sábado, 5 de junho de 2010

Toque da noite em pele maculada

A sala está escura e esta luz lança sombras profundas. O cenário é fotográfico. Meio na luz, meio na escuridão. Como tudo na vida.
As imperfeições ocultam-se para lá do que o olhar percebe. Talvez por isso seja a noite tão bela. É o momento em que a porcaria que nós fazemos está oculta. Ninguém sabe o que não vê. E ninguém vê na escuridão.
Um dia, vamos fechar as cortinas do mundo e seremos todos felizes. Seremos todos iguais. Teremos todos a mesma cor. Vestiremos todos o mesmo: um manto negro sem preconceitos.
Um dia. Já o disse e repito. Devia deixar de dizer "um dia".
O meu problema é ter uma coisa que se chama consciência, e que, por sinal, é muito atenta e exigente e incómoda. Em poucas palavras, uma consciência que trabalha demasiado.
E que às vezes me chama cabra e não me deixa dormir.
Talvez tenha demasiado coração também. E algum altruísmo envenenado.
No entanto, sinto-me preparada para deixar estas pessoas.

P.S. Aquele sonho do domingo passado... Lembrou-te tudo o que deveria ter dito num telefonema ontem à noite. Quando te sentes culpada, e na verdade a culpa, os erros, são dos outros... Mas então palavras que a amarga consciência não deixa dizer. Di-la por sua vez em sonhos. Talvez acrescente demasiado boa à lista de defeitos. Ou simplesmente a capacidade de engolir muito sapos.

2 comentários:

Rafaela Neves disse...

uma consciencia k te chama cabra... isso e interessante. significa k tens a consciencia tens pesada. a minha chama.me muitos nomes mas cabra raramente:D por isso que crimes e k andas.te a cometer k eu na sei pah? ai essas companhias dona rakel! (e melhor na falar muito k a pior sou eu ;D)

Dark Soul disse...

bem não posso dizer que te conheço bem mas pelo pouco que conheço a tua consciência está um pouco errada. mas sim, a noite é realmente bela :D

beijos.