sábado, 2 de outubro de 2010

Futuro a cores

O futuro tem cores, as cores do presente pintado com gargalhadas estridentes no meio da rua semi-vazia, onde um homem corre atrás do camião do lixo e os universitários olham estupefactos, com o sangue já aquecido pelo álcool.
O futuro tem o cheiro de um presente onde há boas experiências que fedem, como farinha e azeite com café e arroz, que deixa as pessoas ditas normais a perguntarem-se o raio se passou com aqueles miúdos de pijama.
O futuro tem as cores garridas das promessas que um companheirismo súbito rapidamente solidificado em amizade, que de tão espontâneo rompe as regras e desafia as separações da burocracia de gentes que nem sabem explicar as suas normas.
O futuro é um contraste que apaixona e reinventa a vida, trocando os pólos do conhecimento e colocando-os novamente no sítio, como o susto de uma realidade nova que se revela a melhor experiência de sempre.
O futuro tem cores, as cores do presente pintado com coragem e amor, e disparates às três da manhã, sonambulismo pela madrugada e uma canção para rebentar as vozes já roucas, que ser universitário requer muita gritaria.
Mas aconselha-se.

29-Set-10

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