domingo, 5 de setembro de 2010

Amaranth

Um arrepio gelado percorre-me o corpo e permanece. Sinto-me no limiar entre a saúde e a doença, onde nada dói, mas onde nada está bem. Há esta tristeza que me congela o corpo, e esta incompreensão me que tolda a mente. Uma ignorância tão poderosa que questiona tudo em absoluto. Tremo. Estas histórias como enleios distantes e promessas que assustam. Fantasmas que me rodeiam num assombro ingrato e contraditório. E essas queixas gémeas afogadas na saudade questionam o meu coração sobre ser nada e ser uma parte. O todo está fora da equação. Mas seque sendo ignóbil desejo que me consome a alma em silêncio, um frio que percorre toda a minha pele, cada vez mais forte a cada esperança deitada fora como papel usado. E as perspectivas multiplicam-se, mas há um doloroso hábito delas se virem a tornar ilusões que me quebram e atordoam, jogando-me de novo para um único paralelo onde outro toque que não o das minhas mão é pura imaginação. Um arrepio gelado percorre-me o corpo e permanece. É real.