domingo, 21 de agosto de 2011

Nós.

O sonho era o mesmo todas as noites. Eu. Tu. A vida.
Com tão poucas e fortes palavras, não resta nada mais para dizer. Porque podemos andar às voltas, como luas em órbita, deixando um rasto de literatura, mas, no final, as palavras que ditam o nosso destino vêm sempre sozinhas: Sim. Não. Amo-te. Adeus. Fim.
Os testamentos são para os mortos. Em vida, as palavras devem ser contidas, directas, assertivas, verdadeiras. Quem se perde em rodeios, perde tempo, perde horas de vida e anos de felicidade. Mas, por vezes, é tudo o que existe.
Temos esta necessidade infantil de querer encher de palavras o silêncio. O amor expressa-se no prazer que duas almas sentem ao partilhar um momento de silêncio. A verdadeira verdade não precisa de palavras para se expressar. Mas todas as mentiras nascem nas palavras.
Lê em silêncio. Escrevo em silêncio. A literatura é a voz muda dos sonhos.
E todas as noites partilhamos este mesmo sonho. Eu. Tu. A vida.

1 comentário:

running4him disse...

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