terça-feira, 27 de setembro de 2011

erro de alma

Vem, abraça-me, ajuda-me a respirar de novo.
Promete-me que vamos tentar mais uma vez.
Não precisas de me amar esta noite.
Apenas não desistas de mim.


Ninguém consegue ser melhor se não o fizer para alguém. Por mim. Para ti. Para elas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Regra nº1

Tens de respeitar o tempo e o espaço.
Tens, sobretudo, de respeitar as ideias.


Mesmo que isso te mate por dentro.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Crise n.º29

O mais estúpido é aquele que comete os erros sabendo que são erros, porque não consegue fazer as coisas de outra forma, ou haverá alguma desculpa atenuante?
É daquelas coisas que a minha mãe sempre me disse. E daquelas que eu sempre disse "tens razão, mas isso não vai acontecer comigo" — até acontecer, e não ser capaz de o evitar.
Agir de outra forma. Porque é que há sempre alguém magoada que aponta o dedo e diz "tens de mudar isso" — isso, isto, aquilo — infernos, mandem-me de volta para a fábrica e mandem vir uma nova, porque não há como corrigir tantos defeitos.
E não há recompensa nenhuma por dizer a verdade — porque ela não devia ser assim, porque magoa, porque é injusta — mas é como sinto as coisas neste momento.
Desculpa.
É somente uma preferência, não uma escolha. Claro que não vêm isso. Claro que também não lêem isto. Mas já foi tudo falado, e repetido — e devidamente ignorado porque não me faço entender.
Ah, mãe, estou a fazê-lo. E já estou a perdê-las por causa disso. Mas ele...

Eu não sei o que estou a fazer.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Equilibrista

E outra vez a corda se agita, desce, escorrega. O chão aproxima-se rapidamente, à medida que o equilíbrio se esfuma como um beijo. Perdi a alegria desta manhã no momento em que o teu calor deixou o meu corpo.

O dia começa mal a partir do momento em que saio da cama. Não, quando o universo deixa de ter somente as nossas duas pessoas.
Sinto-me cansada. Exausta. Física e psicologicamente. Não quero sair de novo de casa. Não quero ter de caminhar até à universidade de novo. Não quero ver pessoas.
Dói-me a alma.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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Por favor, não faças desde ano uma autêntica merda.
Raquel, não sejas preconceituosa.
Mas... AHHH! Porquê?
Melhor assim, melhor assim. Melhor assim uma merda.
Fizeste asneira, agora toma, aguentas. E vai piorar. Não há volta atrás. Vive com isso.
Shit!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Confissão

Faço a contagem decrescente com entusiasmo e ansiedade, mas não sei realmente porque tanto espero.
Unicamente por ti.
Saudades? Da independência. Da liberdade. De ti. E das relações que estraguei.
Este ano é diferente. Não há aquela mudança drástica, completa. Mas o familiar que foi deixado para trás é uma casa em ruínas.
Tenho, sim, medo que o tecto me caia em cima. Tão simples quanto isso.
Não sei conquistar pessoas. Não sei mudar-me quando o melhor que tento não resulta.
Nunca quis ser perfeita. Apenas um bocadinho menos imperfeita.
Uma vez mais, só quero saltar o primeiro mês de aulas.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pinguim,

A vida nunca chega.

domingo, 4 de setembro de 2011

Para sempre é uma ilusão cara e infantil. Mas às vezes gostava de ainda ser capaz de a ter.

sábado, 3 de setembro de 2011

Yatzy

O frio corta a inspiração como estimula o amor. Os dados estão lançados, façam-se as apostas. A multidão ergue os braços para a probabilidade do costume: tanto é melhor o começo, como pior o final, e grandes entradas são tão somente as mais profundas palavras que hão-de surgir esta noite. O resto é sempre a decrescer. A tese e a "palha", porque as grandes palavras explicam-se a si próprias.
Não há sorte ou azar na literatura. E a redundância é o pecado. O mesmo se aplica à vida. Quando a repetição é a morte do artista, sabemos que não pisamos um palco mas a realidade, onde o tempo não volta atrás e o passado se perde num futuro que não planeou.
Não aspirava a nenhuma destas frases, mas sabia que ia jogar com todas estas letras. Metáforas, metáforas! E a puta da vida sempre como plano de fundo. Tudo se assemelha a ti, como se fosses um maldito dicionário. Guardas tudo, representas tudo, tens tudo, mas, no final, se não percebermos a tua linguagem, não explicas rigorosamente nada. 
É sempre interessante ver o rumo que um cérebro leva, escrito assim, como a radiografia da minha mente. E como uma árvore — não, chega de comparações! As figuras de estilo são algo negativo cujo mal duas palavras de amor me fizeram esquecer. E a inspiração oficialmente bloqueou, num desvario não literário que interrompeu crucialmente o caminho desta ilusão textual.
Os dados pararam na mesa. Mas os resultados são subjectivos: dependem da graduação das lentes de cada leitor. Uns podem não ver nada — muitos podem nada ver. Se alguém gritar Yatzy, façam-me saber.
É raro quando alguém encontra sentido em palavras que o perderam vinte segundos depois de serem escritas.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

dá-me um abraço

Abraça-me. Não chores, não rias. Abraça-me apenas.
Sabes aqueles dias em que tudo corre mal? Em que qualquer palavra soa a recriminação e ninguém parece satisfeito, andes direito ou de pernas para o ar?
Um abraço cura. Um abraço teu levava as lágrimas e devolvia o sorriso. Mesmo que fosse este sorriso molhado.
Há dias assim, em que caminhas vacilante na corda, sempre prestes a cair, a desfazeres-te e a condenares a vida e toda a existência. Depois passa. Passa sempre. É essa a maldição e a benção da vida.
Dá-me um abraço. Por tudo de bom e mau, vem aqui e dá-me um abraço.
Preciso de ti. Preciso tanto de ti...
Aqueles dias, aqueles infernais dias em que só se está bem só. É mentira. Estaria melhor contigo do que só. Nos teus braços, amor.
Abraça-me. Não perguntes porquê. Abraça-me apenas.