quarta-feira, 14 de abril de 2010

Consciência estranha e outras coisas

Tive uma noite estranha. Acordei com uma consciência estranha. Uma voz que era a minha mas não pensava como eu. Era como se fizesse dos pensamentos um poema. Bem, era mesmo minha. E não se calava. De novo aquela história de gravadores de pensamentos...















Foi a noite. Ainda não caíra em sono profundo, ainda meio acordada, e já sonhava. Ridículo. Mas sonhava mesmo. Talvez delirasse. Acordada e a dormir ao mesmo tempo. Pois, impossível. Mas lembro-me de entreabrir e os olhos e nas sombras da cama ver a imagem do sonho desvanecer. Isso talvez explique a estranheza a mais na minha cabeça esta manhã.
Não me lembro de absolutamente nada, mas no desfazer do sono inconsciente, pela madruga, eu sei que andei a sonhar. Mais. Talvez a noite toda. Sentia-me ao acordar como se nem tivesse dormido. Mas os pensamentos disparavam, ilógicos, em versos sem rima, curtos e sem sentido. Como aquele poema que surgiu depois na aula de História. As aulas de História são sempre um problema. Lamento. Eu tento. Mas fico pela tentativa, porque muito pouco ouvi. Pudera. Ainda foram quatro páginas de divagações em verso. Se alguém quiser espreitar, está no meu blog dos poemas. Ando a escrever muitos nos últimos dias. Deve ser porque a minha mente está um tanto ou quanto ilógica e, bem, num poema, isso não se nota tanto. É mais facilmente disfarçável, se é que me entendem.
Talvez seja da doença, esta trindade nada santa de constipação, tosse e dor de garganta. Mas já fui à farmácia. É claro que a chuva, o vento e o debate de Direito (pobre voz) não ajudaram em nada. Isto é o que a escola faz a uma pessoa.
Há ainda a remota possibilidade de tudo isto, doença, claro, mas sonhos estranhos também, serem consequência do excesso de álcool do sangue. Será que matei alguma parte importante do meu cérebro? Não era assim, alucinada. Mas não estou preocupada.

Apercebi agora de uma coisa interessante. Dia 20 este blog faz um ano. O primeiro post, fora a apresentação, foi de 19 Abril, fora eu a Lagos, receber o mesmo 2º prémio do mesmo concurso que este domingo, 18 Abril, vou receber, agora em Loulé. Terei de escrever algo especial então. Não será problema. A literatura vai com as vontades, variáveis, mas ando com boa inspiração, necessidade, de vir aqui escrever.
Assim, até amanhã.

P.S. Notou-se que hoje estava de melhor humor. Acontece, lamento.

Sem comentários: