terça-feira, 22 de junho de 2010

Tranquilidade

Esta tranquilidade que me abraça e aconchega, suspiro quente ao ouvido, promessa de horas sem tempo e sorriso sereno que se cola aos lábios como um beijo, mas sem precisar da tua boca.
Esta tranquilidade de um final que é um início, de um caminho que vimos, mas jamais percorremos de forma igual, estrada com os seus mansos perigos, e não importa sabê-lo, porque a noite é densa e dissipa as emoções, faz recuar o medo, deixa o silêncio das palavras que não dizes quando olhas para mim.
É esta tranquilidade, esta mesmíssima tranquilidade que me roubas sem saber, que destróis sem querer, e não é malícia ou maldade, é pura ingenuidade, e se não souberes nunca o que me vai na alma, apenas saberás que não minto ao dizer que me dás tanto quanto me tiras.
Porque esta tranquilidade, tão doce bailar de dedos movidos pelas artérias do coração, é o rescaldo de um momento pleno de sensação, nervosos em guerra, desejos escondidos, olhares atrevidos, um diz-que-não-diz tão simultaneamente perverso e inocente.
Esta tranquilidade é o intervalo em que se para, se olhar e se sorri, o instante que fugiu ao instante agora vívido na memória, cada pormenor que a ansiedade devorou, o apreciar da recordação que a consciência não minou, porque ao virar da página, as letras não me surgem ao contrário, antes a história parece correctamente escrita.
Esta tranquilidade é o fruto da certeza gloriosa do hoje, com a esperança calorosa do amanhã, e a sabedoria de que o tempo se encarregará de nos dar aquilo que o destino marcou como nosso.

3 comentários:

Rafaela Neves disse...

bem que posso eu dizer? estas apaixonada amor! e escusas de me vir dizer que não porque eu sei que estás.xp espero que ele saiba o que ganha

Dark Soul disse...

sim, estás mesmo apaixonada :) aproveita cada momento...

Rachel disse...

vocês não compreendem mesmo nada!
(e não têm moral nenhum para falar =P)
não é assim...