Tenho tido sonhos estranhos nas últimas duas noites. Sonhos maus, mas não creio que os apelide de pesadelos – esta definição somente encaixa para mim quando alguém acorda sobressaltado e à beira das lágrimas. Eu acordei com uma sensação estranha de ambas as vezes. Sabia que aquilo não era bom, um mau pressentimento, um aviso… Talvez somente um reflexo distorcido de tudo o que me tem vindo a acontecer: morte e despedidas, laços que se corrompem para sempre.
Não estou muito certa de querer contar isto, mas guardá-lo não servirá de nada. Culpo totalmente o meu subconsciente. Foi ele que matou uma criança inocente. Uma criança de cinco anos que é minha prima e de quem eu gosto. Não sei como, não sei porquê. Estava no primeiro dias de aulas quando soubemos a notícia. Eu estava muito abalada, mas mesmo querendo mostrar a todos a minha dor, eu não conseguia chorar. Não fui directamente para escola, estava com a minha mãe e passaria por lá mais tarde, mas às tantas esqueci-me e quando lá cheguei finalmente ainda tive de ouvir um sermão. Não sei ao certo o que aconteceu depois ou mesmo se houve depois, mas havia aquela consciência real do antes, da perda do meu avô, e de como esse fado voltara a assombrar a nossa família passado tão pouco tempo. Eu sentia-me mesmo mal. E queria mesmo que os outros vissem isso. Mas não conseguia chorar. Da mesma forma que os meus olhos estavam completamente secos quando acordei.
Hoje a história foi diferente. Mais real porventura. Muito real mesmo. Algo que aconteceu e que vai voltar a acontecer – a não ser que eu afaste os pedaços do laço desfeito. Estava algures no meio de um arvoredo, acampando quem sabe, como essas amigas que já não sinto dignas do nome. Perguntavam-se como iriam para casa, talvez até combinassem quem ia buscar quem, mas eu não estava realmente interessada em juntar-me a elas, mesmo não fazendo a mínima ideia de como voltaria para casa. Disse que ligava à minha mãe e ela iria buscar-me, todavia, não foi preciso, porque eu dei por mim em casa, que a afinal era a dois passos do local onde estávamos. Mas eu não regressara somente quando elas haviam partido. Elas ainda estavam lá. Só que eu sentira-me mal, eu sentira-me a mais e estava farta dessa sensação de exclusão, por isso dissera para mim mesma basta e vim para casa. Sem explicação voltara-lhes costas e fora. Depois elas apareceram em minha casa para devolver as tendas – ao que parece eu organizara o “acampamento” e fornecera o material. E desistira da ideia quando vira que continuava invisível. Foi um romper completo, uma ousadia da minha parte partir, uma mensagem bem clara que elas haviam captado. Uma verdade, um desejo camuflado de sonho.
E assim têm sido as minhas noites. Talvez por culpa do cansaço excessivo, o que não deixa de ser contraditório visto que isso impele o subconsciente a atormentar-me com sonhos perturbadores. Apesar de tudo, para mim sonhos. Mas serão mesmo?
Não estou muito certa de querer contar isto, mas guardá-lo não servirá de nada. Culpo totalmente o meu subconsciente. Foi ele que matou uma criança inocente. Uma criança de cinco anos que é minha prima e de quem eu gosto. Não sei como, não sei porquê. Estava no primeiro dias de aulas quando soubemos a notícia. Eu estava muito abalada, mas mesmo querendo mostrar a todos a minha dor, eu não conseguia chorar. Não fui directamente para escola, estava com a minha mãe e passaria por lá mais tarde, mas às tantas esqueci-me e quando lá cheguei finalmente ainda tive de ouvir um sermão. Não sei ao certo o que aconteceu depois ou mesmo se houve depois, mas havia aquela consciência real do antes, da perda do meu avô, e de como esse fado voltara a assombrar a nossa família passado tão pouco tempo. Eu sentia-me mesmo mal. E queria mesmo que os outros vissem isso. Mas não conseguia chorar. Da mesma forma que os meus olhos estavam completamente secos quando acordei.
Hoje a história foi diferente. Mais real porventura. Muito real mesmo. Algo que aconteceu e que vai voltar a acontecer – a não ser que eu afaste os pedaços do laço desfeito. Estava algures no meio de um arvoredo, acampando quem sabe, como essas amigas que já não sinto dignas do nome. Perguntavam-se como iriam para casa, talvez até combinassem quem ia buscar quem, mas eu não estava realmente interessada em juntar-me a elas, mesmo não fazendo a mínima ideia de como voltaria para casa. Disse que ligava à minha mãe e ela iria buscar-me, todavia, não foi preciso, porque eu dei por mim em casa, que a afinal era a dois passos do local onde estávamos. Mas eu não regressara somente quando elas haviam partido. Elas ainda estavam lá. Só que eu sentira-me mal, eu sentira-me a mais e estava farta dessa sensação de exclusão, por isso dissera para mim mesma basta e vim para casa. Sem explicação voltara-lhes costas e fora. Depois elas apareceram em minha casa para devolver as tendas – ao que parece eu organizara o “acampamento” e fornecera o material. E desistira da ideia quando vira que continuava invisível. Foi um romper completo, uma ousadia da minha parte partir, uma mensagem bem clara que elas haviam captado. Uma verdade, um desejo camuflado de sonho.
E assim têm sido as minhas noites. Talvez por culpa do cansaço excessivo, o que não deixa de ser contraditório visto que isso impele o subconsciente a atormentar-me com sonhos perturbadores. Apesar de tudo, para mim sonhos. Mas serão mesmo?
pesadelo (ê)
s. m.
1. Opressão angustiosa da respiração durante o sono.
2. Sono mau, opressivo.
3. Fig. Pessoa ou coisa importuna; importunação.
Fica ao vosso critério decidir. Para mim, o verdadeiro pesadelo vivemo-lo acordados.
1 comentário:
existem varios tipos de pesadelos, nao so os k se vivem a dormir mas os k se vivem acordados e para minha infelicidade os k vivemos acordados doem muito mais! os pesadelos temos ligeira impressao k e um sonho, mas o k vivemos acordados desejamos estar a dormir para k kuando acordemos nada dakilo tenha acontecido. pois eu tenho mas noticias o pesadelo real NUNCA sera um sonho!
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