terça-feira, 17 de novembro de 2009

Expectativa

Ok, agora estou chateada. Estava eu a imprimir o trabalho de História e a parva da impressora chegou à página 7 (e imprimia do fim, ao todo 17) e lembrou-se de começar de novo!
Enfim, enfim, já está…

Não, não vim falar de impressoras. Estava… pensando na Universidade.
Outra vez.
Sim, faltam dez meses. Sim, as probabilidades estão a meu favor. Muito a meu favor. Mas não deixo de pensas nos “ses”. Ou melhor, num só se.
E se não entrar?

Não gosto de indecisões. Odiava a dúvida: vou para quê? Foi realmente bom tomar uma decisão. E agora estou completamente nela. Sim, eu calculo que seja daquelas pessoas que leva o seu tempo a escolher, mas quando o faz é até ao fim. Não há volta atrás. Definitivo.
E o problema de ter um caminho fixo, é que não posso conceber que vá por outro lado. Se não entrar… bem, suponho que não haja mais nada que eu queira. Já não.

Hoje estávamos na aula de Área de Projecto, a tratar de tudo menos o projecto, e por alguma súbita consciência da proximidade do fim, todos se puseram a procurar cursos, e em que universidade há, e quais são as médias…
Pensei que era a única, ou das poucas vá, que estava perfeitamente segura.
E não obstante ser uma decisão recente, sim, estava segura para rejeitar cada opção que vi os outros procurarem. Foi estranho.
É como ter toda uma vida planeada e esperar a autorização para seguir em frente.
Excepto que, se a autorização não nos for dada, simplesmente paramos.
E realço que ainda faltam dez meses.

Realmente quero-o muito. Imagino-o demasiado. Suponho que esteja a ficar algo ansiosa. Não é essa a intenção, mas também, como não o estar?
Não estamos só a falar de mudar de escola.
Nem de colegas.
Ou de cidade.
Estamos a falar de mudar de vida.
E esta aparece-me como um sonho que nunca soube ter, mas que agora que está bem à minha frente vem a par com a certeza de que é isto que eu quero.
Não há dúvida. Não há incerteza.
A não ser a de não agarrar o sonho. Diz-me a lógica e os números que isso não vai acontecer. Mas nunca conseguimos dar por garantido aquilo que queremos mesmo antes que seja efectivamente nosso. Sempre tememos.
Enfim, expectativas.
Se o é assim agora, como será daqui a uns meses…

Não obstante, ela tem razão. Não podemos apressar o futuro, assim, vivamos o presente. E o presente de hoje até trouxe bons momentos, agradáveis visões…

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