a coisa se torna intrigante. Não conheço ninguém com esse nome. Nunca o ouvi. Nem mesmo no sonho o reconheci. Mas atendi mesmo sem saber quem era. Ao princípio, soou-me voz de homem, homem mesmo. Então ele disse que era "o rapaz que eu tinha atropelado nas piscinas". O atropelado era em sentido figurado. Não faço ideia do tinha acontecido nas piscinas, mas eu soltei uma exclamação muito evidente — soube quem era. Mesmo não tendo agora a mínima imagem mental de quem era, eu reconheci-o de um passado que fazia parte do próprio sonho, e, deixado muito óbvio nessa surpresa, de alguma forma, eu gostava dele e gostava que me tivesse telefonado. Obviamente, eu tinha que acordar nessa altura. Não sei se a parte em que ele me perguntava onde estava fez realmente parte do sonho ou da imaginação posterior, mas havia ali qualquer coisa, eu sabia desse clique invisível entre nós que tinha acontecido nessa primeiro incógnito encontro.
E foi isto. Não paro agora de pensar que esse nome — Ricardo Moreira — é importante. Foi o único detalhe claro e inquestionável num sonho confuso e cheio de pontos de interrogação. Quererá dizer alguma coisa? Quão lógico será acreditar que foi apenas um nome, aleatório, sem significado? É que eu não consigo acreditar que assim seja. Mas se não pertence ao passado... sim, é absurdo achar que pertencerá ao futuro. Mas não deu para impedir o pensamento.
Por tudo isto, preciso urgentemente de uma reencarnação de Freud.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Cansaço

Devia pensar em dormir mais que se quero aguentar a noite do Baile de Finalistas.
Os stresses da organização deixam aquele incómodo persistente, mesmo supondo que alguém há-de fazer aquilo que eu me esquecer.
Também preciso de estudar realmente. Quando os olhos pesam ao fim de cinco páginas usualmente não é bom sinal.
Às vezes devia prestar mais atenção ao que diz a minha mãe...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sentidos de Infância

Isto foi coisa que me surgiu ontem à noite. (Ontem há noite surgiram-me muitas coisas, mas enfim.) Não sei porquê. Ah, afinal sei.
Eu juro que não estava a alucinar. De qualquer forma, já devem ter lido o suficiente para acharem que a minha saúde mental deixa muito a desejar. Assim...
Eram para aí umas três da manhã (eu não tenho aulas segunda de manhã, compreenda-se) e eu estava a passar no corredor quando me veio o cheiro de amêndoas amargas. Ninguém cozinhou com nada disso recentemente. Nem sei se o cheiro era real ou memória. Mas eu também o cheiro quando risco esferográficas em papel branco. Ok, eu não sou normal.
Isto levou a que eu pensasse na minha infância. Nas memórias sensoriais da minha infância. Nos sentidos da minha infância.
Não foi preciso muito tempo para encontrar cada um. Estavam bem ali à superfície.
Ora experimentem ;)

Estes são os Sentidos da minha Infância:
Olfacto: amêndoa amarga
Paladar: Galette des Rois
Audição: o riso do Pica Pau (Woody Woodpecker)
Visão: a cozinha da avó
Tacto: a barba do avô

Sede de verdades obscuras

Apetece-me escrever sobre o lado obscuro das pessoas.
Não me levem a mal, é tudo literatura.
Livros...
Gente inventada com características de gente real.
Bem, apetece-me.
Quero escrever sobre gente bêbeda.
Sobre a tentação do álcool.
Sobre a tentação das drogas.
Sobre o desespero pelo esquecimento.
Apetece-me escrever sobre loucos. Gente vivida. Gente que procura a morte através do prazer.
Quero escrever sobre os que perdem a cabeça.
Sobre quem briga num bar.
Quem vai para a cama com um desconhecido.
Quem diz palavrões em todas as frases.
Não quero ser comedida. Apetece-me gente verdadeira. Com todos os podres bem à vista.
Quero falar sobre aqueles que todos condenam.
Não quero a moral e a ética.
Quero a liberdade dos que nada têm a perder. Quero gritos. Discussões. Lágrimas. Louça partida. Portas a bater. Lençóis revoltos. Sangue. Armas. Amor. Sexo. Vida. Morte.
Passar os dilemas existências das personagens adolescentes. Chegar ao auge da vida. Ao tudo por tudo.
Espelhos partidos e fotografias rasgadas. Desejos insanos, sádicos, podres. Estripar imaginações. Criar passados negros. Pintar futuros vermelhos. Alucinar. Ter nojo das palavras que se escreve, mas seguir de olhos postos das linhas que crescem. Venerar os corpos humanos. Expor a nossa natureza.
Sem vergonha. Sem ressentimento. Sem orgulho.
Hoje sinto-o assim. Não será assim hoje para além disto. Mas as vibrações ficam e um dia materializam-se. Não há que negarmo-nos. Mesmo que não a olhemos, a merda continua a cheira mal. Desculpem a linguagem, sei que não é costume.
Queria apenas escrever sobre o lado obscuro das pessoas.

domingo, 16 de maio de 2010

Introspecção

Há coisas que sabemos. Há coisas que sabemos e fingimos que não sabemos, coisas que conscientemente não sabemos. E há coisas que sabemos e esquecemos que sabemos, coisas que inconscientemente não sabemos.
Muito facilmente não vemos que há pedras maiores no caminho dos outros. Demasiado facilmente ignoramos que a nossa estrada não é a única que careceu de obra. Por vezes, ficamos chocados ao perceber a quantidade de buracos pelos quais passaram os outros. Por vezes, até já o sabíamos, e sabíamos que o devíamos lembrar. Por vezes, isso muda toda a imagem que temos de uma pessoa. E apercebemo-nos de que sobrestimámos as nossas pedras.
Temos muito a mania de achar que os piores raios só caem sobre a nossa cabeça. Às vezes, devíamos para um pouco e ouvir os outros. Podemos ter surpresas.

Quase às 3 da manhã

Gostei da noite. Mesmo tendo acabado cedo.
Sangria combina tanto com risos como com assuntos sérios.
E o melhor da vida são os amigos.
via iPod

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Monólogo sobre temas começados por P

As folhas enrolam-se nas mãos e o dia acabou. Há mais umas cinco páginas. Ler. Copiar. Colar. Mudar virgulas e palavras de sítio. Mudar as roupas e as pessoas de sítio.
O céu é rosa e azul. Um dia vais deixar de falar do tempo. Um dia vais escrever poesia com forma de poesia. Um dia vais parar de dizer "um dia". E de falar na terceira pessoa.
Falta a vontade para umas coisas que sobra para outras. Nós humanos somos assim. Um equilíbrio desequilibrado. Uma conta imperfeita, divisão com resto um. Nós humanos somos as asneiras que dizemos. Somo Id a tentar impor-se ao Superego. E nisto, temos um Ego assente nos princípios de uma realidade distorcida.
Vai na volta e até estudo Psicologia. Mas essas são páginas que não se enrolam nas mãos e o dia acabou. Avança a noite, e de noite as palavras são outras. Eu e tu ao luar não é igual a eu e tu ao Sol. Mas o significado não lho dá os astros, damo-lo nós. Nós e a nossa mania de dar significado a tudo, quando realmente vivemos como se nada tivesse significado. Hipocrisia pura. É aquela história da... esperem... da formação reactiva. Freud. Ex: dar dois beijo a uma pessoa quando na realidade lhe queremos dar duas estaladas. É mesmo coisa de gente.
E enfim, aqui estamos outra vez, bloqueados outra vez. Portugal é um bloqueio. E os políticos portugueses estão constantemente em modo Id. Alguém comentou na aula de Direito sobre apertar o cinto. A Rita disse que já não há cinto para apertar. Eu disse que já não havia era cintura. Ela riu-se e chamou-me escritora. Eu acabei de me lembrar que ando a gastar muito dinheiro em livros.
Mas não se preocupem, haveremos de sobreviver. Há qualquer coisa nos portugueses — e nas gentes do mundo inteiro? — que se afundam, afundam nas areias movediças, mas conseguem sempre sair. Só é pena que teimem em não usar a cabeça e voltem lá a cair. Alguém devia obrigar os políticos a terem História A. Só lhes fazia bem.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Feriado, sim

O feriado soube bem. Sim, feriado. Ficar em casa não foi responsabilidade de nenhuma entidade sagrada nomeada Papa.
É feriado municipal. Bendita coincidência. Ou muito francamente, não.
Mas isso não interessa para nada. Amanhã ainda é sexta-feira, e a semana "soft" acabou de passar...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cetim em copos de plástico. Às 21:12

As horas chegam. Moles. Os dias passam. Enfadonhos. As conversas morrem. Lentamente.
Tudo está mal quando não acaba. Tudo está bem quando adiamos o final. Vamos marcá-lo no calendário. Sublinhá-lo com marcador amarelo.
O vestido está pendurado na porta. Os olhos passam e param. A noite é memória de cetim e copos de plástico. Não queremos vidro no chão. Poupem as agoniadas de tacões nas mãos.
A música toca suave. Não muda. O disco vira e revira, sempre igual. Sempre mundano. Ninguém se dá ao trabalho de o mudar. Ou de ouvir com atenção.
A febre é elevada. Não há quem nomeia a doença. Importa mais o milagre que a ciência. Mas há-de a fé cravar uma estaca de madeira do peito. Cruz de prata em sangue. Contas de terço no chão.
Lado a lado, santos e bêbedos. Ninguém vê a diferença. Ambos deliram. Ambos dizem o que julgam ser verdade. Ambos são ícones, exemplos. E sãos são ainda os loucos.
E amanhã os crentes dormem. Não há princípios de trabalho que os rejam. Não há vontade que os arranque do pecado da preguiça. Coitados, fazem o que podem. Só não podem mais porque não o fazem.
A história é a mesma para todas as gerações. A Bela e o Monstro. O Lobo e o Capuchinho Vermelho. A Bela Adormecida, cega e ignorante. O estereotipo de princípe que arruinou casamentos. O estereotipo de bruxa que criou casamentos. A mentira do viveram felizes para sempre.
Mas vai haver um baile. Vão haver vestidos de baile. Vai haver música de baile, nem que sejam breves minutos. Há o sonho do baile.
Como tudo na vida, outro sonho. Ao cair da noite, serão copos de plástico e cetim no chão. Tacões nas mãos. E gente alegre porque é bêbeda e santa.

terça-feira, 11 de maio de 2010

P.F.

UM MOMENTO, POR FAVOR?

Preciso de respirar. Isto de fazer muita coisa ao mesmo tempo, pensar em muita coisa ao mesmo tempo, falar com muita gente ao mesmo tempo NÃO dá bom resultado.

Calma, Raquel, calma.
Isto da internet também não está a ajudar. Agora melhorou... um pouco. Ainda não faz tudo o que eu quero. Nad faz o que eu quero.
E hoje que se lembrar todos de me falar!

Respira...
Menos, por favor.
P.F.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pequenas Maravilhas

Let it go,
Let it roll right off your shoulder
Don't you know
The hardest part is over
Let it in,
Let your clarity define you
In the end
We will only just remember how it feels

Our lives are made
In these small hours
These little wonders,
These twists & turns of fate
Time falls away,
But these small hours,
These small hours still remain

Let it slide,
Let your troubles fall behind you
Let it shine
Until you feel it all around you
And i don't mind
If it's me you need to turn to
We'll get by,
It's the heart that really matters in the end

Our lives are made
In these small hours
These little wonders,
These twists & turns of fate
Time falls away,
But these small hours,
These small hours still remain

Little Wonders - Rob Thomas

domingo, 9 de maio de 2010

Encanto da meia-noite

Há qualquer coisa na noite. No silêncio da casa adormecida, no conhecimento de que todos estão presentes e ninguém saberá. Algo como a segurança de se estar em família e, simultaneamente, se estar sozinho.
Há qualquer coisa em caminhar descalça pelo corredor escuro, atenta a todos os ruídos, como se temêssemos ser surpreendidos. Algo de instintivo em manter as portas sempre encostadas, em olhar por cima do ombro. Adrenalina inconsciente. Medo infantil.
Há qualquer na música que toca sozinha no único quarto desperto, resistindo à ordem que emudece a casa. Qualquer coisa nas teclas rápidas que ninguém ouve, palavras que ninguém sabe que foram escritas àquela hora.
Há qualquer coisa em ser a mão que apaga a última luz. Em não haver voz alguma, ruído algum a perturbar a lenta descida para a inconsciência. Em ter a promessa de segredo das paredes, pacto mudo de confidencialidade.
Há qualquer coisa de tranquilo, de pacífico, de belo, de mágico. Há qualquer coisa de eterno e imutável. Há qualquer coisa de meu.
Qualquer coisa na noite...

A festa dos finalistas é assim...

Estou na Benção das Pastas da minha prima. É a versão algarvia da queima das fitas. Não consigo deixar de me sentir algo revoltada. Não quero uma festa destas para mim.

E aqueles que não são católicos? Aqueles que não são sequer cristãos?

Não percebo o que é que a Igreja tem a ver com a educação. Era suposto vivermos num estado laico. Nota-se. É que os finalistas nem sequer estão a cantar os salmos, e aleluia, e nosso senhor para aqui e para lá. É ridículo.

Espero, com todas as minhas forças, que não seja assim em Aveiro. (Mais uma, e esta muito boa, razão para não fazer a universidade no Algarve.)

É que por amor de Deus! Sim, que nele acredito, nestas tretas católicas é que não. E a mim jamais me vão ouvir a cantar isto.

Muitos parabéns, conseguiram estragar uma festa que se supunha ser bonita, e agora é uma fraude. Queria saber quantos acreditam realmente naquilo que estão a cantar.

Pela família, lá se ouve e aguenta-se, mas eu definitivamente não concordo nada com isto.

Crenças à parte, há muitos domínios da vida em que a religião não devia interferir. Este é um deles.

lá pelas 17h

sábado, 8 de maio de 2010

Noite - parte 2

Agora fiquei curiosa e quero que a próxima sexta chegue depressa.
Não importa. Não devo querer sequer que a próxima semana passasse depressa.
(Tenho urgentemente de ir ver vestidos para o baile. 22 Maio. Organização. Muito trabalho. Suspiro.)
Olho o relógio e é 1.11. A noite foi assim... não sei. Aniversário. Boas conversas. Momentos estranhos. Sabem aquela sensação de "o que é que estou a fazer aqui"? Começou assim... Depois melhorou. E acabou. Ok, eu quis assim. Também, Daniela Mercury não é nada o meu estilo.
Vai haver Rock no nosso baile =)


O mundo gira e as gentes não caem. As vozes suspiram e praguejam, mas está tudo igual. O planeta aquece. As emoções aquecem. Vamos todos entrar em combustão.
O mundo já não é o mesmo. Nós não somos os mesmos.
Não sei o que quero de ti. Mudança. Sei o quero de mim. Futuro.
Depois podemos fugir os dois. Desta vez para fora das paredes. São de papel, simplesmente, mas alargam-se e moldam-se, não se abrem.
Um dia hei-de rasgá-las.

Noite - parte 1

Acabei de chegar a casa.
Estou à espera da minha mãe para ir ver "Vampire Diaries".

Boa noite.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"De jeito"

Outra vez, são quase onze na noite e eu não fiz nada de jeito. Por "nada de jeito" eu entendo realmente escrever — não escrever, melhor dizendo.
Acho que não vou cumprir os meus prazos, o que realmente não me agrada nada. Mas Maio tem sido (sim, claro, vamos no dia 6) e vai continuar, cada vez mais, a ser um mês de dias muitos ocupados (com escola, Baile, gastar horas a não fazer "nada de jeito", enfim).
Sim, Raquel, francamente, querias ter o livro impresso este mês? Talvez devas esperar por Julho, que com os exames à porta vais ter muito tempo... (Suspiro)
Não, eu não costumo ser assim má comigo própria.
Mas queria realmente ter o conto e o livro acabado. Ah, mas o conto acabas de certeza, não fosse para entregar até 15 de Maio (estúpida vozinha na consciência). Era para estar acabado já! Não fosse terem alargado o prazo...

Certo, todas as horas são horas e ainda são horas de fazer alguma coisa de jeito.

P.S. Isto definitivamente está no blog errado. Coisas de escrita são no outro...

P.S. 2 Esqueci-me de dizer que hoje descobri que o meu portátil fala. Não, não perdi o juízo. Ele lê em voz alta. É inglês...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um gostinho de divagação quebrado

Foi um dia como muitos outros, mas apetece-me escrever. Não sei porquê. Não sei o quê.
Gosto da sensação das teclas sob os dedos, gosto do compasso da sua música, ritmo veloz, então pausado, distraído, e impaciente de novo. Gosto do som familiar que elas fazem, gosto da superfície lisa sob a pele. Gosto que possa estar aqui, escrever aqui, por horas, e horas, e horas.
Adoro escrever à mão. Mas escrever à mão ter o inconveniente dos calos e dores e... enfim. Só é pena não poder desenhar as letras aqui, como o faço no papel. As maiúsculas grandes, as linhas longas, finas, curvas; o traço contínuo da caneta preenchendo o branco, a fluidez da tinta, a beleza clássica e itálica das letras...
Bom, é disto que se fala quando não nos ocorre mais nada para falar. Alguém lhe deu um nome: chama-se divagar.
Estou contente com o meu trabalho no deviantArt. Eu e a minha colecção de All Stars não nos safamos nada mal xD. Ainda falta editar várias fotos, mas tem de ser um pouco de cada vez.
Espreitem! *_* (<--- algures na coluna ao lado <---)
Enfim, dou por mim achando que o tempo passa muito depressa. Na segunda ouvi alguém dizer que tinha de ir ver as universidades e foi como se caísse em mim ao fim de tanto tempo acreditando estar mentalizada para. Dei por mim chocada a pensar que faltam quatro meses para sair de casa. Quatro meses para largar tudo (passo a expressão, nem de perto nem de longe largo tudo) e começar uma nova — e completamente diferente — etapa da minha vida. Aveiro... Ainda vou ter de cair em mim muitas mais vezes.
Mas acho melhor preocupar-me antes com as próximas semanas, que vão ser bastante preenchidas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Nós...

Pergunto-me: O que faz de nós o que nós somos?
Nós?
Ou tudo o que existe ao nosso redor?

Não sei de onde me veio esta pergunta. Sei, sim, que não tenho resposta.
No outro dia fiz um teste em Psicologia: hereditariedade versus ambiente, o que influência mais?
Claramente que eu pendo para o ambiente. E no entanto, acredito que o que faz de nós o que nós somos, somos nós próprios... Confuse :S

Matem neurónios se quiserem com o assunto.
A fase "muita-vontade-de-escrever-aqui" acabou.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Music Break

Hoje vou-me descartar outra vez de escrever...

Take a Break with Music


domingo, 2 de maio de 2010

Nós complicamos

Andei a fazer algumas pesquisas (novo livro) sobre a Religião no Antigo Egipto.
MUITO complicado...

Pergunto-me, a religião tem de ser assim, complexa, complicada?
Não bastaria apenas agir bem e... acreditar?

sábado, 1 de maio de 2010

Stop & Stare

Há vezes em que não precisamos de dizer nada para sermos compreendidos.
Há também pessoas que não sabem interpretar o silêncio. Ele diz mais que muitas palavras...
Não gosto de me repetir.
Acho que foi uma mania que ganhei com o meu avô. Ele nunca repetia nada mais do que uma vez.
Acredito que quem não entenda à primeira e à segunda não esteja realmente interessado em saber...

Ando a escrever muitos poemas. Ontem gastei uma tarde a tirar fotos. Preciso de outra para as editar.
Não sei o que ando a fazer. O tempo precipita-se.
Não tarda estão aí os testes. Não tarda está aí o baile. Ai.
Depois os exames. Ai ai.
Férias. Suspiro...
Universidade. Ai ai ai.

Precisava de uma pausa agora mesmo.

Ontem

Noite sem internet.
Again.

Não estava onde deveria estar.
Onde queria estar.