O silêncio não dói. O silêncio não magoa, mas o silêncio também não nos acaricia os sentidos. O silêncio não é nada: vazio que não se sente. O silêncio é ausência de sentimentos, nem bem, nem mal: nem amor, nem ódio. O silêncio não nos diz nada, então o silêncio não nos mata, nem nos ajuda a viver. O silêncio é o contrário das palavras. Elas, sim, são as rosas e são os punhais. Elas não o negro, o sangue, mas o amarelo e a esperança. Elas são tudo o que podemos ser, o que podemos dizer; elas são tudo o que sentimos, e mandam em tudo o que sentimos. Ordenam sorrisos tímidos, risos histéricos, expressões sérias, lágrimas dolorosas. Ditam o princípio e o fim: a vida e a morte. São as armas mais perigosas, porque comandam as mais perigosas armas. Podem ser cruéis, frias, mortíferas. Mas também há palavras que nos beijam...
Tu conheces essas palavras, todos conhecem essas palavras. São pequeninas, simples, bonitas; são cor-de-rosa e brancas, são brilhantes e suaves e escorregam pelos lábios fazendo cócegas. São tão fáceis de dizer - não custam nada! - mas todos, todos têm medo de as dizer. Engolem-nas, aprisionam-nas, esquecem-se que elas existem: esquecem-se que há alguém que precisa delas, ouvidos ansiosos por um elogio, lábios aguardando o momento certo para presentear alguém com um sorriso de agradecimento, acompanhando por um rubor adorável nas faces mais tímidas. Valem tanto para quem as escuta... ou talvez seja só para mim. Há quem as ignora, não lhes dá importância, de tão comuns que são, mas, claro, depois há quem as anseia: alguém para quem têm verdadeiramente significado; alguém que precisa delas e não as tem nunca. Palavras que nos beijam...
Tu conheces essas palavras, todos conhecem essas palavras. São pequeninas, simples, bonitas; são cor-de-rosa e brancas, são brilhantes e suaves e escorregam pelos lábios fazendo cócegas. São tão fáceis de dizer - não custam nada! - mas todos, todos têm medo de as dizer. Engolem-nas, aprisionam-nas, esquecem-se que elas existem: esquecem-se que há alguém que precisa delas, ouvidos ansiosos por um elogio, lábios aguardando o momento certo para presentear alguém com um sorriso de agradecimento, acompanhando por um rubor adorável nas faces mais tímidas. Valem tanto para quem as escuta... ou talvez seja só para mim. Há quem as ignora, não lhes dá importância, de tão comuns que são, mas, claro, depois há quem as anseia: alguém para quem têm verdadeiramente significado; alguém que precisa delas e não as tem nunca. Palavras que nos beijam...
1 comentário:
"O primeiro beijo, seja isso bem claro, não o dão os lábios mas os olhos."
( Bernardi, Don Juan )
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