sexta-feira, 15 de julho de 2011

STOP

Senta-te. Pára. 'Pára' à moda antiga, para distinguir bem as coisas. Não interessa o 'para', o 'para' é a finalidade última que quase ninguém conhece quando faz as coisas. Daí ser preciso parar. Portanto dá ênfase à necessidade e pára. Não importa porquê ou para quê.
Pára e pensa. Quantas vezes é que eu te contei esta história?
Ah, ainda não te disse qual. Bem, é a tua história. Ou a minha. Ou a dele.
Começou com alguém que se esquecia consecutivamente do acento no 'para'. Quando a finalidade grita muito alto e não surgem sinais vermelhos hexagonais de STOP na nossa vida, quando o destino se impõe com demasiada força e violamos o direito de passagem àqueles que se cruzam na nossa vida, o caos acontece e o acidente é inevitável. À primeira, raramente é fatal. Depois, os outros ganham medo. E da próxima os estragos tornam-se permanentes.
E o culpado?
Pára, senta-te e pensa. Quantas vezes contaste esta história?
Quantas vezes ultrapassaste os outros sem teres esse direito? E quantos atropelaste mesmo?
Quantas vezes te esqueceste de olhar para o lado? E quantas vezes excedeste a velocidade?
Eu, muitas. Demasiadas.
Mais do que me pude aperceber.
Mas, e tu?

Senta-te, pára e pensa.
Talvez o código não sejam ensinamentos de condução. Talvez seja uma lição de vida.

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