Há uma semana atrás eu cheguei a casa, deitei-me na cama do meu quarto às escuras e chorei, chorei, chorei. Porque me sentia dolorosamente sozinha, porque nada fazia sentido, porque haviam nuvens carregadas que impediam o Sol de brilhar novamente.
Há precisamente uma semana atrás.
E então, era já de noite, estava eu em frente ao computador, feita um caco, e ela falou-me dele.
Sim, não esperava que fosse nada de especial. Mais expectativas que dariam em nada. Mais pó de estrelas que afinal era poeira.
Não foi verdade.
Tudo aconteceu muito depressa. Demasiado depressa. Tanto, que me custa crer que é verdade. Fui assaltada por sentimentos que não sei de onde vieram, caídos do céu no momento em que comecei a falar com ele. Foi há cinco dias. Apenas cinco dias!
E aqui estou eu. Hoje faltei a Educação Física para estar com ele. Tirando o frio, foi perfeito. Não parece verdade. Nós nessas ruas, abraçados... Que cena de sonho!
A forma como eu deixei aquela rodoviária hoje. Não pode ter passado só uma semana. Impossível. Foi como descer dos pólos aos trópicos numa hora.
Sinto-me apanhada no meio de uma teia de emoções tão fortes e inesperadas, que veio tão depressa e tão de súbito me envolveu, que o meu cérebro não o pode acompanhar. Ele está lá longe, do lado de fora, olha para mim e diz:
As tuas emoções não mentem, querida, estás apaixonada.
Aí eu pergunto: Como é possível? Conheço-o há cinco dias.
Então ele faria algo como encolher os ombros e, muito pragmaticamente, observa: Eu só falo acerca do que vejo e tu tens todos os sintomas. Queres explicações vais pedi-las ao coração.
Mas ele não sabe explicar. Ele não sabe nada de nada. Foi pescado e agora anda a deriva como um sonhador, arrastando-me com ele. Como que enfeitiçado. Isso esclareceria como foi tão rápido.
Apanhou-me tão completamente de surpresa, como sei que apanhou outros que viram. Não faz sentido, não houve um entretanto, não houve preparação psicológica. Assim que me sinto perdida e encontrada ao mesmo tempo, entre a realidade e o sonho, sem saber para onde ir, mas certa de onde quero chegar.
Como numa semana tanto pode ter mudado é realmente algo que me transcende. Mas ainda bem que assim foi. Talvez não me tivesse importado que fosse mais devagar. Talvez seja exactamente assim que tudo deva acontecer.
À velocidade da luz.
Rumo a ti.
Há precisamente uma semana atrás.
E então, era já de noite, estava eu em frente ao computador, feita um caco, e ela falou-me dele.
Sim, não esperava que fosse nada de especial. Mais expectativas que dariam em nada. Mais pó de estrelas que afinal era poeira.
Não foi verdade.
Tudo aconteceu muito depressa. Demasiado depressa. Tanto, que me custa crer que é verdade. Fui assaltada por sentimentos que não sei de onde vieram, caídos do céu no momento em que comecei a falar com ele. Foi há cinco dias. Apenas cinco dias!
E aqui estou eu. Hoje faltei a Educação Física para estar com ele. Tirando o frio, foi perfeito. Não parece verdade. Nós nessas ruas, abraçados... Que cena de sonho!
A forma como eu deixei aquela rodoviária hoje. Não pode ter passado só uma semana. Impossível. Foi como descer dos pólos aos trópicos numa hora.
Sinto-me apanhada no meio de uma teia de emoções tão fortes e inesperadas, que veio tão depressa e tão de súbito me envolveu, que o meu cérebro não o pode acompanhar. Ele está lá longe, do lado de fora, olha para mim e diz:
As tuas emoções não mentem, querida, estás apaixonada.
Aí eu pergunto: Como é possível? Conheço-o há cinco dias.
Então ele faria algo como encolher os ombros e, muito pragmaticamente, observa: Eu só falo acerca do que vejo e tu tens todos os sintomas. Queres explicações vais pedi-las ao coração.
Mas ele não sabe explicar. Ele não sabe nada de nada. Foi pescado e agora anda a deriva como um sonhador, arrastando-me com ele. Como que enfeitiçado. Isso esclareceria como foi tão rápido.
Apanhou-me tão completamente de surpresa, como sei que apanhou outros que viram. Não faz sentido, não houve um entretanto, não houve preparação psicológica. Assim que me sinto perdida e encontrada ao mesmo tempo, entre a realidade e o sonho, sem saber para onde ir, mas certa de onde quero chegar.
Como numa semana tanto pode ter mudado é realmente algo que me transcende. Mas ainda bem que assim foi. Talvez não me tivesse importado que fosse mais devagar. Talvez seja exactamente assim que tudo deva acontecer.
À velocidade da luz.
Rumo a ti.