quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Antagonismo

Hoje vamos começar ao contrário. Assim…
P.S. Vou mandar o telemóvel à parede. Assim, se eu não responder, já sabem o que aconteceu.

E já que estamos numa de contradições…
Quero ter dezassete anos. Algum fetiche pelo número, não sei, ou apenas aquela ideia de plena adolescência sem as responsabilidades de adulto. De qualquer forma, estou farta dos dezasseis – o que acontece todos os anos: vantagens de ser a mais nova a ver todos alcançar o patamar superior antes de ti. Mas suponho que seja mais do que isso. Não me sinto com dezasseis. Talvez nem dezassete seja suficiente, mas pronto, uns são eternas crianças, outros têm a felicidade de ter rasgos de lucidez adulta em tão jovem idade.
A questão é que falta uma semana, assim devia estar contente. Mas não. Eu não quero fazer anos. Ou melhor: não quero o meu dia de anos. Quero apenas o feriado em que calha e vivê-lo como qualquer outro dia. Não me apetecem jantares nem idas ao cinema. Não me apetece saídas à noite. Não me apetece confusão.
Ooooookey: velha!
No ano passado queria finalmente entrar sem problemas numa discoteca. Este ano não anseio minimamente pôr lá os pés. O que é absolutamente contraditório à idade. Eu devia querer dançar até não poder estar de pé, beber demasiado e fazer figuras tristes.
Obviamente que eu nunca fui de seguir as multidões, assim que não, não e não!
Também descobri não ser o romântica o suficiente para que deseje passar este dia a sós com o namorado (Argh! Isto é tão pouco meu. Mas certamente deveria começar a habituar-me à ideia.)
O problema sei eu onde está. Nas pessoas que deviam estar presentes neste dia. Ao fim de muitos anos, elas deixaram de ser quem costumavam ser. Certamente que posso convidá-las para um almoço, uma ida ao cinema, e se não fosse a época de teste que é uma boa desculpa para todos, possivelmente até iriam, mas… Eu quero realmente passar esse dia com elas?
É horrível, mas a única resposta que faz sentido para mim é não.
Assim que não sei. Tenho as minhas meninas da turma, que são umas queridas, mas há o teste de História. Não que tenha já falado com elas, mas posso antecipar uma resposta.
Eu já calculava que fosse ser assim desde o Verão. E se formos a ver bem, não há uma boa razão para comemorar este dia. Não passa de uma data, e não são as datas que devem ser lembradas, mas os acontecimentos. E ter nascido… Ter nascido foi apenas o início, e ninguém comemora o início, somente o fim. Porque é que com as vidas humanas tem de ser ao contrário?
Fica a pergunta para pensarem no assunto. E se entretanto alguém tiver uma sugestão para mim, ela é bem-vinda.

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