Palavras e palavras. Vida de palavras e palavras de vida. Abrir um livro ao acaso, escolher uma palavra ao acaso e então essa palavra é: palavras. Coincidência? Eu pessoalmente gosto mais do termo destino. Era suposto ser assim. Que palavra melhor para mim que a própria palavra? Talvez fosse essa a ideia, a mensagem subliminar, pelas palavras da professora de português: viver mais a vida e menos as palavras. Elas complementam-se, equilibram-se, como numa balança. E a minha está desequilibrada, mas eu estou a ver se resolvo esse problema... Talvez tenha sido um incentivo a não desistir, ou um aviso de que não me estou a esforçar o suficiente. Sempre muito fechada por detrás das palavras, dando-lhe um peso excessivo. Há que admitir que não são tudo. Não viver unicamente para aquele talento, porque quando ele falhar – e falhou –, quando for ultrapassado – e foi – então aí não sobra nada. Isso é errado. Como aquele concurso da escola, ganho no ano passado, invisível este ano. Um nó na garganta, frustração, e depois, ao ler o texto vencedor, comoção. Não sou única, percebi. As palavras pertencem a todo um mundo. Apenas as ideias, as histórias, são minhas. Mas elas não passam de imaginação e há que viver no mundo real.
Como um dia alguém disse: "Palavras leva-as o vento".
Como um dia alguém disse: "Palavras leva-as o vento".
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