Se compreendesses não falarias assim. Se pudesses imaginar não lhe chamarias de loucura. Não vês como não é dor, porque dor, essa não sente na pele mas no coração. É a fuga para o desespero. A alternativa às lágrimas. Porque nem sempre se pode chorar, nem sempre se pode mostrar a nossa fraqueza. E suportar uma dor insignificante é tão melhor. Igualmente mal visto talvez, mas deixa de ser sinónimo de dor, para ser sinónimo de loucura. Felizes são os loucos e isto não é felicidade. É agonia. Uma revolta que não se expressa com palavras; uma dor que se combate com dor. A nossa dor. Dizem não fazer sentido. Há quem prefira descarregar a frustração nos outros; eu simplesmente não me magoo mais do que a mim própria. Altruísmo quem sabe? Mas não é esse o propósito. E porquê explicá-lo? Ninguém entenderia de qualquer forma.
Algo que eu escrevi há meses, pensando num passado ainda mais distante. Um passado com anos, que ainda hoje me acompanha. Fora uma conversa que o trouxera, e então expressões de choque, porque fizeste isto, porque fizeste aquilo. Ninguém compreendia. Ninguém ainda compreende. Nem eu. Ultrapassei-o, devaneio louco da primeira paixão, mas o mal, o vírus continua cá, esperando uma quebra nas minhas defesas - uma quebra grande - para me atacar outra vez. Não tenho medo. Todo o mal que eu possa fazer a mim própria, não é nada comparado com o poder que os outros têm para me magoar. Sou vulnerável, como todos nós. E cada um de nós tem a sua maneira de se amparar aquando dos empurrões da vida. Cada um de nós tem o direito de escolher como se há de levantar, ou se se há de levantar. Cada um de nós tem o direito a lidar com a sua dor conforme quiser. Não me arrependo. Mostrou-me que há maneiras correctas de fazer as coisas, e aquela, bem, aquela era errada...
Dez 08
Algo que eu escrevi há meses, pensando num passado ainda mais distante. Um passado com anos, que ainda hoje me acompanha. Fora uma conversa que o trouxera, e então expressões de choque, porque fizeste isto, porque fizeste aquilo. Ninguém compreendia. Ninguém ainda compreende. Nem eu. Ultrapassei-o, devaneio louco da primeira paixão, mas o mal, o vírus continua cá, esperando uma quebra nas minhas defesas - uma quebra grande - para me atacar outra vez. Não tenho medo. Todo o mal que eu possa fazer a mim própria, não é nada comparado com o poder que os outros têm para me magoar. Sou vulnerável, como todos nós. E cada um de nós tem a sua maneira de se amparar aquando dos empurrões da vida. Cada um de nós tem o direito de escolher como se há de levantar, ou se se há de levantar. Cada um de nós tem o direito a lidar com a sua dor conforme quiser. Não me arrependo. Mostrou-me que há maneiras correctas de fazer as coisas, e aquela, bem, aquela era errada...
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