quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Todas as horas são certas

Não é tarde nem é cedo, todas as horas são certas. É como chegar a casa e começar a chover; querer entrar e abrirem-nos em porta; oferecerem-nos algo antes de pedirmos.
Com a certeza porém de que são poucos os que dão o que não é pedido, pago ou requerido, podemos sonhar com a generosidade humana, ou, se tanto não basta, com a probabilidade de sermos tocados por uma divina coincidência que de divina geralmente pouco tem.
Insisto em recriminar-me por frases tão longas, mas bem vistas as coisas, não há pontuação que regule o pensamentos. Não há inclusive regras que ponham e disponham das ideias que saltam e ressaltam, que caiem e descaem, que nos conduzem e nos atropelam; enfim, que nos mudam.
O nossa mente é um sítio complexo para se viver. E não importa o que se diga ou desdiga, não se compreende a teoria de uma dor de cabeça, se é física, mas não batemos com ela em lado nenhum, são as ideias a fazer pressão nas veias do cérebro, é a mente convulsionando pelos problemas que lhe arranjamos.
E no final, para retomar o que se perdeu quando as palavras tomam a rédea do discurso e falam por si, todas as horas são boas horas, porque, reclamem os filósofos, protestem os religiosos, batam palmas os ateus, não se pode adiar viver.

1 comentário:

Dark Soul disse...

Tens razão não podemos adiar viver, mas por vezes a vida adia-nos o que consideramos viver realmente, por mais que o queiramos agora no presente.