quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Falar

É engraçado como as pessoas têm necessidade de se expressar verbalmente por palavras. Não se trata da questão “como o dizer sem ser falando?” Obviamente não vamos escrever tudo o que queremos dizer. Não faz sentido. Para além de que por algum motivo nascemos com este belo dom chamado voz, que não é nada mais que a capacidade de nos expressarmos verbalmente. Há naturalidade nisso, é fácil, simples. Pensar o que queremos dizer, abrir a boca e cá está o milagre. Directo, instantâneo. É a forma que nós, humanos, escolhemos para comunicar. Talvez nem tivéssemos tido essa escolha; talvez alguém tenha decidido por nós. Não importa. É belo: os contornos das palavras viajando invisíveis pelo ar; os graves e agudos; a expressão tão antagónica que podemos dar a palavras iguais, tornando o seu significado tão diferente que este deixa de residir na própria palavra e passa a viver na voz.
Como tudo em nós, é simplesmente perfeito. Mas essencial? Falar é essencial? É importante, mas tão importante ao ponto de não podermos viver sem isso; ao ponto de não mais podermos aguentar o silêncio? Talvez não o tenha sido antes, mas está a sê-lo cada vez mais. No mundo em que vivemos, onde tudo o mais substitui a fala, há uma crescente necessidade de combater o silêncio. Duas pessoas e nenhumas palavras é constrangedor. Talvez o sexto sentido humano nada tenha de sobrenatural, de paranormal. Para mim, o sexto sentido humano é somente a fala.
Estranhamente, eu não me vejo muito dependente dele.

1 comentário:

Rafaela Neves disse...

tu eskeceste.te de uma coisa: a voz de cada pessoa e diferente e e isso k destingue as pessoas para akelas k nao podem ver e eu sinto.me dependente da fala, nao por gostar de falar muito mas porque(tu sabes eu nao vou escrever aki o porke pode haver mirones(e tu sabes de kem eu falo)) mas a fala e linda as vozes das pessoas umas tao melodicas outras tao rudes e simplesmente fantastico! mas nao existe somente um sexto sentido humano existem muitos mais dos kuais falas nos teus livros e muitos mais existem!