sábado, 31 de julho de 2010

O encanto de chegar ao fim do dia e sorrir

Preciso de um momento antes de começar isto.

Acho que agora sim. Há novidades. Mas já vos ocorreu destes momentos em que estão tão em paz com os novos acontecimentos da vossa vida que apenas aquele subtil sorriso denota a existência de algo que não estava lá antes; e não nos importa que os outros saibam, porque o aceitamos assim, mas não queremos chegar aqui e atirar tudo para fora, porque romperia essa tranquilidade de se ser como se é; talvez parecesse demonstração de orgulho, reclamação, ou vaidade, então nada dizer, porque está tudo bem assim.
Sim, de certeza que já vos ocorreu.
Percamos um momento do nosso dia a sorrir face ao desenrolar das horas desse mesmo dia. Percamos um momento a descobrir como aceitá-lo com tranquilidade torna tudo mais fácil. Não é resignação. Resignação não encerra paz. Simplesmente aceitação. Não podemos mudar o que já passou.
Sinto-me optimista hoje. Já devem ter reparado. É só que sinto-me bem.
Tinha um mau pressentimento de manhã. Acho que não vou fazer carreira nisto. Porque foi uma tarde agradável, e agradável é bom. Por vezes, agradável é exactamente aquilo que precisamos.
Para os curiosos, o telemóvel tocou efectivamente. Talvez tenha demorado o dobro do tempo. Mas definitivamente não foi porque havia reclamado.
Gosto da minha vida hoje, em todas as perspectivas, e isso faz-me sorrir. Há tantas coisas piores. Mas eu tenho uma família que, possivelmente não o faça crer muitas vezes, mas é tudo. Tenho o suficiente de amigos. De verdadeiros amigos. Rompem-se fundo muitas e velhas amizades a cada dia de verão que passa, mas é uma escolha. A minha mãe comentou hoje algo acerca da amizade ser uma árvore de fruto que tem de ser regada. Eu respondi-lhe que muitos dos frutos já estavam podres. Não tive dúvidas ou medo em repeti-lo. Muitas das árvores que me rodeavam davam frutos podres. Suponho que esteja na altura de cortá-las pela raiz. Tenciono plantar novas brevemente.
E o último do que me faz feliz, acredito no meu futuro, porque — vá, só um pouco de vaidade — me sinto reconhecida por aquilo que amo fazer. Talvez não tenha sido o ano para os primeiros prémios. Mas talvez os segundos lugares, os segundos degraus no topo da escada sejam um teste, um grito à modéstia e ao trabalho, um incentivo a ser mais e melhor. Afinal, o caminho certo é o do crescimento. Posso não ser pequenina, mas decididamente é muito cedo para ser gigante.

1 comentário:

Rafaela Neves disse...

peço desculpa por nao ter comentado ha ja algum tempo. peço desculpa por nao ir ao msn ha algum tempo e tambem por nao te telefonar. mas nao tenho tido desposiçao para nada. prometo começar a vir mais vezes ^^