terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dezassete

Aqui estou eu, com dezassete anos. Hoje ainda não é ontem, mas já não preciso que o seja. Soube bem ser hoje, depois de uma descarga de emoções que já vem sendo hábito nos últimos dias.

Aqui estou eu escrevendo no meu brinquedo novo, branquinho como a neve, lindo, lindo. Realmente foi de muito mais rápida habituação, mas não comparemos. Além disso, estou num bom caminho. Num muito bom caminho. A estrada parece iluminada hoje, ao final do dia. Fez algum nevoeiro lá pelo meio, quando me perguntava se isto ia correr bem, mas o Sol brilhou.

Oh, suponho que ainda não tenha dito que fiquei em casa. Pois, eu bem andei dizendo há mais de uma semana que não queria sair, que não estava com humor para multidões nas suas demandas por compras a um feriado. O meu pai ajudou um bocadinho, embora me tivesse chateado quando me obrigou a mudar os planos, mas resultou muito bem. Suponho que seja a tal história de “Deus escreve direito por linhas tortas”.

Assim, foi uma tarde por casa, com as pessoas mais importantes da minha vida, sem dúvida, e há que dizer que o cinema tem outro gosto assim. Ou seja, muito drama para nada. Sim, essa sou eu. Mas antes assim. Que façamos muito filmes e depois corra tudo bem. Sempre é melhor do que ao contrario. Vantagens de ser pessimista e complicada e... eu!

Estou realmente apaixonada. E, ele que não leve a mal, mas agora estou a falar do meu MacBook. É simplesmente perfeito para mim. Uma escritora tem de ter uma boa ferramenta de trabalho, não é mesmo?

Enfim, foi um bom dia. Recebi muitas mensagens de parabéns, muitas mesmo, comparado com o que estava habituada. Isso fez-me sentir bem. Há muitos significados implícitos no facto de haverem mais pessoas a lembrarem-se do teu aniversário. Fez-me sentir que abri realmente os meus horizontes. Como uma prova de que vale a pena. E sem dúvida que vale porque eu estou muito melhor agora. Quinta quero almoçar com as minhas colegas de turma e isso é algo inédito. Isso é o meu crescimento. Os outros ajudam, muito, mas há que querer. E que quero muito.

Sinto-me preenchida, aqui e a agora. Como se não faltasse nada. Amanhã tenho que acordar cedo e ir para a escola, à tarde tenho que estudar História, mas não importa. Porque está tudo bem.

E eu adoro quando está tudo bem.
P.S. Queria muito que tivesses estado aqui hoje, avô.

1 comentário:

Rafaela Neves disse...

e tao bom relembrarem-me k sou importante! hehe :D espero k tenhas gostado da prenda