domingo, 12 de junho de 2011

depois

E depois?
Damos umas cambalhotas, gritamos uns pregões, choramos por mentiras e rimos por verdades.
Quando achas que já nada se recompõe, tropeças no teu próprio erro.
Se calhar não é bem assim.
E depois já está.
Não é assim tão fácil, não. Mas é um (re)começo.
Primeiro batemos com a cabeça na parede. Depois dói. De seguida vemos que ela já estava lá. Depois zangamo-nos. Mas quando passa, fica lá a marca para nos recordar. E já não é a dor que dói. É a memória da dor.
E as memórias são os fantasmas mais difíceis de exorcizar.

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