terça-feira, 27 de abril de 2010

26 de Abril, ontem portanto

O estado das tecnologias cá em casa continua igual, agora que estou a escrever isto. Dei-me conta que não é um problema assim tão grande, tirando os trabalhos que vou precisar de fazer e as séries que quero... ainda não inventaram um verbo para “fazer o download” sem ser o reles “sacar”? Anyway, aqui vou escrevendo, para ninguém, para alguém que, um dia haverá de ler.

Hoje, na expressão muito peculiar do jornalista, que me ficou no ouvido, a “Primavera perdeu a vergonha”. Sim, e eu com ela ;) Não sei há quantos anos não ia de saia para a escola, e acreditem, foram mesmo anos. Suponho que ainda não tenha referido essas pequenas alterações que ando a fazer no meu armário, agora que posso, pois ainda é a mãezinha que paga — a ver vamos quando for para a Universidade. Mas o que importa foi que esteve um dia bonito, um bocadinho de calor a mais, mas tanto que o pedimos que agora não nos devemos queixar.

Enfim, estou satisfeita, tranquila. Por nenhuma razão em particular. Não sei do meu livro de Psicologia. Uma amiga minha doente está melhor. Não tenho internet. Ontem escrevi um “fim” num dos contos. A vida é assim, equilíbrios.

Na aula de Psicologia, andamos a vasculhar em revistas imagens e palavras que se identificavam connosco. Houve uma pequena frase que me atraiu. Ao início não percebi ao certo qual o seu significado. Agora, julgo ter agarrado a mensagem.

“Todos andamos à procura do tempo perdido.”


Admito, também eu o procuro. Mas sei e repito para mim própria que há que viver o presente. Aceitar o passado. Aceitar a ignorância quanto ao futuro. Encarar com olhar decidido e mão construtoras o único segundo da nossa vida sobre o qual temos controlo. Esse segundo é o presente.

Uma minha personagem ainda em desenvolvimento diria “nada permanece no presente mais do que o segundo em que acontece”. Tudo o resto é passado e futuro. Tudo o resto está fora do nosso alcance. Tudo o resto é tempo perdido.

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