segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Colapso

Vulnerável
Inconstante
Variável
Quebrável
(Eu?)

Eu não sei porque caem as lágrimas
Dói não saber
Dói chorar, sabendo que foi ela
Sabendo que as cartas não se desmoronariam
Se ela não tivesse soprado com força
Com muita força

Incompreensível
Imperial
Intempestiva
Intransigente
(Ela?)

E agora não para, quando é tão fácil começar
Mas tão difícil terminar
E as palavras confundem-se no teclado
Na escuridão
De alguma forma, encontrando o caminho
Não sou clara
Há que “ler na entrelinhas”
Hoje é tão claro como as lágrimas
Puro como aqueles risos, esta tarde

Sem sentido
Eu não faço sentido
Não sou sentido
Não tenho sentido

Sem desculpas agora
Algo não deveria já estar bem
Mas eu via tudo bem, estava feliz
Bem, não tanto
(Estúpido título! Estúpido trabalho!
Estúpido perfeccionismo!)
Mas não ia chorar
Até ela ter entrado

Talvez não seja assim
Forte
Inabalável
Confiante
Talvez não seja assim
Quebre
Parta
Muito, muito frequentemente
Talvez não seja
O que mostro

E continuou sem pegar no telemóvel e ligar-lhe
Sabendo que podia, sabendo que deveria
Sabendo que me faria bem
Não é falta de amparo
Mas falta de coragem para ser amparada
Sempre foi assim

Calada
Muda
Quieta
Silenciosa

Não está certo
Sabê-lo não muda
E amanhã está tudo bem
E ninguém sabe
Não preciso que saibam
Já passou
Em breve já passou
Outra vez…

(Eu não deveria ter escrito isto)

1 comentário:

Rafaela Neves disse...

mas podes ter a certeza que nao. kero saber de tudo o que se passou e nao vais fugir ás respostas.