O que é que nós fazemos quando temos uma janela à nossa frente?
Espreitamos.
O que é que nós fazemos quando temos uma porta à nossa frente?
Abrimo-la.
E se a janela estiver fechada?
Espreitamos na mesma.
E se a porta estiver trancada?
Então nós também o estamos...
É certo para mim que não precisamos de ter uma porta para ter uma janela. O nosso mundo é cheio de janelas, pela quais espreitamos para o mundo em nosso redor, sem sair do nosso casulo. (A minha bolha.) A porta é dispensável. Também podemos sair pela janela, não é? Quando tivermos a certeza. Porque a janela tem um problema (dois, mas já vamos ao segundo): a partir de uma certa altura só dá para sair, torna-se impossível - demasiado alta - regressar, pelo menos, sem ajuda. Os nossos pés escorregam na parede, os dedos mal alcançam o parapeito. É um caminho com uma só direcção. Então o segundo problema: quando a janela é demasiado alta, não se pode saltar. Muitos riscos, tudo ou nada. A quebra é muito grande, às vezes fatal. Ficamos então, procurando uma corda, esperando uma escada que nunca vem.
A porta é mais simples, precisa apenas de uma chave. É somente mais assustador, porque não sabemos à partida o que vamos encontrar do outro lado. Às vezes vale a pena; outra não. É uma questão de arriscar, como andar no escuro, às apalpadelas, bater contra a parede, cair, levantar e continuar outra vez, à procura do interruptor para acender a luz. Basta coragem. E a chave. Não nascemos com ela pendurada ao pescoço, infelizmente. O tempo aproxima-nos, a vida guia-nos, mas somos nós que temos de a agarrar quando surge à nossa frente. E ela aparece poucas vezes, e na maior parte, por acaso. Quanto mais procuramos, menos encontramos. Depois basta ir até à porta, afastar o medo, reunir a coragem, e avançar rumo ao desconhecido. À nova etapa. Quem sabe, rumo a uma nova vida...
Espreitamos.
O que é que nós fazemos quando temos uma porta à nossa frente?
Abrimo-la.
E se a janela estiver fechada?
Espreitamos na mesma.
E se a porta estiver trancada?
Então nós também o estamos...
É certo para mim que não precisamos de ter uma porta para ter uma janela. O nosso mundo é cheio de janelas, pela quais espreitamos para o mundo em nosso redor, sem sair do nosso casulo. (A minha bolha.) A porta é dispensável. Também podemos sair pela janela, não é? Quando tivermos a certeza. Porque a janela tem um problema (dois, mas já vamos ao segundo): a partir de uma certa altura só dá para sair, torna-se impossível - demasiado alta - regressar, pelo menos, sem ajuda. Os nossos pés escorregam na parede, os dedos mal alcançam o parapeito. É um caminho com uma só direcção. Então o segundo problema: quando a janela é demasiado alta, não se pode saltar. Muitos riscos, tudo ou nada. A quebra é muito grande, às vezes fatal. Ficamos então, procurando uma corda, esperando uma escada que nunca vem.
A porta é mais simples, precisa apenas de uma chave. É somente mais assustador, porque não sabemos à partida o que vamos encontrar do outro lado. Às vezes vale a pena; outra não. É uma questão de arriscar, como andar no escuro, às apalpadelas, bater contra a parede, cair, levantar e continuar outra vez, à procura do interruptor para acender a luz. Basta coragem. E a chave. Não nascemos com ela pendurada ao pescoço, infelizmente. O tempo aproxima-nos, a vida guia-nos, mas somos nós que temos de a agarrar quando surge à nossa frente. E ela aparece poucas vezes, e na maior parte, por acaso. Quanto mais procuramos, menos encontramos. Depois basta ir até à porta, afastar o medo, reunir a coragem, e avançar rumo ao desconhecido. À nova etapa. Quem sabe, rumo a uma nova vida...
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