sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Vinte minutos para chegar

Há alguma coisa no ar. Um sentimento de nostalgia, e o fado da Marta é a voz.
Regressar é assim, uma despedida. Mesmo que a despedida de um desconhecido mal conhecido. É a incerteza do voltar, e incerteza nunca é um manto quente de penas.
Não sei, não sei o que há de tão horrível nesta minha terra para sempre me sentir melhor longe dela. O peso da reflexão caiu já sobre os meus ombros, e assusta ver que assusta pensar. Como um livro muito grosso que nos assusta ler, mesmo que queiramos ou precisemos.
Quero adiá-lo. Não me sinto preparada. Estou cansada. Realmente cansada. E quando é assim não consigo pensar. Não dá sequer para me juntar à conversa.
É aquela melancolia...
Preciso mesmo de uma cama.

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