domingo, 28 de fevereiro de 2010
O Suposto
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Insanidade
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Muitas vírgulas e nenhum ponto final
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Nadas da vida
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Nas Nuvens
Como alguém escreveu nos inquéritos, tranquilo. Tranquila.
E orgulhosa. Não quero escrever, quero sorrir. Não, na verdade quero escrever mas acabo a sorrir.
Foram as palestras da dança que o meu grupo de AP fez. Foram os elogios. Foi a aceitação. Foi o alívio de ter tudo acabado e corrido bem.
Foram os papéis para os direitos de autor preenchidos. Foi o título finalmente decidido. É a perspectiva de em breve poder colocar o livro à venda on-line.
É tudo.
Tudo menos ela que continua chateada. E o olho inflamado. E a dor de braços.
E ainda assim sinto-me bem. Serena como há muito não. Deixámos a apatia para um estado emocionalmente superior, não obstante calmo. As coisas são como são e pronto. Mas agora sinto-o como algo bom. Como se fosse assim que devesse ser. Agora sinto como se devesse passar, sim, mas olhando com interesse.
Sabe bem poder respirar fundo hoje, sentir-me realizada hoje. Pensar que valeu a pena. Que não obstante os problemas, há terceira conseguimos fazê-lo perfeito. Aqui falando das palestras, mas não se poderá aplicar tal regra à vida? Sempre ouvi dizer que à terceira é de vez. Não me parece que somente pela boa sonoridade ou beleza estética do três.
Enfim, o corpo ressente-se mas a minha mente está passeando nas nuvens, tão alto que é difícil concentrar-me em assuntos terrenos.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Falar por falar
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Ainda não
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Vinte minutos para chegar
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
***
(Censurado)
P.S.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Drama Queen
CORTA!
Tenham lá paciência, mas isto está a ficar pouco lógico, nada contextualizado e eu já não sei do que estou a falar. Sabe-se lá porquê?
Vamos mas é publicar isto, desligar o computador, vestir e sair – num noite espectacular de Carnaval em que chove a potes e está frio. Oh, e ele continua sem mensagens, nem sei como – ou quando – me vai aparecer à frente. Mas importa realmente? Há-de me encontrar, mais tarde ou mais cedo, estarei perfeitamente reconhecível. E tenho a noite toda.
‘Bora lá, Drama Queen!
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Valentine's
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Ouvir-me
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Seria excelente se não tivesse a chover
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Imperfeição
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Replay
Sem lágrimas desta vez.
E passou mais rápido desta vez. É de esperar que nos controlemos mais depressa com a prática em situações de nervos-em-franja.
Mas eu posso fazer as coisas sozinha!
(Apesar de odiar saber que ela ficou chateada.)
Enfim...
Idem, Idem
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Colapso
Inconstante
Variável
Quebrável
(Eu?)
Eu não sei porque caem as lágrimas
Dói não saber
Dói chorar, sabendo que foi ela
Sabendo que as cartas não se desmoronariam
Se ela não tivesse soprado com força
Com muita força
Incompreensível
Imperial
Intempestiva
Intransigente
(Ela?)
E agora não para, quando é tão fácil começar
Mas tão difícil terminar
E as palavras confundem-se no teclado
Na escuridão
De alguma forma, encontrando o caminho
Não sou clara
Há que “ler na entrelinhas”
Hoje é tão claro como as lágrimas
Puro como aqueles risos, esta tarde
Sem sentido
Eu não faço sentido
Não sou sentido
Não tenho sentido
Sem desculpas agora
Algo não deveria já estar bem
Mas eu via tudo bem, estava feliz
Bem, não tanto
(Estúpido título! Estúpido trabalho!
Estúpido perfeccionismo!)
Mas não ia chorar
Até ela ter entrado
Talvez não seja assim
Forte
Inabalável
Confiante
Talvez não seja assim
Quebre
Parta
Muito, muito frequentemente
Talvez não seja
O que mostro
E continuou sem pegar no telemóvel e ligar-lhe
Sabendo que podia, sabendo que deveria
Sabendo que me faria bem
Não é falta de amparo
Mas falta de coragem para ser amparada
Sempre foi assim
Calada
Muda
Quieta
Silenciosa
Não está certo
Sabê-lo não muda
E amanhã está tudo bem
E ninguém sabe
Não preciso que saibam
Já passou
Em breve já passou
Outra vez…
(Eu não deveria ter escrito isto)
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Agora
I Loved that moment last night
But I'm still afraid that one day...
All I wanna do is walk away
‘Cause I don’t wanna lie to you
Something in your eyes says “please don’t go”
But I just wanna walk away
‘Cause if I stay I’m gonna end up hurting you
And I don’t wanna break your heart, baby
It doesn’t matter what I’ll say
It doesn’t matter what I’ll do
Can’t make it right, even though I want to
I’m not gonna say that we’re okay
I don’t wanna lie
I should’ve told you long ago
What was going on
I should’ve told you that my feelings were
Not that strong
I don’t wanna break your heart
(Aloha From Hell - Walk Away)
sábado, 6 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Era uma vez, outra vez
Aqui estou eu – novamente – decidida a escrever – novamente – algo, não sabia o quê, até me ter deparado com um invulgar pedido.
Não parecia fazer muito sentido, mas então comecei a pensar.
A lembrar...
Sim, nostalgia. E eu nem gostava muito da terrinha. São Salvador. Mas lá que era inspiradora, era. O grande problema sempre foi a falta de um computador, que quebrasse a solidão dos montes verdes e caminhos de terra abandonados. E, não obstante, era eu criança e ingénua, aspirei à grande loucura de começar a escrever à mão, num caderninho de capa preta que usara para a escola mas que só gastara as primeiras páginas, e no qual colara a imagem de uma fada, a qual, recordo, tentei, heróica e falhadamente, pintar num quadro para Educação Visual no ano lectivo seguinte. Assim, aquela terra virou um marco importante.
No Verão que passou devia ter pegado numa máquina fotográfica a sério e ido passear pelos carreiros de ovelhas. Nunca por lá andei. É pena que só me tenha lembrado disto agora. Eu digo e repito que não gosto daquilo, mas quando tiver um cansativo trabalhado e uma vida movimentada na cidade, eu vou passar férias a um sítio como aquele. Longe da civilização. Perto da natureza. No interior de Portugal. Únicos requisitos: computador – muito, muitíssimo importante, não fosse eu uma aspirante a escritora –, iPod – o silêncio, a paz do campo são muito agradáveis, mas a música é a minha alma – e, por certo, a maquina fotográfica.
Ia ser uma pessoa muito feliz assim.
Então, pergunto, porque é que detestava – e suponho que detesto, embora não haja mais férias de Verão em S. Salvador (logo agora que já podia levar um portátil! A vida é injusta) – lá ir? É uma muito boa pergunta. Talvez vá ser ingrata e dizer que era tanto melhor quanto mais sozinha, e o que lá não falta são pessoas conhecidas (e vem dar um beijo à tia, e cumprimenta o tio, e lembras-te da prima? Hã, pois, não, nada mesmo...) A minha mãe diz que sou um bicho do mato, talvez tenha razão. Mas eu quero aquele lugar para escrever, para pensar, para apreciar, e isso faz-me extraordinariamente melhor sozinha. Quando e como quiser. (Eu sou um pouco anti-regras, é verdade, e anti-horários já agora.) Por isso este último ano – privilégios da idade – soube extraordinariamente bem poder ir para onde quisesse. Não que houvesse algum perigo de uma criança andar por aquela aldeia sozinha, mas mães são mães.
Bem, isto está a soar como se fosse maravilhoso, mas leiam o que eu escrevi a princípios de Setembro e verão como não estava nada agradada por lá ir. Não creio que estou a suavizar, realmente parece mais tentador agora. Suponho que seja por estar cansada da rotina, autocarros, escola, trabalhos (sim, vida atarefada). Lá tudo era calmo e sem pressas. Podia lá ir de bom grado uma semana (mas jamais sem o primeiro dos requisitos, porque aquilo ao fim de um dia torna-se um aborrecimento do pior; os livros são – e foram sempre – uma excelente salvação, mas no topo está mesmo a escrita.)
Enfim, da boca para fora eu disse muito mal daquele lugar, mas, dos poucos Verões em que lá fui (felizmente para mim, a minha prima é que vai lá sempre e adora aquilo, eu cá continuo a passar; antes a minha casa e o meu Algarve – e a minha mãe concorda inteiramente comigo, não fosse a avó do norte a paterna) coleccionei um bonito álbum de memórias. Curtas e fotográficas, fazem-me sorrir.
É a minha irmã ainda pequenina a olhar o galinheiro que antes havia em frente da casa, e a pedir para ir ver os burros (algo que pedia todos os anos), e nós a subir e descer as escadinhas de madeira para passar o muro de pedra que conduzia à eira.
E aquele Verão em que fui picada por uma vespa, aquele em que elas se revoltaram contra nós, porque houve mais duas “vítimas” nesse dia. Lembro-me que estávamos a jogas às escondidas...
Houve também uma tarde de temporal, chovia muito e estávamos na cozinha da avó a descascar feijões. A trovoada sobressaltou-nos. Não sei se ainda tinha medo nessa altura. A minha prima sim, muito. Acho que a minha irmã estava em casa a dormir, teria sido na primeira vez que lá foi.
Uma vez também caí da bicicleta que uma rapariga me empresou. Não me lembro dela, mas se tivesse de apostar num nome diria Rita, mas não tenho bem a certeza (se estiver errado aposto que a minha prima fará questão de vir dizer-me). Acho que não a voltei a ver. Mas esse Verão teve bons momentos em boa companhia. O alpendre já estava construído e depois do almoço juntávamo-nos, uns cinco, seis, sete pessoas (eu nunca ia poucas vezes à aldeia, mas a minha prima conhece bem a malta) a jogar Uno. Fazíamos um pouco de batota; somávamos os ‘+2’ aos ‘+4’ e atingíamos valores de vinte e tal cartas para o coitado que tinha de as ir buscar ao baralho.
O meu pai andava sempre com um mata-moscas, porque é a diversão número um para quem não tem nada que fazer, e acreditem que alvos não faltam. Havia uma corda pendurada no alpendre e ele punha-se a contar as moscas que lá pousavam ao mesmo tempo. Chegavam a ser mais de dez. Também me lembro de que o Romão, o cão da minha tia, um dia soltou-se e matou uma galinha de um vizinho. Ele tinha uma ‘namorada’ da mesma raça, com um olho de cada cor, que aparecera lá não ser bem como. Chamava-se Andorinha. Eu fiquei muito revoltada quando mais tarde soube que a minha avó tinha morto os filhotes que ela havia parido.
Este Verão a minha tia, à qual fui ao casamento, já tinha mais outro cão. Não me lembro do nome. Mas também era grande e a minha irmã adorava-o. Acho que tenho uma fotografia dele no telemóvel. E acho que o nome começa por G.
Mas as melhores memórias são as do parque da escola primária, precisamente onde me refugiei, certo final de tarde, para escrever. Já deixei aqui as fotos em Setembro. Mas aquele parque foi mais do que o palco do princípio. Era para lá que ia sempre, com a minha irmã, com a minha prima, com as duas, quando queríamos dar uma volta, brincar um pouco. Somadas, devo ter passado umas belas horas naqueles baloiços, e poucas sentada na posição correcta. Somente que eram mais confortáveis quando virados ao contrário, e eu sei do que falo, porque testamos todas as opções possíveis, até de cabeça para baixo. Quando éramos mais novas, lembro-me da minha prima balouçando muito e depois atirando o chinelo. Acho que tentávamos ver qual de nós atirava mais longe. A minha irmã ia buscar, ou então ela, que não tinha problemas em andar descalça. Uma vez o dela ficou preso na árvore. De alguma forma, conseguimos tirá-lo. Apenas no ano passado entrei pela primeira vez dentro da escola.
E por hoje é isto. Não pretendia alongar-me tanto, não pensara sequer que iria escrever sobre isto, mas soube estranhamente bem. Assim, acabo agradecendo a sugestão. Às vezes faz bem simplesmente parar e lembrar.
Deixamos tanta coisa para trás.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Indiferença
Muito pensativa também. Ia no autocarro e, do nada, apercebi-me que já se passaram dois meses. Continuo a achar que há um erro algures nas contas, mas não.
Esta tarde também me apercebi de que a indiferença é a pior reacção que podem esperar de mim. Significa nem sequer gosto o suficiente para me chatear.
E sinto que muitas coisas me passam indiferentes, coisas que não deviam.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Não Sei
Não Sei onde estou
Não Sei por onde vou
Nem sei para onde vou
Não Sei se faço bem
Não Sei se Te faço bem
Não Sei se sei fazer bem
Um dia, peço
'Cause you'll look back