quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Epifania
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Veio e foi. Natal.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Tempo para reviver
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
RED
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
(des)consolo
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
And that's it. 18
sábado, 4 de dezembro de 2010
Silêncio
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Todas as horas são certas
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Desejo Paradoxal
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Nocturna sobriedade em gélida solidão
sábado, 20 de novembro de 2010
Pensar na vida...
domingo, 14 de novembro de 2010
Coração
sábado, 13 de novembro de 2010
Just a thing
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
K.I.S.S.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Touch of White
Stay close to the nightfall. Drop the tears one by one, in the silent of this broken heart. Know the story of humanity since the beginning of hate. It’s a hell painted in white and written in red. The truth about love lies in the back of revenge, and the face of anger is in fact an overdose of passion. Let me be simple. We don’t know how to use words to describe the world. We don’t know how to do it. Our vision set the rules, our eyes command our mind, and they are the toys of society. Feelings are impossible to write down. These lines are lies and compulsive imagination. Just shut up and listen the night. The silence is a utopia. Peace is a dream. And nightmares are the reflections of our fears. Let us be fearless. The reason is the reason of hypocrisy. All of us are sinners once in a while. Dear God, whoever you are, you know that. Perfection is to breathe and to love — unconditionally. Kindness is to forgive. And be human is to wake up every morning, rather rains, or the sun sparkles, and have the ability of smile and the conscience that a new day is coming.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Tentativa de post
Lamento Selenita
sábado, 6 de novembro de 2010
Juízo Final
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Humor 'de trazer por casa'
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
(re)tomar a paixão
domingo, 31 de outubro de 2010
Atitude Morta
O delírio era doce e consciente, enquanto deitada na cama pequena demais para o seu tamanho. A luz no tecto tinha um pesado ar hospitalar e zumbia. O chão era o refúgio cansado dos objectos que sustentam a vida humana. Lixo pago a peso do ouro para ser usado como papel.
Não sonhava. Estava demasiado acordada para isso. Enquanto o mundo gritava a bebedeira lá fora, o vidro tão transparente impedia todavia o desespero de entrar onde já reina a ruína. Talvez houvessem estrelas no céu negro, não sabia. O brilho artificial feria os olhos e corroía a alma. Cegava com a eficiência do ácido e a suavidade do algodão.
Havia um grito preso na garganta, mas não mais voz digna das palavras para mudar o mundo; se é que tal coisa existe. O silêncio é a resposta dos deuses.
As caixas de medicamentos e os frascos de comprimidos empilhavam-se como uma torre de desejos frustrados ao alcance das mãos, primeiro intocados, depois tentados, logo usurpados, no fim derramados. E o pesadelo começa quando não se consegue encontrar a inconsciência. Na esperança do vazio foi plantada a semente do desconhecimento, e quando o universo respira ar salgado de lágrimas, queremos tão somente poder calar o sentimento de injustiça que não nos deixa dormir.
A história é a mesma não importa em que livro se leia. Os lençóis são ásperos sobre a pele nua e febril, mas o coração é eterno bloco de pedra gelado, à espera de um relâmpago que atinja o sistema nervoso e com uma descarga de electricidade vermelha quebre a abstinência de emoções. Mas após o choque, os sintomas de alucinação deslizam numa nostalgia casta até caírem na realidade que se escondia discretamente por detrás da ilusão.
A mentira é sempre difícil de engolir, em especial quando nos beija o rosto e dança à nossa frente a coberto de um manto branco sob o qual morreu a pomba. E o chão é escorregadio debaixo dos pés; a porta recuando com um sorriso manhoso, erguendo a maçaneta para longe dos dedos, que a clausura é o melhor remédio para a insanidade.
É impossível sonhar nestas noites que se derretem na existência veloz deste novo ser. A exaustação infiltra-se nos músculos e pesa nos ossos; a mente não pensa como antigamente, carregando nos seus pulmões a nicotina dos outros, que a droga é cara mas anda a solta nas ruas à espera de lábios que a inspirem. Um lento abraço mortal como um fantasma que vagueia no escuro do quarto enquanto os espíritos despertos acreditam que ainda conseguem ver. Enigma escrito na areia para o mar apagar, que o tempo mostra todas as soluções e são sempre iguais.
Melancolia refinada sob o luar apaixonado, que a cadência deste peito é tão regular como o tiquetaque de um relógio. Se o sol brilhasse de noite, estaria a dormir. Mas o irresistível não é o convencional, e malas desfeitas são vidas abertas para o encanto de perder umas horas para as viver.
24-Out-10
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Lack of sunshine
22/10, 0:22
O ar é áspero na minha garganta e no vazio no meu olhar escondem-se palavras que ninguém deveria jamais ler. A história é longa para ser contada, mas tal é a urgência que se saltam parágrafos e dos argumentos passa-se para a revolta que é o fruto da injustiça e da falsidade. Quando o sangue ferve tanto que abriria um buraco na parede, o coração bate acelerado e a língua não se contem. As mãos avançam mais rápido e censuram os insultos que deveriam ser proferidos como estaladas na cara daqueles que têm tanto de honestidade como de respeito pelos outros. A fúria sim é o mote dos deuses, que deviam erradicar certos Homens como certos Homens erradicam a verdade, mas se esperarmos por justiça no mundo vamos morrer na feliz ignorância de não conhecer a realidade negra e crua em que vivemos. Que seja então frustrada, peso pesado na consciência do ser e chão para pisar por acreditar que ainda há gente sincera. Não posso gritar mais alto que a minha voz, mas pintaria um megafone à minha frente para que ouçam que esta merda não se faz!
domingo, 17 de outubro de 2010
Saudades
domingo, 10 de outubro de 2010
Chove em Aveiro, mas o meu Sol brilha
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Viagem
Cada superfície da minha vida está coberta
Os pequenos nadas acumulam-se em redor
Singulares objectos de necessidade humana
Peso irreal contrapondo-se às reais dimensões
Nada ocupa o espaço que deveria
E preciso de tudo nesta conjuntura banal
O futuro é adivinhação certa de gente incerta
Mas a lógica combate a imprevisibilidade
E a humanidade é mais feliz assim.
Olho em volta e sinto-me pequena
Somente com dois braços para carregar uma vida
E estas costas que se vergam sob o peso do passado
As roupas que embrulham o pecado da nossa alma
Livros que contam sonhos a enganados sonhadores
Água, papel e sabão, para reinventar a história
Sem erros desta vez, que a experiência dói
E as ligaduras ficam mal na fotografia.
Encontro um pouco de espaço
Na mala de um viajante cabe sempre a saudade
E a memória cálida da promessa de um regresso
Brevemente longínquo, que o mundo é grande
E a ansiedade por um pouco mais de novidade
Reverbera excitada na ébria vontade de partir
Que sempre vence a sóbria vontade de ficar
Não fosse este o início de outra viagem.
domingo, 3 de outubro de 2010
Consciência algarvia
Este Algarve parece algo velho e familiar, insuficiente. Dá vontade de fundir as duas vidas, o melhor de cada numa só... encurtar um pouco a distância. Colocar o Algarve no Porto, sei lá!
Este Algarve, um presente que quero guardar, com pessoas que habitam nas cavernas do meu coração, mas ainda uma etapa para passar à frente.
Neste Algarve, parece que aquelas foras duas semanas sonhadas, uma vida de alguém que não eu, uma experiência noutro corpo. E não obstante as saudades, gentes para abraçar, novidades para contar cara a cara, quero voltar. Quero voltar.
Apaixona-me a intensidade com que a vida é vivida naquela cidade à beira da ria. Hipnotiza-me a verdade com que as coisas, as situações, os sentimentos tomam forma na minha própria pele. Numa me senti tão viva. Tão parte de algo. Tão livre. Tão eu própria para amar e odiar - mas amar sobretudo.
Sinto como se de repente, lentamente, a realidade superasse o refúgio da ficção e as palavras escritas perdessem valor junto das palavras ditas. É como chegar ao fim do dia, e com internet ou não, descobrir que a necessidade de desabafar para o "papel" perdeu-se na certeza de que todo o pensamento de valor já foi partilhado e, acima de tudo, já foi ouvido.
É alegre a saudade da solidão e é quente a decisão de encontrar alguns minutos para ela.
A vida recria-se e reconstrói-se e é doce o prazer de fazer melhor, como a expectativa do futuro que quando vem me abre um sorriso nos lábios.
E sei, com a certeza da decisão certa, que o palco da minha vida mudou.
Aqui no Algarve, estou por detrás das cortinas. Mas é um tranquilo lugar para se estar, recarregado a energia para viver o futuro que o presente prometeu.
sábado, 2 de outubro de 2010
Futuro a cores
O futuro tem o cheiro de um presente onde há boas experiências que fedem, como farinha e azeite com café e arroz, que deixa as pessoas ditas normais a perguntarem-se o raio se passou com aqueles miúdos de pijama.
O futuro tem as cores garridas das promessas que um companheirismo súbito rapidamente solidificado em amizade, que de tão espontâneo rompe as regras e desafia as separações da burocracia de gentes que nem sabem explicar as suas normas.
O futuro é um contraste que apaixona e reinventa a vida, trocando os pólos do conhecimento e colocando-os novamente no sítio, como o susto de uma realidade nova que se revela a melhor experiência de sempre.
O futuro tem cores, as cores do presente pintado com coragem e amor, e disparates às três da manhã, sonambulismo pela madrugada e uma canção para rebentar as vozes já roucas, que ser universitário requer muita gritaria.
Mas aconselha-se.
29-Set-10
sábado, 25 de setembro de 2010
Feeling Right
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Mente & Coração
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Aqui lá
domingo, 19 de setembro de 2010
Cruzar a linha
Não olhes ao relógio. Não importa. Só importa a necessidade dos fortes de espírito e corajosos de coração. Não interessa que mal possa olhar o ecrã. Que chorem os olhos se for preciso. Hoje eu tenho de escrever. Tenho desesperadamente de escrever. Algo, não importa o quê.
Preciso de gravar da rocha do tempo este momento.
Amanhã, por esta hora, por horas antes, já nada será igual.
Fecha os olhos. Deixa que os dedos corram o teclado sozinho. Hoje as palavras saem de forma diferente, como se soubesse que não têm muito tempo para dizer o que têm a dizer.
Hoje sinto uma nostalgia embrulhada em expectativa e temperada com um agradável optimismo. Esta noite os olhos doem mas as lágrimas que se avizinham são mais que visão cansada, são antecipação e são orgulho, são sobretudo felicidade.
O percurso foi longo e este caminho é novo. Mas as setas sempre indicam em frente. Assim é a vida, como uma viagem de carro, onde tudo depende da companhia e da estrada. Mas a magia é que uma boa companhia pode tornar boa uma viagem na pior da estradas.
Não sinto que amanhã viaje sozinha. E isso faz-me sorrir.
De entre todos os medos, sobressai o desejo de viver. Derrubar as suposições e construir a verdade. Actuar sobre a matéria em bruto da própria vida. Avançar em frente, tão em frente que o passo assusta os fracos de espírito e temerosos de coração. Mas não hoje. Não durante as longas vinte e quatro horas desde domingo das quais já conto três. Não durante as vinte e quatro de amanhã.
Quero fazer isto e quero fazê-lo bem. Não são muitas as oportunidades que temos para construir uma nova realidade. Pegar no papel e caneta e desenhar o futuro. Moldar a massa de que somos feitos, rasgando cobertura atrás de cobertura, expondo com primor aquele interior que outrora obrigámos os outros a escavar.
Sinto-me destemida. E considero-me capaz. Sei de mim mais do que a maioria dos que me olham sem ver. Sei do desejo que mora cá dentro, aguardando em estado de ebulição, ávido por reclamar independência, sedento de novidade. Em breve será satisfeito.
Queria guardar este sentimento de determinação para mais logo. Vou precisar.
Já não ardem ou lacrimejam os olhos. Habituaram-se à luz. Como tudo na humanidade, nós regemo-nos pela única lei da perpétua habituação. Mais moldáveis que areia. Somos criaturas de hábitos. Mas, abençoados sejamos, somos seres com esta capacidade incrível de adaptação. E por isso vai estar tudo bem.
Daqui vinte horas darei notícias, do outro lado de Portugal. Ou quase. As distâncias são uma coisa tão relativa. E o que angustia não é não ver certa pessoa durante duas semanas. Não, é simplesmente o facto de sabê-la tão longe que não a podemos ver imediatamente se assim o quisermos. Mas, hei, as novas tecnologias são uma coisa extraordinária. E os serviços de conversação gratuita.
Não sei como acabar isto. Acho que não quero acabar isto. Já nem sei como comecei. Ah, o relógio. Já se passaram cerca vinte minutos entretanto. Mas o tempo também é uma coisa muito relativa.
Devia ir dormir. Vou. Devagar...
Até breve, muito breve.
Guarda-me pertinho do coração, pensa que estou na porta ao lado, e dentro de duas semanas estarei. <3