quarta-feira, 25 de agosto de 2010

All Around Us

No escuro tu vês — o que a luz do dia cega
Um infinito de nada com aspiração a entrar na categoria de tudo
Lá de baixo tu vês — o que parece insignificante de cima
Mas a realidade é ela mesmo insignificante
O bom e brilhante raramente passa de uma ilusão montada para nosso engano
Cá de baixo nós vemos — e não importa que não gostemos do que vemos
O desespero é combustível que acende a revolta trancada em corpos
E as colunas de fumo ascendem no ar porque, depois de tudo, só destruímos
O meio mais rápido de acabar com a dor é matá-la na origem — nós próprios
E se as nossas vozes alcançassem a intensidade dos gritos das nossas almas...
Como música batendo fortemente nos tímpanos — expressão
Mais que lágrimas que secam na pele — perpetuação do sentimento
E as cores derramam-se pelas paredes no quebrar da visão — e do mundo
No escuro tu vês — o que a luz do dia cega
Porque sentes — mais do que vês — que não estás só na solidão
Solitário vagabundos, todos nós, somente a procurar uma melhor voz para gritar
No fundo todos iguais — não importa a perda, a ferida, a tragédia, a assombração
Todo membros do clube dos condenados
E no escuro, não nos conhecemos — não nos vemos
Mas sentimos — All Around Us

1 comentário:

Miriah disse...

A Cantora do vídeo aparenta ter acabado de sair do manicómio :/