quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Não sei porque vim aqui

Não tenho nada que queira dizer. Isto é mais um hábito que outra coisa.
Hoje não preciso de estar aqui. Não quero contar coisas boas.
Realmente não há más?
Foi preciso chegar ao último mês deste ano para que tal acontecesse.
Definitivamente este não foi um ano bom. As últimas semanas/meses não chegam para compensar isso. Infelizmente.
Amanhã nem devo ter tempo para vir escrever.
Desejos para 2010? Muitos. Muitos mesmo. Se um ou dois se realizarem já será muito bom. Obviamente que eu não peço coisas simples...
Quero ir para Aveiro. A minha mãe está outra vez com o 'se'. Mas este acredito que se realize.
Quero um bocadinho de sorte com o drama livros-editoras-publicação. Difícil...
E de resto... Pequenas coisas que se fazem grandes todas juntas.
Mas agora quero apenas divertir-me na passagem de ano.
Esperemos que 2010 seja O ano.
Boas entradas ;)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Não interessa a ninguém

Ontem, a Internet decidiu que não queria funcionar.
Deitei-me muito tarde, eram umas três da manhã e eu com a sensação que me faltava fazer alguma coisa.
De súbito lembrei-me, muito preocupada: Não postei hoje!
Depois: Oh, génio, não tinhas net!!
Pois é, arruína-me a vida. Até poderia estar com disposição para vos falar da minha tarde, dessa primeira experiência como modelo “made in home”. Amador, certo. Mas tinha o seu quê de profissionalismo.
Digo apenas que foi muito divertido. Realmente gostei.
Depois faço-vos chegar os resultados.
Hoje…
Não me apetece falar sobre hoje. Fui às compras e choveu muito.
E é isto.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Brainstorming

Um pouco de quebra-cabeças em família. Várias cabeças pensam melhor que uma. Vêm melhor que uma.

Eu já sei a resposta, eheh.


Este foi um longo fim-de-semana. Mas um bom fim-de-semana. Cansativo, muito cansativo. Há certas pessoas que, quando nos propomos a juntar, temos que estar preparados para um gasto extra de energia, de paciência e de tranquilidade.

São elementos químicos que reagem sempre. Explosivamente. Mas sem danos, senão uma valente dor de cabeça.


Há vários dias que não toco no puzzle. Naquele com peças. Mas os quebra-cabeças do Pandora Box estão na ordem do dia. Os meus pais também estão a gostar.


Estou curiosa por amanhã. Aposto que nos vamos rir muito. Muito mesmo.


Este foi um Natal estanho, já tinha dito, não é mesmo. Acho que não somos muito tradicionais cá em casa. Mas estamos em família.

Não importa o que já tenha dito ou pensado antes, amo a minha família. Esta que está comigo todos os dias.

O resto não passa de gente com o mesmo sangue.


Não tenho escrito como deve nos últimos dias. Em 2010 vou trabalhar a sério na revisão do terceiro livro. Tem de ser feito, e não vai ficar para trás por causa de projectos que de repente me apeteceu fazer.

Ah, e o os contos!

Sim, ando com o péssimo hábito de começar a escrever e deixar as história por acabar. Mas estas tem mesmo de ser. Os concursos não se vão dignar a esperar por que me apeteça acabar.


Ainda não arrumei os papéis que estão em cima de secretária. Preciso duma pasta para pôr os testes e as fichas.

Tenho de escolher também o próximo livro que vou ler. Tenho vários à espera na prateleira.


Hoje devia ter ligado o computador fixo; só nele tenho os programas fazer downloads. Há uma música que eu queria.

Mas o quarto está frio e não me apetece estar sozinha.

Quero o sofá ou o chão da sala.

Quero a lareira acesa.

Quero a companhia da família.


Talvez sinta que é Natal por isto...

Too Much


Às vezes, demasiada euforia simplesmente cansa.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Sorte...

Vivi o hoje pensando que era uma rapariga de sorte.
Apesar de tudo, uma rapariga com muita sorte.

Não é típico dos que assim são, admiti-lo. Não o faço. 90% do tempo.
Por isso que outra conclusão posso chegar senão a de ingratidão?

Obrigada.
Obrigada, obrigada, obrigada.
Por tudo o que é mais suficiente do que aquilo em que acredito.
Por tudo o que chega, quando eu penso que não chega.

Este Natal não pareceu Natal. Era Natal somente porque me diziam que era Natal. Somente porque eu sabia que o calendário dizia que era Natal. Mas podia ser outro dia qualquer em que se juntara a família.
Já me sinto sortuda porque não reconheço o Natal apenas pela reunião da família.

Hoje vai ser uma muito longa noite. Terei sorte se dormir...
Mas eu dizia que era uma rapariga de sorte. Tentarei não esquecer isso tão cedo.
Não prometo que seja fácil.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Consoada

Há algo de deliciosamente comum no Natal. Embora, neste Natal, vá existir um lugar vago à mesa. Não é algo em que pense frequentemente, mas veio-me agora à mente, tão certo e simples, e não encontro nostalgia nas palavras, não encontro esse sentimento nessa certeza de que sim, este ano seremos só cinco à mesa.

Quando era criança, lembro-me de passar a consoada em casa do meu avô paterno, mas fora isso, sempre foi aqui em casa, com os avós maternos, e sempre éramos seis. Quando pensava naqueles Natais com a família toda reunida, achava que seria engraçado sermos muitos. Agora somos ainda menos, e percebo que seis era simplesmente perfeito.

Na cozinha cheira a bolos, a minha mãe e a minha avó estiveram todo o dia nisso, mas eu fui demasiado preguiçosa e fiquei-me pela sala a ler. Continuo aqui. Com a lareira acesa e um portátil, o meu quarto parece-me um sítio estranhamente hostil, e sentar-me à secretaria para escrever não me fascina tanto como aqui. As vozes não me incomodam. Neste momento, o meu pai está a fazer telefonemas para a família; já perdi a conta com quantas pessoas diferentes já falou. Muitas decerto.

Este ano vamos quebrar um pouco a tradição de abrir os presentes pela manhã. Não é algo pelo qual esteja ansiosa porque há muito pouco que me toca a mim. Digamos que gastei quase todo o meu plafond nos anos, com o portátil. A espera até à meia-noite faz-me lembrar essa consoada de criança, na casa do avô. É a única que me recordo de quando era menina, talvez porque tenha sido a única diferente, mas não melhor por isso. De resto sempre fora em casa, com as prendas pela manhã. Há anos que a minha irmã tem vindo a pedir para mudar esse hábito, e parece que este ano finalmente conseguiu.

Sinto-me estranhamente tranquila. Nenhuma felicidade esfuziante, mas há um pequeno sorriso nos meus lábios. Parece que está tudo bem, assim mesmo, como é. Não perfeito, mas tão perfeito quanto poderemos fazer com aquilo que temos.

Estou em família e isso basta-me. Estou bem. Muito bem.


Feliz Natal

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal...

Mandei umas quantas mensagens a desejar um bom Natal e estou feliz.

Sei que não ando a escrever muito, mas não importa. Hoje fui ao cinema com amigas. Ontem também. Amanhã sem sair de casa. Já tenho planos para a passagem de ano. A minha mãe e avó já escolheram os bolos que vão fazer para o Natal.
Apetece-me estar em família. E com todos aqueles de quem gosto.

É isto o Natal, não é mesmo?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Qualquer coisa

Dói-me a cabeça.
A culpa é da minha irmã.
Fez-me rir muito. Gritar muito.
...
Será que é hoje que me vou deitar cedo?
...

domingo, 20 de dezembro de 2009

Uma necessidade muito forte


Ainda me lembro quando recebia CD's pelo Natal...

sábado, 19 de dezembro de 2009

E acabou-se a energia

Não me queria levantar da cama.
Passei a tarde toda deitada no sofá.
Acho que o meu corpo percebeu que estava de férias e resolveu cobrar...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Último dia de aulas

Lá pelo meio-dia...


Sabes que falta menos de uma hora para estar de férias. Última aula e estamos nós a corrigir o teste. Gasto inútil de papel e caneta. Não vou passar para o caderno. Não vou ler novamente. Mais tarde ou mais cedo, as folhas vão ser arrancadas e deitadas fora. Nem sei porque passo. Mal se percebe a letra.

Não parece o último dia de aulas, assim como não parece Natal. Assim como não parecia o meu aniversário. Há alguma coisa com o calendário. Eu e ele não estamos em sintonia. Acho que é por não sair cedo. Por não entrar, fazer a auto-avaliação e sair, em dez minutos. Por não jogar às cartas.

Devia estar a passar, mas diz-me o lado racional que não vale a pena. Ela não sabe o que estou a escrever...


Agora, quase nove da noite, sentada no sofá da sala, de frente para a lareira que espera ser acendida, com o portátil no colo, a ouvir uma música que não tocava há meses...


Acho que segunda-feira vou acordar a pensar que é dia de escola. Definitivamente hoje não pareceu o último dia, e não devido à normalidade. Tivemos concerto na escola, recebemos testes e, apesar da aula de correcção, saímos mais cedo. Mas não havia aquela euforia de “Férias! Natal!”, e parecia um sentimento comum a todos. Ninguém sentia como se fosse o último dia e isso é suspeito. O que se passa connosco este ano? Neste último ano.

Depois havia a chuva. Tive sorte de não chegar mais molhada a casa. Há dias em que nos apetece andar à chuva, há dias em que gostamos de ouvir a chuva, há dias em que daríamos tudo para que desaparecesse. Eu era-lhe indiferente, desde que não caísse sobre a minha cabeça. Não tenho vontade de passar as férias doente.

Hoje sinto-me estranha, pronto, devia somente começar por isto e acabar aqui. Ou, correcção, mais estranha do que a minha habitual estranheza.

Gostei de ver um filme esta tarde com a minha irmã. Tirando isso, não me apetecia ninguém. Tenho somente vontade de ficar em casa, com um livro, um puzzle, uma história...

Inverno é frio.

Natal é quente.

Possivelmente por isso sinta apenas que é Inverno. Quando segunda-feira não tiver de enfrentar o frio de Loulé, talvez sinta que é Natal e que estou de férias.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Puzzle

Estou a fazer um puzzle. É outros dos meus hobbies. Já tinha saudades.
Hoje não vou ligar o computador.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O que é preciso para sermos felizes

Um beijo, um abraço.

Um “vens comigo?” ou “também queres vir?”.

Uma conversa sobre férias durante a correcção do teste de Direito. O anúncio do filme que queremos ir ver.

Uma aula de Português, uma vela na mesa, uma pedrinha com a palavra “Amor” e uma carta com um poema. Símbolos...

Uma mensagem na aula de História, para lembrar a tarde que viria.

Um filme de terror no conforto da minha cama, bem acompanhada.

Uma troca cúmplice de palavras com a mãe.

Um olhar arregalado perante o livro que escrevi. Um “também quero ler!”.

Um PowerPoint feito pela minha irmã, com muitos “adoro-te mana”.

Uma conversa deliciosamente banal à porta de casa. Vais aprender a montar o cubo.

Um bocadinho de puzzle, para matar saudades, no chão da sala, a ouvir música. Só faltava a lareira acesa.

Um livro que de repente já dá vontade de ler.

Um telefonema que te interrompe mas te faz sorrir. Planos para sábado. Bicicleta outra vez?

Uma outra noite que chega em frente ao computador. Portátil agora ;)

Um dia que amanhece frio, mas se faz feliz e se faz quente.


Porque não somos felizes. Não há essa felicidade duradoura como um tapete vermelho sobre o qual caminhamos.

Não, não acredito que alguma vez sejamos felizes. Acredito, sim, que possamos estar felizes. E que possamos estar assim por muito tempo, se for esse o caso.

E tudo o que basta, são estes pequenos momentos.


Vamos apanhar uma pedra do caminho e transformá-la num novo começo.

Já Fernando Pessoa dizia:

“Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo...”

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Porque não eu?


Ela estava preocupada com alguma coisa.
Não tinha razão.

Why me?

Why not me?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Visita

O frio hoje bateu à porta e ouvi dizer que trouxe as malas com ele.
Lá dentro vem o Inverno.

Vamos convidá-lo para tomar chá connosco?

domingo, 13 de dezembro de 2009

Retrospectiva

Estou demasiado cansada para o que queria escrever. Há muito a contar e pouca vontade de pensar.
Tenho as mãos frias, também não me dá tanto prazer escutar o clicar das teclas sob os meus dedos. É quase doloroso, apesar de que queria mesmo escrever.
O fim-de-semana foi bom. Bem, pelo menos o sábado foi bom. Hoje foi render-me à preguiça, tirando o estudo de Direito, um pouco aldrabado.
Num dia normal, este post seria interminável. Um hino ao melhor dia da minha semana. Espera, o meu dia de anos? Certo, ando a ter muitos dias bons, muito próximos. Mas arrisco a dizer que ontem foi melhor. Estive com todas as pessoas importantes da minha vida – again – mas pude dar igual atenção a todas elas.
Foi um daqueles dias em que não paramos.
Fui andar de bicicleta, até à praia, com a minha prima e o meu… – não, não, AH! Eu não sou normal. Simplesmente acho que a palavra namorado não encaixa com a minha pessoa. Hábitos…
Enfim, estava horrivelmente nervosa ao princípio. (Sim, sim, sou tão parva.) Depois passou, e foi muito bom. O vento na cara, o som das ondas… libertaram-me. Ao ponto de andar de baloiço rindo às gargalhadas e cantar à beira da estrada.
Enfim (ups, estou a tornar-me repetitiva), valeu a pena acordar cedo. Tal como não faz mal se hoje me sinto toda partida.
Depois, na minha tarde ainda houve espaço para uma mini maratona de TrueBlood e compras de natal. Assim que andei de manhã por Quarteira, à tarde por Faro, ainda fui jantar a Loulé (chinês!!! Sim, gostei) e acabei a minha noite em Albufeira.
Eu bem sabia que mal ia parar em casa…
Foi uma noite muito boa também, nem consigo lembrar há quanto tempo não saia, ou qual foi a última vez, assim que certamente foi há muito tempo. (Sim, é realmente horrível não poder lembrar, mas não é que vá perder tempo a esforçar a memória.)
Foi uma segunda festa de anos para mim também.
E eu simplesmente adorei.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Como um Rio

Pensei subitamente nas amizades. No quão frequente e desagradável é cruzar-me com antigas colegas, antigas companheiras, antigas supostas amigas, com quem passei muitos bons momentos, nas casas das quais guardo memórias, que me convidavam para os seus aniversários, assim como eu as convidava para o meu.
Há muito tempo que não falo com elas. Mesmo que lhe diga "olá, tudo bem?" não é falar. Além de que a resposta é sempre a mesma. Já não sei nada das suas vidas, a não ser o que vejo quando as vejo. Mas também isso não é nada. Pergunto-me como será daqui a uns anos, se por acaso nos encontrássemos na rua. Seguiríamos o nosso caminho como se nem nos tivéssemos reconhecido ou realmente falaríamos uma à outra, aquela conversa "há tanto tempo que não te vejo! o que tens feito da vida?".
Gostaria que fosse a segunda. Mas tendo em conta o presente, há alguns casos em que não posso depositar confiança nisso.
Suponho que seja este o curso da vida. O rio que passa e os momentos ficam à margem, até se perderem de vista. Assim como algumas pessoas. Mas outras saltam para a água e vêm connosco.
São essas as que ficam. São essas as importantes.

(Não, não estava subitamente inspirada. Aula de Português, e a metáfora da vida como um rio é de Ricardo Reis, embora não concorde minimamente com ele. Não nos podemos meramente deixar arrastar até ao mar, ainda que, invariavelmente, lá terminemos o nosso caminho.)


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma Tarde

São quase seis horas e cheguei agora a casa. Hoje é quinta-feira, exacto. Fui almoçar com as minhas meninas, e que grande almoço, sim. Foi muito divertido.
Tenho que me mentalizar que sou realmente estranha. E não é apenas algo que eu sei porque me conheço. Não, sou estranha para os outros também. E misteriosa. A pessoa mais misteriosa do mundo, disse a Rita, e mesmo que seja o mundo dela já é um mundo grande. Mas não é como se fosse algo mau. Definitivamente é estranho de ouvir, mas estranho, estranho como eu, não significa necessariamente desagradável. Além de que ouvi boas coisas também. Fez-me pensar no que fui antes e no que sou agora, na imagem que passei, uma imagem que mudou. Descobri que há quem vá ter saudades minhas, e não era algo muito provável há dois anos. Descobri que havia quem me achasse simpática desde o princípio, quando eu não sabia sequer o que ser, quando não as conhecia.
Foi uma tarde para perceber que posso ser eu e gostarem de mim assim. Mesmo estranha. Calada. Misteriosa. Foi uma tarde para me orgulhar que pensem assim de mim, porque seguro que nem sempre foi dessa forma. Antes era um espelho muito embaciado, e o reflexo que os outros viam era muito distorcido. E quero pensar que mais feio.
Mas este foi o ano das mudanças. Primeiro as más - mas primeiro não são sempre as más? - e depois as boas. Suponho que tenha de ser assim. Faz parte, o mau faz-nos crescer, faz-nos abrir os olhos e ver a realidade como ela é, faz-nos aproveitar a vida, dar valor ao que tem valor. Faz-nos ter coragem para mudar o que tem de ser mudado. E em grande parte dos casos, isso dá bom resultado. Trás-nos coisas boas.
Foi uma tarde, uma tarde diferente, uma tarde agradável. Uma tarde entre amigos, uma tarde despreocupada na esplanada sob o Sol de Inverno. Uma tarde para conversar, uma tarde para ouvir, uma tarde para rir. Uma tarde...
A minha tarde.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Promessa


Eu prometi esta foto há três meses, sei. Foi do casamento deste Verão. A redução de tamanho não é realmente um incentivo à qualidade.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dezassete

Aqui estou eu, com dezassete anos. Hoje ainda não é ontem, mas já não preciso que o seja. Soube bem ser hoje, depois de uma descarga de emoções que já vem sendo hábito nos últimos dias.

Aqui estou eu escrevendo no meu brinquedo novo, branquinho como a neve, lindo, lindo. Realmente foi de muito mais rápida habituação, mas não comparemos. Além disso, estou num bom caminho. Num muito bom caminho. A estrada parece iluminada hoje, ao final do dia. Fez algum nevoeiro lá pelo meio, quando me perguntava se isto ia correr bem, mas o Sol brilhou.

Oh, suponho que ainda não tenha dito que fiquei em casa. Pois, eu bem andei dizendo há mais de uma semana que não queria sair, que não estava com humor para multidões nas suas demandas por compras a um feriado. O meu pai ajudou um bocadinho, embora me tivesse chateado quando me obrigou a mudar os planos, mas resultou muito bem. Suponho que seja a tal história de “Deus escreve direito por linhas tortas”.

Assim, foi uma tarde por casa, com as pessoas mais importantes da minha vida, sem dúvida, e há que dizer que o cinema tem outro gosto assim. Ou seja, muito drama para nada. Sim, essa sou eu. Mas antes assim. Que façamos muito filmes e depois corra tudo bem. Sempre é melhor do que ao contrario. Vantagens de ser pessimista e complicada e... eu!

Estou realmente apaixonada. E, ele que não leve a mal, mas agora estou a falar do meu MacBook. É simplesmente perfeito para mim. Uma escritora tem de ter uma boa ferramenta de trabalho, não é mesmo?

Enfim, foi um bom dia. Recebi muitas mensagens de parabéns, muitas mesmo, comparado com o que estava habituada. Isso fez-me sentir bem. Há muitos significados implícitos no facto de haverem mais pessoas a lembrarem-se do teu aniversário. Fez-me sentir que abri realmente os meus horizontes. Como uma prova de que vale a pena. E sem dúvida que vale porque eu estou muito melhor agora. Quinta quero almoçar com as minhas colegas de turma e isso é algo inédito. Isso é o meu crescimento. Os outros ajudam, muito, mas há que querer. E que quero muito.

Sinto-me preenchida, aqui e a agora. Como se não faltasse nada. Amanhã tenho que acordar cedo e ir para a escola, à tarde tenho que estudar História, mas não importa. Porque está tudo bem.

E eu adoro quando está tudo bem.
P.S. Queria muito que tivesses estado aqui hoje, avô.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Anjo no Escuro


Dezembro 2009

Amanhã

Não parece que seja já amanhã. Não pode ser já amanhã. Passou…
A correr.
Eu não faço anos amanhã, amanhã não é dia 8 de Dezembro.
É? Certeza?
Não houve contagem decrescente este ano. Não houve ansiedade. Não houve nada. Nem consciente estou de que é amanhã.
Oxalá não fosse. Quem me dera que tivesse sido ontem. Não sei se estou preparada para amanhã.
Não é que eu não tenha mentalmente dezassete anos há uns tempos, não é? Se calhar até tenho mais. Muito mais. Mas para efeitos oficiais, a data que aparece no bilhete de identidade é a que continua a contar.
De qualquer forma, continuaria a preferir passar o dia no conforto de casa. Mas vamos lá bem para o meio da confusão que se espera de um centro comercial a um feriado. Não é a primeira vez, assim que garanto que sobrevivo.
Mas bem, continuo a achar que não é amanhã. Não me entra ainda que só faltam duas semanas para estar de férias, por muito que as deseje. Não percebo como o tempo passou tão depressa. Quem carregou no botão high speed outra vez?
E no entanto, não era isso que eu queria? Que o ano passasse depressa para ir para a Aveiro?
Já me haviam dito para ter cuidado com o que desejo. Mas suponho que ainda seja tolerável. Talvez quando o terceiro período se aproximar é que eu me vou arrepender, olhar para trás e pensar “quem me dera que tivesse durado mais um bocadinho”.
Anyway… é o que eu quero.
Liberdade, liberdade, liberdade. Essa é realmente a minha essência. Já o percebia quando odiava que a minha mãe ditasse as horas a que me devia deitar. E isso era um sintoma leve. Assim que estar sozinha vai ser o paraíso.
Independência vem logo a seguir a liberdade.
Ou seja, devia estar a ansiar pelos dezoito. E no entanto, nem noto a chegada dos dezassete. Esta que era a idade que sempre exercera em mim aquele fascínio.
Não importa realmente. Tanto quando sei, o único impedimento verdadeiro de ser menor é não poder tirar a carta e, sinceramente, também não é algo pelo qual anseie. Eu e os transportes públicos temos uma boa relação. Conduzir não é de todo algo que me seduza. O que não significa que goste de ser conduzida por outros; não em planos que fujam ao transporte. Andar a pé então é fabuloso. Queria viver assim, perto de tudo o suficiente para ir a pé. Talvez tenha sorte, lá em Aveiro.
Tinha começado a falar sobre amanhã.
É ridículo, mas tenho medo de amanhã. E realmente não há qualquer razão para o recear. Daí o ridículo.
Amanhã não é amanhã. Ainda não.
(E quem pensas ser para achares que podes mudar isso?)
Ok, está bem.
Amanhã faço dezassete anos.
Anos, certo. Certíssimo.
Amanhã?
Completamente errado.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Love & Technology

Sinto que demasiados pedem a minha atenção e hoje queria-a só para a minha família. E um bocadinho para estudar História.
O telemóvel tocou muitas vezes hoje. Atendi mais chamadas que no último mês, porventura. Também passei muito tempo ao telefone com a minha prima e foi agradável. Já não falávamos há muito tempo. Ela agora tem um tarifário que não se paga, assim não tarda está aí o telefone a tocar de novo.
Eu nunca fui de levar o telemóvel atrás, para onde quer que fosse em casa. Mas esse é um hábito que já lá vai. Agora há a novidade de apagar a caixa de mensagens frequentemente, carregar o telemóvel ainda mais frequentemente, falar e responder a mensagens ao mesmo tempo.
Realmente gosto das coisas em tempo real. Mas assim também dá. De facto, a distância não vai diminuir, antes tornar-se maior. E é bom saber que me sinto suficientemente confortável com isso.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Presente


Não sei o que posso esperar.
Não sei quando o posso esperar.
Mas sei que o posso esperar.
E quando vier,
Estaremos preparados.
O que quer que seja.
Não há infinitos destinos.
Não existe sequer futuros,
Apenas o presente.
E aquilo que fazemos com ele.

P.S. Será coincidência linguística a palavra presente ser simultaneamente sinónimo de hoje e oferta?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Flutuo

Hoje de manhã lembrei-me desta música, não sei porquê.

Flutuo...
Susana Félix

"Fazer de mim pretérito mais que perfeito"

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Antagonismo

Hoje vamos começar ao contrário. Assim…
P.S. Vou mandar o telemóvel à parede. Assim, se eu não responder, já sabem o que aconteceu.

E já que estamos numa de contradições…
Quero ter dezassete anos. Algum fetiche pelo número, não sei, ou apenas aquela ideia de plena adolescência sem as responsabilidades de adulto. De qualquer forma, estou farta dos dezasseis – o que acontece todos os anos: vantagens de ser a mais nova a ver todos alcançar o patamar superior antes de ti. Mas suponho que seja mais do que isso. Não me sinto com dezasseis. Talvez nem dezassete seja suficiente, mas pronto, uns são eternas crianças, outros têm a felicidade de ter rasgos de lucidez adulta em tão jovem idade.
A questão é que falta uma semana, assim devia estar contente. Mas não. Eu não quero fazer anos. Ou melhor: não quero o meu dia de anos. Quero apenas o feriado em que calha e vivê-lo como qualquer outro dia. Não me apetecem jantares nem idas ao cinema. Não me apetece saídas à noite. Não me apetece confusão.
Ooooookey: velha!
No ano passado queria finalmente entrar sem problemas numa discoteca. Este ano não anseio minimamente pôr lá os pés. O que é absolutamente contraditório à idade. Eu devia querer dançar até não poder estar de pé, beber demasiado e fazer figuras tristes.
Obviamente que eu nunca fui de seguir as multidões, assim que não, não e não!
Também descobri não ser o romântica o suficiente para que deseje passar este dia a sós com o namorado (Argh! Isto é tão pouco meu. Mas certamente deveria começar a habituar-me à ideia.)
O problema sei eu onde está. Nas pessoas que deviam estar presentes neste dia. Ao fim de muitos anos, elas deixaram de ser quem costumavam ser. Certamente que posso convidá-las para um almoço, uma ida ao cinema, e se não fosse a época de teste que é uma boa desculpa para todos, possivelmente até iriam, mas… Eu quero realmente passar esse dia com elas?
É horrível, mas a única resposta que faz sentido para mim é não.
Assim que não sei. Tenho as minhas meninas da turma, que são umas queridas, mas há o teste de História. Não que tenha já falado com elas, mas posso antecipar uma resposta.
Eu já calculava que fosse ser assim desde o Verão. E se formos a ver bem, não há uma boa razão para comemorar este dia. Não passa de uma data, e não são as datas que devem ser lembradas, mas os acontecimentos. E ter nascido… Ter nascido foi apenas o início, e ninguém comemora o início, somente o fim. Porque é que com as vidas humanas tem de ser ao contrário?
Fica a pergunta para pensarem no assunto. E se entretanto alguém tiver uma sugestão para mim, ela é bem-vinda.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Já sinto saudades do Verão...


Ou talvez sinta apenas saudades de respirar profundamente. Preciso de lutar contra esta falta de ar.
Talvez sinta apenas saudades da liberdade.
De ser só eu...

Deveras contraditório, não é mesmo?

Mas este não é o diário da adolescente apaixonada. Querem a história toda, têm-na aqui.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

À velocidade da luz

Há uma semana atrás eu cheguei a casa, deitei-me na cama do meu quarto às escuras e chorei, chorei, chorei. Porque me sentia dolorosamente sozinha, porque nada fazia sentido, porque haviam nuvens carregadas que impediam o Sol de brilhar novamente.
Há precisamente uma semana atrás.
E então, era já de noite, estava eu em frente ao computador, feita um caco, e ela falou-me dele.
Sim, não esperava que fosse nada de especial. Mais expectativas que dariam em nada. Mais pó de estrelas que afinal era poeira.
Não foi verdade.
Tudo aconteceu muito depressa. Demasiado depressa. Tanto, que me custa crer que é verdade. Fui assaltada por sentimentos que não sei de onde vieram, caídos do céu no momento em que comecei a falar com ele. Foi há cinco dias. Apenas cinco dias!
E aqui estou eu. Hoje faltei a Educação Física para estar com ele. Tirando o frio, foi perfeito. Não parece verdade. Nós nessas ruas, abraçados... Que cena de sonho!
A forma como eu deixei aquela rodoviária hoje. Não pode ter passado só uma semana. Impossível. Foi como descer dos pólos aos trópicos numa hora.
Sinto-me apanhada no meio de uma teia de emoções tão fortes e inesperadas, que veio tão depressa e tão de súbito me envolveu, que o meu cérebro não o pode acompanhar. Ele está lá longe, do lado de fora, olha para mim e diz:
As tuas emoções não mentem, querida, estás apaixonada.
Aí eu pergunto: Como é possível? Conheço-o há cinco dias.
Então ele faria algo como encolher os ombros e, muito pragmaticamente, observa: Eu só falo acerca do que vejo e tu tens todos os sintomas. Queres explicações vais pedi-las ao coração.
Mas ele não sabe explicar. Ele não sabe nada de nada. Foi pescado e agora anda a deriva como um sonhador, arrastando-me com ele. Como que enfeitiçado. Isso esclareceria como foi tão rápido.
Apanhou-me tão completamente de surpresa, como sei que apanhou outros que viram. Não faz sentido, não houve um entretanto, não houve preparação psicológica. Assim que me sinto perdida e encontrada ao mesmo tempo, entre a realidade e o sonho, sem saber para onde ir, mas certa de onde quero chegar.
Como numa semana tanto pode ter mudado é realmente algo que me transcende. Mas ainda bem que assim foi. Talvez não me tivesse importado que fosse mais devagar. Talvez seja exactamente assim que tudo deva acontecer.
À velocidade da luz.
Rumo a ti.

domingo, 29 de novembro de 2009

Tu

Tu não tens noção que foste a melhor coisa que me aconteceu este ano.
Tu não sabes há que tempos não sorria assim, não me sentia bem assim.
Tu não imaginas como por vezes me apetece chorar de felicidade.
Eu pensava que o momento ainda não havia chegado. Que não era este o dia, que não era este o local. Tal como não o fora ontem e ontem e ontem. E tal como não seria amanhã e amanhã e amanhã.
Eu não sabia que podia ser assim.
Não fazia ideia, quando te olhei pela primeira vez, que seria assim. Que chegaríamos aqui. Eras um estranho. Eu estranho que ela conhecia, mas que eu nunca esperava conhecer.
Tu podes ver como estava enganada. E que doce engano!
Eu sempre soube que não sabia tudo. Mas nunca imaginei que soubesse tão pouco. Que pudesse ser apanhada tão de surpresa.
Tu não tens noção de como não estava à espera.
Tu não percebes como é a melhor das prendas, até mesmo ouvir-te cantar músicas pimba enquanto pomos sacos dentro de sacos.
Tu não vês como sorrio cada vez que leio uma mensagem tua, ou como o coração bate mais forte quando o telemóvel vibra.
Tu não imaginas como fiquei triste quando disseste que não ias e como congelei quando te vi.
Eu não sabia que podia ser assim. Que pudesses olhar para mim no autocarro e, quase um mês depois, ainda te lembrares o que tinha vestido.
Mas ainda bem que olhaste. Ainda bem que algo em mim chamou a tua atenção.
Tu não tens noção que foi a melhor coisa que me aconteceu este ano.
Tu...

...

Estou FELIZ

E nada mais preciso de dizer

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ser eu é apenas ser

Sinto que não consigo fazer nada. As emoções são tantas que simplesmente me vejo bloqueada entre um turbilhão de sentimentos velhos, novos, divinos, humanos e, acima de tudo, inesperados.
Deixemos a racionalidade para trás das costas, nada é conforme pensamos que possa ser. E eu crio expectativas suficientes para saber que nada bate certo; o que pode ser uma delícia… ou não.
Tenho realmente frio agora, e pergunto-me se é só da temperatura. Mas ainda está tudo bem. Genericamente falando. Dói-me a garganta e não gostei da resposta; não obstante, continuo a sentir-me bem na minha própria pele. Assim como o dissera na aula de Português. Apesar de que, depois de vários e vários se terem chegado à frente e aberto uma janela da sua alma para deixaram uma repressão voar, eu pensei para mim se não teria ainda algo para libertar. Não encontro o quê. Não agora. Ou bem, talvez pudesse apontar o nervosismo miudinho, a ansiedade, a fraca mas existente insegurança, aquele medo que sempre temos de que as coisas não resultem… Mas nada disso eu considero máscaras, não agora, não nestas proporções. Diria antes serem algo saudável sem o qual até as boas emoções perderiam parte de tudo aquilo que as torna únicas e inesquecíveis.
Sabia que iria acabar a falar da aula. A professora pediu uma reflexão e, embora tenha acabado de decidir que é este o texto que lhe chegará às mãos, não o escrevo para Português. Escrevo-o para o blog, escrevo-o para mim. Porque esta salada de emoções empurrou para um canto a literatura e agora somente consigo matar a minha sede de palavras com estas reflexões.
Assim que tenho que voltar atrás. Ao papel que… oh, sim, tenho de ir tirá-lo do bolso das calças… por coincidência ou destino – palavra importante da aula de hoje, e com igual importância pessoal – me calhou. Era a grande chave do momento, a mensagem, a meta para a qual me proponho a andar e da qual sinto estar mais próxima a cada dia deste ano tão marcante. Dizia:
Sê tu próprio
Tanto que diz tão pouco, que sinto ter bloqueado por falta do que dizer. Encontrá-lo com o olhar foi dar-me conta de que agora era verdade, e que antes não o fora. E estava bem, realmente bem até que a conversa caiu para a perda e para a saudade e eu não pude evitar, nem quis, que aquelas duas lágrimas sulcassem um rasto que não foi doloroso no meu rosto. Não tive vergonha de as mostrar. Sentia que não tinha nada a esconder, apesar de me sentir incapacitada para falar (e aqui não acho justo culpar somente a dor de garganta). Assim, que, no fundo, chegara lá. Porque se não havia nada a esconder, não tinha realmente nenhuma máscara. Eu própria. Simplesmente.
Não gosto de escrever no computador quando está frio. Os dedos ficam gelados, o corpo fica gelado… Mas o coração ainda está quente. Ainda há um sorriso de criança nos meus lábios. Maior agora, quando pensou na outra revelação da aula de Português. Sinto-me capaz de acreditar em mim e faço-o. É certo que os elogios têm um grande poder, mas não me deram nada de novo. Eu sei que já o sabia. Eu sei que já o acreditava. Assim que medo, só o da morte. Mas Ricardo Reis tem razão numa coisa: não devemos perder tempo a pensar nisso; antes aproveitar o presente e tudo o que ele tem para nos dar.
E o meu presente vem com a promessa de que lutarei para fazer tudo o que possa para o tornar melhor. As peças já estão todas lá, só falta montar o puzzle.
Aposto que tem uma imagem bonita.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Bem

Bruges, Bélgica


Hoje está Sol

Está tudo bem

Vem comigo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Promissor

Hoje foi uma tarde. Uma verdadeira tarde, não um conjunto vazio de horas gastas em frente ao computador, ou possivelmente a ler, ou, no caso mais improvável, a estudar.
Hoje, ela, minha querida amiga, ofereceu-me esta tarde. Apenas com um “vem e será algo novo”, a par com um “não te preocupes, não te perdes, eu indico-te o caminho”. E de facto não me perdi!
Na verdade, acho que me encontrei!!!
Assim, finalmente fui conhecer a escola dela, e fui arrastada para uma aula de teatro, e, sim, gostei. O estranho e novo e desconhecido que costumamos recear revelou-se em algo muito bom. E pronto, a partir daqui já não estou só a falar de teatro.
Pensar que foi uma viagem de autocarro completamente banal, ia eu ignorando que haviam olhos sobre mim…
Já não o ignoro de todo. Deus, pareço uma criança! Toda sorrisos, realmente nem sei há quanto tempo não me sentia assim. Que bom que há semanas alguém ia de olhos abertos no autocarro. Porque eu às vezes preciso de olhar duas vezes. Olhar hoje. Que bom que alguém se lembrava. Porque eu não o podia lembrar ainda. Lembro agora.
Eu e os autocarros temos uma ligação especial. Deve ser por isso que aparecem tantas vezes nos meus sonhos… Significavam mudança, não era?
Não tenho mais palavras. Não quero mais palavras, não aqui… Estúpida ansiedade de ouvir o telemóvel tocar! Realmente, eu sou assim. Não posso ter atenção e simpatia que me desfaço! É por sentir falta, diria. Espero que não mais…
Certo, eu tenho uma grande propensão para criar enormes expectativas e fazes grandes filmes, assim não levem muito a sério o que digo.
Ai ai… (Onde andas prima? Raptada por ETs? Ias adorar saber isto. Eu é que talvez não…)
Enfim, hoje vou-me deitar de bem com a vida e esperar por outra tarde que seja realmente uma tarde. Não a de amanhã, porque essa desconfio que vá ter um pouco de Psicologia a apimentar as coisas. Tudo para ter o sábado livre para voluntariado, porque como boa rapariga que sou vou dar no duro no armazém do Banco Alimentar Contra a Fome. E claro que vai ser um prazer! (Esperemos que sim, sim, seja mesmo se… e porque… sabes não é?)
E que mais? Oh, vou buscar a minha prenda de anos sexta à noite! O meu Macbook =D Está quase, quase nos dezassete, e realmente não sei o que vou fazer nesse dia, se e como comemoro, mas não importa. O presente presente nem custaria nada…
Sim, isto sou eu a divagar. Não vale a pena tentar pôr os pés no chão esta noite.
É verdade, também já me inscrevi para a viagem de finalistas a Ibiza. (Apenas algo completamente desconjuntado que me passou pela cabeça.)
Estou feliz. E a felicidade é ridícula. Sim, sim, sou ridícula. Mas a felicidade também é linda! (Certo, não liguem MESMO, isto não sou eu a falar.)
Acho melhor parar. Não estou psicologicamente apta para escrever coisas racionais. Assim, uma última coisa:
BRIGADA DU ;)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Inverno

Hoje senti que chegou realmente o frio. Arrepiando-me nas escadas, com a mão direita gelada por estar fora do bolso a mandar mensagens, eu senti que por fim tinha chegado o Inverno.
Não foi um mau pensamento. O Inverno tem coisas boas. O Inverno não é apenas o frio, apesar deste ser o principal motivo pelo qual não morro de amores por ele.
Inverno é…
Jogar às cartas com a família ao pé da lareira.
Ver um filme aconchegada em mantas.
Ouvir a chuva lá fora enquanto adormeço.

E colocar a roupa sobre o aquecedor.
Chegar ensopada nos dias em que chove.
Tremer de frio nas aulas.

Sim, nem tudo é bom. Depende de como o vemos. Eu estava a tentar ir por um bom caminho, mas quebraram-me o espírito. Assim, não gosto do Inverno. Gosto de casacos, cachecóis e botas. Não gosto do frio. Certo, incoerente. O problema simplesmente é que os casacos nunca bastam face ao frio, daí não gostar do Inverno. Excepto em casa, sob as mantas ou frente à lareira, onde não está frio.
Também não gosto do Inverno porque fico com os dedos congelados de escrever no computador…
Enfim. Não é que não gostar vá mudar alguma coisa.
Chegou. Fim da história.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Afogada

Se houvesse um adjectivo seria afogada.
Afogada na tua ausência. Afogada nas memórias reflectidas num qualquer rosto velho que vejo na rua. Afogada na certeza de que aquele jamais serás tu.
Sim, se pudesse pô-lo em palavras, seria assim. Afogada nas lágrimas que já só caem quando a angústia é grande demais para o suportar. Quando algo rompe a cálida monotonia do dia e trás as lembranças de ti.
Afogada, sim, na certeza de que o amanhã será igual a hoje. A noite cairá fria e ela virá ao meu quarto dar-me as boas noites com um voz fraca e frágil. Para ela, o Inverno começou em Junho, e não mais acabará.
Afogada, porque é a única palavra que pude encontrar. Talvez pelo frio; parece mentira que agora me sinta quente. O que não é nada. Sinto-me tão substancial como um fantasma, e certamente estou tão ausente do mundo como um.
Afogada pelo sufoco, pelo nó na garganta que não me deixa falar. Por olhar através do vidro e encontrar pontos luminosos brilhando na escuridão. Pela dor de cabeça, pelo enjoo. Pela sensação de rumar para o nada, nem para cima, nem para baixo, entre a colisão das correntes, à deriva...
Afogada entre as barulhentas ondas que falam entre si. Sentindo-me mal de todas as formas. Eu só quero chegar a casa. Eu só queria fechar os olhos e não os sentir molhados por lágrimas que sei que não irão cair.
Afogada porque estou sozinha. Afogada somente porque não há ninguém para me dar a mão e me salvar.
E afogada porque não estás aqui para, com um sorriso ou umas palavras brincalhonas, fazer o Sol brilhar por um momento.
















P.S. – 1 hora depois – Estava enganada.


P.S. – 2 horas depois – Sim, conseguiste, Du!

Ela

Ela quer escrever.
Literatura.
Ela tem um livro a 20%.
Outro a 0,5%.
E ainda um outro para rever e modificar.
Ela tem vários no baú.
À espera.
Não quer mais incompletos.
Era suposto ser um de cada vez.
Ela escreve no blogue.
Mas não é isto que ela quer escrever.
Ela não sabe qual escolher.
Esta noite, ela não quer nenhum.
Tal como não queria ontem.
E anteontem.
Talvez como não queira amanhã.
Ela não sabe o que fazer.
É tão difícil começar!
Ela quer escrever.
Sim, ela quer escrever.
Essa é a sua única certeza.
Mas nada chama o seu nome.
Está tudo mal!
O começado, o acabado…
É preciso mudar, aperfeiçoar.
E ela só queria escrever…
Criar do vazio.
Encher de negro o branco.
Queria sentir-se ela.
E acabou por descobrir,
Que nenhuma delas, são ela…

E tudo o que queria era continuar a escrever.

domingo, 22 de novembro de 2009

Assim...


Desconfortável

sábado, 21 de novembro de 2009

Déjà Vu

Encontrei-me aqui
A olhar para ti
O mundo inteiro ao redor
Mais uma na multidão
Pensava não fazer falta
Mais um grão de areia
Uma gota no mar
Eram lágrimas suspeitas
As que queriam cair
Era uma história desfeita
E contada outra vez
Não era presente
Mas passado, o meu
Não era naquele lugar
Mas noutra igual
Não eras tu
Mas eu. Eu
Era outro alguém
E não olhava para ti
Nem sequer para aqueles
No lugar de mim
Os olhos vidrados
A consciência quebrada
No fim da parada
E foi assim outra vez
Tão certo que doeu
Como lembrava que doía
Essa memória rebobinada
Não importe o que mude
Hoje, novamente
Aquele dia, antes meu
Agora teu
Porque no final
É sempre igual

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Recordação

Tinha uma ideia em mente. Ou nada em mente. Seria uma imagem. Mas não quero ter que escolher.
Lembrei-me. Fizeram-me lembrar.
Acordou a saudade. As memória tão vívidas do momento em que tudo ruiu. Para mim. Para ela. Para eles. Para ele.
Não, não é fácil. Ainda não o é. E talvez nunca o seja.
Há dias, muito dias ainda, em que ela vem com os olhos brilhante e uma expressão torturada no rosto. Como se tivesse chorado. Como se quisesse chorar.
Sei que o faz. E custa não poder fazer nada para mudar isso, a não ser abraçá-la e esperar que passe.
Mas nunca passa.
Às vezes ando na rua, cruzou-me com um homem e penso nele. Penso não só que é ele, mas que talvez o encontre casualmente na rua. Depois lembro-me que isso jamais poderá acontecer...
Há muito tempo que não chorava por ele. Mas depois de ler...
Sim, a vida é realmente injusta. Tão injusta. Fala-se do homem e da justiça que inutilmente tenta impor, mas mesmo no perfeito Estado justo, a morte segue sendo injusta.
Segue sendo um roubo.
Uma violação.
Uma pena capital.
Segue sendo o fim. E nós impotentes para o alterarmos.
Não era suposto ser assim. Para nenhuma de nós.
Simplesmente não o era.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Cansada. Perseguida. Lembrada.

Suponho não ter dormido o suficiente hoje. Os meus olhos estão húmidos, sinto-me gelada e desejosa de sair daqui. São 9:55 e estou na aula de Português. Quero muito ir lá para fora e sentar-me ao Sol. Se ao menos houvesse Sol…
Deveria analisar um poema. Alberto Caeiro. Mas não cola comigo, nenhum dos que estão no livro, pelo menos. Ele tem razão, muita razão. Mas que não posso deixar de pensar, por muito que sinta.
O problema foi o sonho…
Parei num poema e no fim diz: “E não teremos sonhos no nosso sono.”
Se ao menos eu pudesse para de pensar, nem que fosse enquanto durmo…
O toque está mesmo aí. Conto tudo depois, na aula de História.
Hoje não estou aqui. Filosofias a mais para a minha alma. Não hoje.

(…)

São oito e meia da noite. É exactamente isso, não houve oportunidade de escrever na aula de História. O que não significa que esta tenha sido interessante. Na verdade, eu estive todo o tempo lutando por manter os olhos abertos enquanto víamos um documentário sobre a Bauhaus. Foi realmente horrível, por eu tinha a sensação de que se fechasse os olhos por mais de cinco segundos adormeceria.
Não, continuava a não estar ali.
Também não o estava em Direito. A tarde já foi melhor, na escola, certo, mas sem aulas, e apesar de que a nossa sessão de cinema foi um completo fiasco. Mas bom, ainda passamos o filme, que não vi até ao fim, precisamente porque já o vira.
Mas era para falar sobre o sonho…
Quero contar, sim, mas nem sei com que palavras. Teve em parte a ver com ela – esse ela dos outros sonhos. E foi por culpa de andar a pensar no fim do ano. De alguma forma, o meu subconsciente magicou um cenário nem sei bem onde, no qual havia nomes – os nossos, os finalistas – e prendas. Qualquer coisa como eu quero felicitar a pessoa X, então deixo uma prenda no local do seu nome. (Sem dúvida uma ideia absurda que jamais me ocorreria desperta). O que é certo é que eu estava lá para descobrir o que me haviam deixado.
E é aqui que a coisa derrapa. Tragicamente de volta ao mesmo.
Não ia sozinha. A Catarina estava comigo, embora nem saiba porque, e mais outra pessoa, lá por acaso, calculo (ou talvez com a Catarina?). Não importa. Ambos se preocuparam e me perguntaram se estava tudo bem quando comecei a chorar. Obviamente que não o estava. Mas eu não conseguia explicar-lhes porquê.
Demasiado pessoal. Algo que só eu entenderia. Algo que mal recordava. Algo que só uma pessoa poderia ter feito.
Era duas telas pintadas à mão.
A segunda fez sentido então, encaixando como a primeira num realidade que era sonho, não verdade. Não acontecera o que lá estava. Era um reflexo da primeira, quase que um pagamento não hostil, marca por marca, amizade por amizade. Mas eu nunca parti o braço.
Mas a primeira sim. Essa fez correr as lágrimas, porque era verdade. Era uma memória, e o pensamento humedece-me os olhos. E nem sequer posso recordar esse dia. Apenas sei que a fizera cair há muitos anos e que ainda hoje tem a marca no joelho. Não era para ser um quadro artístico. Eram somente dois pares de pernas, uma delas com a calça subida e uma tira branca em volta do joelho ferido. Talvez houvesse mãos preocupadas, não sei.
O que sei foi que me quebrei em lágrimas. Não via aquilo como tendo implícito “tu fizeste-me isto”. Não.
Era uma amiga que nunca se chateou com a outra mesmo quando a fizera cair.
Amigas que mal se vêm, que há séculos como dias não se falam.
Não, ainda não lhe disse nada. Não sei se o espera e temo que nem o queira. Não o que lhe diria pelo menos – se o pudesse diz. Não me vim queixar tampouco. Apenas precisava de contar.
Apenas precisava de lembrar.
As crianças que um dia fomos…


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Expectativa

Ok, agora estou chateada. Estava eu a imprimir o trabalho de História e a parva da impressora chegou à página 7 (e imprimia do fim, ao todo 17) e lembrou-se de começar de novo!
Enfim, enfim, já está…

Não, não vim falar de impressoras. Estava… pensando na Universidade.
Outra vez.
Sim, faltam dez meses. Sim, as probabilidades estão a meu favor. Muito a meu favor. Mas não deixo de pensas nos “ses”. Ou melhor, num só se.
E se não entrar?

Não gosto de indecisões. Odiava a dúvida: vou para quê? Foi realmente bom tomar uma decisão. E agora estou completamente nela. Sim, eu calculo que seja daquelas pessoas que leva o seu tempo a escolher, mas quando o faz é até ao fim. Não há volta atrás. Definitivo.
E o problema de ter um caminho fixo, é que não posso conceber que vá por outro lado. Se não entrar… bem, suponho que não haja mais nada que eu queira. Já não.

Hoje estávamos na aula de Área de Projecto, a tratar de tudo menos o projecto, e por alguma súbita consciência da proximidade do fim, todos se puseram a procurar cursos, e em que universidade há, e quais são as médias…
Pensei que era a única, ou das poucas vá, que estava perfeitamente segura.
E não obstante ser uma decisão recente, sim, estava segura para rejeitar cada opção que vi os outros procurarem. Foi estranho.
É como ter toda uma vida planeada e esperar a autorização para seguir em frente.
Excepto que, se a autorização não nos for dada, simplesmente paramos.
E realço que ainda faltam dez meses.

Realmente quero-o muito. Imagino-o demasiado. Suponho que esteja a ficar algo ansiosa. Não é essa a intenção, mas também, como não o estar?
Não estamos só a falar de mudar de escola.
Nem de colegas.
Ou de cidade.
Estamos a falar de mudar de vida.
E esta aparece-me como um sonho que nunca soube ter, mas que agora que está bem à minha frente vem a par com a certeza de que é isto que eu quero.
Não há dúvida. Não há incerteza.
A não ser a de não agarrar o sonho. Diz-me a lógica e os números que isso não vai acontecer. Mas nunca conseguimos dar por garantido aquilo que queremos mesmo antes que seja efectivamente nosso. Sempre tememos.
Enfim, expectativas.
Se o é assim agora, como será daqui a uns meses…

Não obstante, ela tem razão. Não podemos apressar o futuro, assim, vivamos o presente. E o presente de hoje até trouxe bons momentos, agradáveis visões…

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Tens algum segredo?

Vai na volta e acabo a falar sozinha

O fim-de-semana é a pedra no sapato se quero manter isto diário. Pois, não foi nada de especial. Nada de especial para escrever.
Alguma vez o é?
Oh, agora estou a ser má para comigo mesma. Enfim…
O que há a dizer, afinal de contas?
Bem, fui finalmente coagida a juntar-me ao Twitter. (Que bom que eu tinha já essa decisão em mente, isto de ser obrigada ia cair muito mal.)
Mais…
Tenho que acabar o trabalho de História para entregar dia 19.
Tenho que acabar o trabalho de Psicologia para entregar dia 19.
As tardes livres afinal não são assim tão livres…
Quarta-feira deveria haver cinema. Área de projecto e tal, mas lembrei-me subitamente esta manhã que ninguém voltou a colar os cartazes.
Realmente faz-me lembrar toda uma vida, tão planeada, e então falha o óbvio. Falha a rua e todas as direcções se trocam. Será assim comigo? Parece tudo tão bem planeado hoje… E quando chegar lá?
Podemos encontrar o caminho para o castelo, porque é grande e se destaca na paisagem, mas e o que fazer no labirinto de corredores que lá dentro encontramos?
Sim, pois, podemos navegar à deriva dentro de um barco. Quer seja um bote ou um paquete.
Definitivamente não era por aqui que queria vir. Mas essa é a beleza da escrita. Sempre sabemos como começa, mas nunca como acaba. É o elemento surpresa que a torna irresistível.
Lembrei-me agora que não falei da apresentação oral de Português, mas não importa muito. Estava nervosa como tudo, nem sei bem porquê. Não correu muito mal, tirando a história da dicção. Lá vamos nós treinar com a caneta na boca… ou não!
Enfim, já foram todos dormir. Sobra eu. Mas amanhã de manhã não há aulas e tal, então mais um hora ou duas a pé.
Não aqui. Por hoje chega. Há um episódio de House no computador que ainda não vi. Vamos dar um uso útil ao tempo. (Pois, útil!)
De qualquer forma, e ainda que, quem quer que vá ler, o faça amanhã, boa noite na mesma.

sábado, 14 de novembro de 2009

Diálogo com a Consciência

– Não é justo – disse-me a consciência.
– E o que é a Justiça? – perguntei eu.
– Se tu não sabes, eu também não – respondeu ela.
– Vamos perguntar ao subconsciente – sugeri.
– Ele sabe tanto quanto tu. Apenas dá mais importância ao que tu queres ignorar.
– Talvez eu saiba e não me lembre.
– Não, ninguém sabe.
– Não concordo.
– Claro que concordas. Sou a tua consciência, lembras-te? Custa-te é admitir que é verdade.
– A Justiça existe – declarei.
– Evidentemente que sim. No mundo das ideias.
– Então é uma ideia. Definível. Alguém tem de saber o que é.
– Oh, todos sabem o que é!
– Estás-te a contradizer um bocado, não?
– Não, nem por isso. Eu sou a consciência, eu sei onde te levará este raciocínio.
– Eu não, por isso começa a explicar.
– O mundo das ideias não é universal.
– Mundo é sinónimo de universo. É, de facto, o primeiro sinónimo que nos dá o Word.
– Esquece o Word. O mundo das ideias é individual. Cada um tem o seu. Assim como uma consciência.
– Assim como tu.
– Sim, como eu. E a ideia de justiça varia de mundo para mundo, de pessoa para pessoa.
– Mas então todos sabemos o que é a Justiça.
– Sabemos o que ela é para nós. Não para o Mundo.
– Mas supõem-se que essas ideias de Justiça partiram todas do mesmo conceito, certo?
– Sim, se tu assim o achas, eu tenho de concordar. É limitada a liberdade de uma consciência, sabes? Não posso verdadeiramente ter uma opinião diferente da que tu tens, só que às vezes nem te apercebes que tens.
– Então a resposta é sim.
– Partiremos desse pressuposto.
– Assim, esse conceito é a verdadeira noção de Justiça.
– Faz sentido.
– Ou seja, a origem.
– Sim.
– E alguém tem de o saber, não?
– Não. Por acaso sabemos a origem do mundo? Da espécie humana, com toda a certeza? Não. E continuamos aqui.
– Realmente não faz sentido nenhum. Tu confundes-me.
– Não, tu já estás confusa. Por isso eu não posso pensar claramente.
– O que importa afinal?
– Foste tu que colocaste a questão.
– Pois bem, desisto de encontrar a resposta. Apenas concordo contigo, é injusto.
– Sim. É pena que o resto do mundo não possa ver isso.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Decisão

Vou para Línguas e Estudos Editoriais.
Vou obrigatoriamente para Aveiro.
Está dito.
Está decidido.
Hoje e agora. Para o futuro.

Vá por onde vá, termino sempre aqui

Música...


Por razão nenhuma em especial.
Porque hoje não me lembro do que sonhei. Nem sei se sonhei.
Mas sonho é...

Saber
Olhar
Nas
Horas
Obscuras

E sonhar é música com imagens.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Destino & Autocarro

Catarina! Eu não disse que tinha sonhado que andávamos juntas de autocarro?
Logo hoje, que perfeito!
A culpa não foi minha, foi o Destino!
=)=)=)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sim, pois

Sim, pois, Aveiro.
Sim, pois, Línguas, Literaturas e Culturas…
Ou Estudos Editoriais?
Sim, pois…

Sim, pois, deixar-vos para trás.
Sim, pois, custa…
A quem?
Sim, pois, custará com aqueles que pensei não custar,
Que pensei deixar com um adeus,
Um “Boa sorte, vemo-nos um dia!”
Sim, pois, custa menos aos que pensei custar mais.
Sim, pois, a vida mudou.
Sim, pois, já mudou…

Sim, pois, não sei.
Sim, quero, e sim, vou.
Sim, pois, vou ter saudades.
E sim, pois, faltam ainda tantos meses!
Mas sim, quero que venha.
E pois, sim, tenho medo.
E sim, coragem!

Sim, pois, família.
Sim, pois, pais e avó e irmã…
E sim, pois, prima, senão ai de mim!
Sim, pois, será diferente.
Mas, sim, quero-o, preciso-o.
Pois, sim, crescerei.
E, sim, sim, sim.

Sim, pois, tenho esperança,
De pois, sim, encontrar o que me falta
De, sim, escrever o meu romance,
A minha aventura,
A minha história.

Sim, pois, Universidade.
Sim, pois, adeus Algarve.
Sim, pois, olá independência… (?)
Sim, pois, olá responsabilidades…!
Sim, pois, olá futuro.

Sim, pois, eu.
Pois, eu.
Sim…
Pois…
Vida.