Quando as pessoas nos desiludem, há muito pouco que possamos fazer por elas. Mas quando já esperamos essa desilusão e, ainda assim, ela consegue ultrapassar os limites, ser mais forte e mais cruel do que esperávamos, então pouco há a fazer por nós próprios.
É humilhação engolir as palavras, vergonhoso forçar sorrisos. Um insulto a memória de amizade, essa ilusão, que talvez um dia, há muito tempo, tenha sido verdadeira. Mas não mais. Nunca mais. O mundo pode continuar a girar comigo exactamente no mesmo lugar, mas nada é como era, como devia ser, e por mais um ano sei que me verei ajoelhada, submetida, acorrentada, até poder libertar-me, deixar tudo para trás. Elas talvez julguem que não sou capaz, mas são elas próprias que me tornam capaz. Eu não quero mais isto, eu quero deixar tudo isto para trás, quero criar uma vida nova, longe de todos esses que nada significam. Eu sei que não me custará nada deixá-las. Posso ser má a integrar-me, mas sou óptima com as partidas. E há tantas pessoas de quem me despediria agora mesmo. Aquela letra de há dois dias é perfeita para elas. Eu não quero mais pensar no que poderíamos ter sido, no que elas são, entre elas. Envenenaram-se juntas! Eu estou fora disso, estupidamente fingindo que ainda faço parte. Em raros momentos, talvez seja verdade. Nesses eu olho para trás e penso: como poderá a mesma pessoa agir de forma tão antagónica? Não acho que gostem de mim. Pela minha sanidade acredito que gostaram, mas nunca de forma plena. Agora isso mudou. Elas mudaram. A amizade mudou. E desceu mais fundo que nunca quando eu soube o que andavam a dizer acerca de mim nas minhas gostas. Brincadeiras à parte, foi de muito mau tom. Elas não me conhecem realmente. Na minha loucura, sou mais sã que elas e tenho fé que irei mais longe que elas. Sou uma pessoa de extremos. Tudo ou nada: será assim o meu futuro. Quero as coisas preto no branco. Sei de quem gosto, sei quem odeio e sei quem me é indiferente. E sufoca-me sentir que continuo a viver no cinzento. No entanto, essa consciência tão clara de quem sou eu, do que posso, do que consigo e do que não está ao meu alcance dita-me o que permanecerá imutável na minha vida, mesmo quando desejo essa mudança. Conheço-me bem o suficiente para perceber que para me libertar terei de ser radical. Preciso de sair daqui, deixar isto tudo para trás. Assusta-me, mas quero-o cada vez mais. Por isso sei que, daqui a um ano, não hesitarei um segundo. Liberdade! Adeus, amizades reles! Sejam felizes porque longe de vocês eu serei certamente. Pelo menos, mais do que convosco.
Uma amiga minha, uma verdadeira, revelou-me esta frase: “Na vida há 3 tipos de pessoas, os móveis, os imóveis e os que se movem.” – Benjamin Franklin. Eu estive muito tempo imóvel. Tenho um ano para preparar a grande mudança!
É humilhação engolir as palavras, vergonhoso forçar sorrisos. Um insulto a memória de amizade, essa ilusão, que talvez um dia, há muito tempo, tenha sido verdadeira. Mas não mais. Nunca mais. O mundo pode continuar a girar comigo exactamente no mesmo lugar, mas nada é como era, como devia ser, e por mais um ano sei que me verei ajoelhada, submetida, acorrentada, até poder libertar-me, deixar tudo para trás. Elas talvez julguem que não sou capaz, mas são elas próprias que me tornam capaz. Eu não quero mais isto, eu quero deixar tudo isto para trás, quero criar uma vida nova, longe de todos esses que nada significam. Eu sei que não me custará nada deixá-las. Posso ser má a integrar-me, mas sou óptima com as partidas. E há tantas pessoas de quem me despediria agora mesmo. Aquela letra de há dois dias é perfeita para elas. Eu não quero mais pensar no que poderíamos ter sido, no que elas são, entre elas. Envenenaram-se juntas! Eu estou fora disso, estupidamente fingindo que ainda faço parte. Em raros momentos, talvez seja verdade. Nesses eu olho para trás e penso: como poderá a mesma pessoa agir de forma tão antagónica? Não acho que gostem de mim. Pela minha sanidade acredito que gostaram, mas nunca de forma plena. Agora isso mudou. Elas mudaram. A amizade mudou. E desceu mais fundo que nunca quando eu soube o que andavam a dizer acerca de mim nas minhas gostas. Brincadeiras à parte, foi de muito mau tom. Elas não me conhecem realmente. Na minha loucura, sou mais sã que elas e tenho fé que irei mais longe que elas. Sou uma pessoa de extremos. Tudo ou nada: será assim o meu futuro. Quero as coisas preto no branco. Sei de quem gosto, sei quem odeio e sei quem me é indiferente. E sufoca-me sentir que continuo a viver no cinzento. No entanto, essa consciência tão clara de quem sou eu, do que posso, do que consigo e do que não está ao meu alcance dita-me o que permanecerá imutável na minha vida, mesmo quando desejo essa mudança. Conheço-me bem o suficiente para perceber que para me libertar terei de ser radical. Preciso de sair daqui, deixar isto tudo para trás. Assusta-me, mas quero-o cada vez mais. Por isso sei que, daqui a um ano, não hesitarei um segundo. Liberdade! Adeus, amizades reles! Sejam felizes porque longe de vocês eu serei certamente. Pelo menos, mais do que convosco.
Uma amiga minha, uma verdadeira, revelou-me esta frase: “Na vida há 3 tipos de pessoas, os móveis, os imóveis e os que se movem.” – Benjamin Franklin. Eu estive muito tempo imóvel. Tenho um ano para preparar a grande mudança!