Sinto como se ainda não tivesse parado um momento desde que cheguei, e no entanto aqui estou eu, faltam duas horas para sair de novo de casa, mas suponho que tenho tempo suficiente para me corrigir pela ausência de ontem. Parece que está tudo a acontecer ao mesmo tempo. Coisas boas, claro, saídas e afins, mas eu sou uma miúda de casa e pouco parei por cá desde que cheguei. Matar saudades dos amigos, claro que sim, mas é isso e tudo o mais. Escola! Baldei-me, se me permitem o calão, à apresentação de ontem, mas acabei por lá ir receber o prémio de excelência (mais um diploma para a parede, com moldura, atenção!). Depois não voltei para jantar em casa. Isto não estava programado. Acabei por não dormir também em casa. Não estava de todo programado. Hoje também não vou jantar cá. Não que as refeições sejam a banalidade do costume, tenho cá tios, mas bem, mal eles me vêm a cor. Isto não é sempre assim, devia alertá-los. Amanhã, bem, amanhã devo mesmo ficar por casa (e a dormir até ao almoço). Segunda-feira começa o martírio de levantar cedo, com a excepção de que não começa realmente segunda-feira. Eu explico: para minha felicidade, não tenho aulas segunda de manhã. Mas para todos os efeitos começa a escola e se não é num dia é no outro e terça lá vou eu estar a pé às sete da manhã. Como se isso fosse humanamente aceitável para quem tem dificuldades em adormecer antes da uma da manhã. Adeus, horário de Verão, vou ter saudades tuas! Enfim, não será o fim do mundo. Estou até curiosa, novas disciplinas, novos colegas… Mas sinceramente aguentava na boa a curiosidade por mais um mês. É pena a minha opinião não valer para nada, pelo menos neste assunto. Mas de volta ao tema inicial, este vaivém de compromissos até sabe bem depois de uma semana em nenhures. É bom voltar a ver as pessoas, ainda que eu dispensasse pôr os olhos nalgumas quantas. Soube de umas coisas que nem sei se me surpreenderam, se não; é a tal coisa de já se esperar tudo mas no fundo não acreditar que alguém pudesse descer tão baixo dizendo ou fazendo algo. Pergunto-me se é este ano que se me abre a boca. Há quem diga que sou boa demais e então calo-me, contudo, acabou-se a paciência para sorrisinhos fingidos e horas ao lado de alguém que não quero ver nem pintado, conversando sobre coisa nenhuma. Por mim, chega. E está a fazer-se hora de ir. Esperemos que desta vez, e ela que me desculpe, seja diferente exactamente por faltar alguém (não que me faça falta alguma). Mas até ao último minuto qualquer um pode mudar de ideias.
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