Chama-me com alma de navegador abandonado. Meditaremos sobre o mundo.
# Quantas sereias vistes?
# Tantas e tantas que não as pude contar. Vozes de fada, rostos de anjo, mas asas? Como as dos demónios. Cores e brilho sobre o que era negro de alma. Ambição nas mãos douradas. Cobiça no sorriso de rubi. Inveja nos olhos esmeralda. Vaidade nos olhos azuis. Promessas de riqueza e prazer, um engano. Desejo de mais valer, mundano. Não são sonho e ilusão, nem alegoria de paixão, mas guerra, ódio e desilusão. Hoje, donas da terra sobre o mar, abre os olhos que as vais encontrar.
# E mostrengos de arrepiar?
# O medo, o medo, não está nos cabos e nas costas, no vazio do alto mar. Está nas almas bem postas, que não se irão aventurar. Tempestades e tormentas, não são o que temem os homens. Mas o obscuro incerto do mar fundo, que os carregará para o outro mundo. É o desconhecido o monstro, é o não saber que sabe, e decide não saber. É a incerteza que basta, só para nos fazer tremer. E na hora gasta, caímos aqui. Não lutámos, não vencemos. Sobrevivemos e tememos. Morremos, e não sabemos.
# E que mar a desbravar?
# O da consciência humana. Em barcos de luz sobre canais de águas cinzentas. Avancemos, avancemos... Iça a vela! Reflictamos.
1 comentário:
Esta muito fixe priminha :)
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