sábado, 14 de agosto de 2010

Sábado

Intrigam-me estes sábados que não parecem sábados, noites de horas mortas presas num livro, sem conversas paralelas com quem quer que seja. Convidam-me para descer e desfrutar da noite que caiu, mas há algo de muito atraente no leito de almofadas e na música constante que de tão nova e ouvida brevemente se tornará gasta.
O espelho olha-me e eu olho-o. Fitámo-nos assim toda a tarde, e quase via os meus balões de pensamento reflectidos nele, enquanto as engrenagens da minha imaginação giravam, umas vezes com desenvoltura, outras com esforço, até me encontrar frente a frente com a necessidade de um desses momentos vazios para pensar no depois.
Suponho que vá matar mais uma hora ou duas num livro, que as palavras escritas hoje já saem com mais esforço. Foi um sábado que não foi sábado, mas, afinal, não sei ao certo o que faz um sábado.

1 comentário:

Dark Soul disse...

se te serve de consolo, o teu sábado foi bem melhor que o meu...