quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Clausura Silenciosa

Numa Prisão sem paredes, as Pessoas são os Cadeados

Sei que fui cruel, admito. Mas mergulhando bem fundo na minha consciência, não acho que tenha tido intenções de magoar. A única coisa que eu queria era conquistar a minha liberdade. Nem que tivesse de deitar a abaixo as paredes. Ou romper com os cadeados.

Há sempre algo que ficou por dizer. E depois há aquilo que era fundamental, obrigatório de dizer. Mas há certas palavras que não posso, não consigo dizer. Há certos momentos em que o silêncio pesa mais, mais do que o seu costume, já pesado. Se não amasse escrever, se não fosse escrevendo que vivo, diria que não era pessoa de palavras. Assim, talvez pense que elas perdem o valor quando proferidas. Talvez seja egoísta e queira guardá-las para mim.
Mas alguém me fez lembrar a aula de Português sobre F. Pessoa e sim, “há duas formas de dizer: falar e estar calado”. Será assim tão difícil de perceber o que digo em silêncio?

1 comentário:

Rafaela Neves disse...

so kem magoaste (se magoaste)e k te pode responder