É irónico quando as pessoas procuram uma vida perfeita num mundo perfeito, e afinal precisam de muito pouco para serem felizes. Como quando olham pela janela do autocarro e não vêm realmente o que está para lá do vidro. Ou como quando cruzam a cidade a correr e não têm um segundo para apreciar a beleza que se esconde entre cada rua, a história que conta cada fachada. Não têm tempo para ver, apenas para olhar.
As vozes altas enchem o ar, sobrepõem-se, e nunca ninguém dá valor ao silêncio porque simplesmente não o conhecem. Não sabem que pode dizer muito mais que todas as palavras do mundo.
E aqui estou eu, vendo, pela milésima vez, essa paisagem. Música abafando as vozes que são ruído. Som e imagem familiares, tranquilizantes. Tantas e tantas horas, ontem, hoje e amanhã. Todos os dias. Sempre igual, mas sempre diferente.
As vozes altas enchem o ar, sobrepõem-se, e nunca ninguém dá valor ao silêncio porque simplesmente não o conhecem. Não sabem que pode dizer muito mais que todas as palavras do mundo.
E aqui estou eu, vendo, pela milésima vez, essa paisagem. Música abafando as vozes que são ruído. Som e imagem familiares, tranquilizantes. Tantas e tantas horas, ontem, hoje e amanhã. Todos os dias. Sempre igual, mas sempre diferente.
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