segunda-feira, 1 de junho de 2009

Relatividade: tempo

E aqui estamos nós outra vez, fazendo planos para o futuro, inconscientemente decidindo-o a cada escolha de circunstância. Aqui estamos nós, no final de mais uma etapa, olhando para trás, abrindo os olhos perante a velocidade a que os lentos dias se dissiparas; e virando o rosto para frente, fechando os olhos de medo, incerteza…
Aqui estamos nós sonhando com um amanhã que não será nada do que imaginámos. Tal como não o fora o ontem, ou o hoje.
O tempo é tão relativo… Dizia que faltava muito, e agora vejo-me de braços dados com a certeza de que é só mais um ano. Outro que hoje tem 365 dias, e que no final, ao voltarmos novamente o olhar para trás, diremos ter dito menos de 65. Foi assim este anos, e nos ouros. O ontem de há dois anos parece-me o ontem de há dois dias. Tão longe, e, para mim, ainda tão próximo.
Não me sinto preparada. Não me sentia antes e não me sinto agora. Não para o ano que vêm – será tal como os anteriores –, mas para a certeza de que, quando ele acabar, a minha vida vai mudar. É estúpido pensar que eu quero essa mudança, mas acredito que não seja a primeira pessoa a recear algo que deseja. Há sempre um certo medo inato ao ser humano quando nos referimos ao desconhecido, não importa o que ele seja.
E aqui estou eu outra ver, largando pensamentos em forma de palavras. E também elas repetitivas… Como o tempo, relativas. Como a vida, relativas.

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