Olho ao relógio e são 19 e 35. Já estudei História. Já me entretive o que pude com a internet quando não há ninguém on. Actualizei o que havia para actualizar. Agora, olho somente para o fundo do ecrã, que muda a cada cinco minutos. Penso "tenho que acabar este livro para ver se leio o Memorial". Penso "tenho de acabar o Memorial até dia 16, porque há este livro que sai então e quero muito ler". Penso "o que levo para Ibiza?". Penso "o que faria eu sem livros?"
Nada, eu não faria nada.
Sou apaixonada. Quero muito comprar um tal livro porque a capa é linda e a história também, porque eu já a li, e nem ia lê-lo de novo, não agora, era só para ter, olhar, tocar. Mas não posso gastar assim dinheiro... Contudo, aquele fascínio pelos livros de papel, por tê-los nas mãos, por virar as páginas, olhar a capa, ver para que lado estão as letras na lombada, se igual às outras, se ao contrário... Talvez por isso, talvez por isso eu vá para a profissão certa.
Mas ando preguiçosa novamente. Isto de cumprir prazos... Mas faço-o! Faço-o sempre...
Oxalá venha inspiração à noite. Esta coisa da História não ajuda.
E falo hoje de livros porque não me apetece falar de mais nada. Não dele.
Talvez não devesse pôr pedaços de papel à frente de pessoas. E depois? Por vezes que realmente precisei, eram os papéis que estavam lá e não essas pessoas.
E ele nunca vai compreender realmente o que eu escrevo...
1 comentário:
Nunca fez mal a ninguem mete o papel à frente das pessoas. O papel compreende-nos melhor que as pessoas, não questiona, nao julga, não discute. E, ainda que não falando, dá-nos sempre as respostas. mais ou menos claras, mas as correctas.
Era bom é que eles entendessem mas ... como disseste ... eles nunca entendem...
Enviar um comentário