quinta-feira, 30 de junho de 2011

A message to Life

Não me pregues sustos, Vida, não me pregues sustos.
Não me tentes com o que não posso ter, não queiras violar a minha moral.
Não me faças arrepender, não me faças chorar.
Não deixes que a minha consciência fique pesada, não permitas que o mesmo pensamento se repita vez após vez como um disco riscado.
Não me permitas acumular erros como quem colecciona moedas, velhas e passadas de mão em mão, gastas, gastas como as asneiras que insistimos em cometer.
Não maltrates o meu coração, Vida, não o maltrates, por favor.
Não me obrigues a percorrer acordada as longas horas da noite e não me tragas pesadelos.
Não destruas os meus sonhos, não quebres as minhas ilusões, Vida, não mates o meu amor.
Não mates o meu amor.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Amizade


Believe me, is what we need the most...
Maio 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Entre Obrigada e Desculpa, Silêncio

A qualquer hora que me chames, eu estarei aqui para ti. Para qualquer pergunta que faças, eu terei algo a dizer em resposta. Pode não ser o acertado, o fácil ou o inteligente, pode até nem fazer sentido, mas ainda que não te dê a sabedoria que não possuo, dou-te o tempo e a atenção de que disponho. Por vezes, pode ser necessário que a peças. Por vezes, pode ser que tenhas de gritar comigo para te ouvir, mas se e sempre que te ouvir, não te vou ignorar. É apenas uma questão de sair deste alheamento inconsciente da realidade e abrir os olhos para o mundo palpável, como caminhar à beira de um sonho, na fronteira entre o acordado e o adormecido, tão vulnerável que basta um pequeno empurrão. Não tenhas medo de me empurrar. A queda não é assim tão grande. E por tudo o que devia ter feito e não fiz, por tudo o que devia ter dito e não disse, e por tudo o que não fiz e devia ter feito e fiz e não devia ter feito; por todas as falhas que consigas enumerar, há uma desculpa pouco ética e talvez menos ainda aceitável, mas tenta equacioná-la com a falta de intenção e sem nunca esquecer que, mesmo que às vezes não aparente, és importante, fazes falta e magoa-me tanto como a ti qualquer pedra no caminho, mesmo jogada inconsequentemente por mim; e todas as conversas falhadas repetem-se como um disco estragado e eu gostava de voltar aos dias em que ainda não te tinha desiludido.
Porque, no final, soa como se tudo tivesse começado bem e acabado mal. Porque não se me acalma a alma com estes assuntos mal resolvidos, e deixar em suspenso, como uma amizade presa por um fim, a nossa história por estes breves meses parece errado e angustiante, cheguei aqui, na incerteza de fazer algum sentido com estas palavras, porque a única coisa que sei é que não estava tudo bem. Precisava de achar o contrário. Precisava que soubesses isso, isto, tudo isto. Porque o meu silêncio nunca é de indiferença. Neste momento, ele guarda duas palavras: Obrigada e Desculpa.
Não peço a ninguém que esqueça. Peço apenas que seja eu e não o tempo ou distância a apagar alguma mágoa. Peço um novo começo em Setembro. Peço que a nossa amizade não se perca no Verão.

sábado, 25 de junho de 2011

ODEIO DESPEDIDAS
JÁ TENHO SAUDADES TUAS
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sexta-feira, 24 de junho de 2011

VAI SER UM VERÃO ESTRANHO
PONTO FINAL
.

domingo, 19 de junho de 2011

Viagem

A vida segue o mesmo caminho, independentemente das pessoas que se cruzam contigo. A vida segue o mesmo caminho independentemente dos desvios que fazes, das colisões, das paragens.
A vida segue sempre o mesmo caminho.
Mesmo que cada dia pareça diferente, melhor ou pior, enquanto a vida for vida, ela segue o mesmo caminho, religiosamente cronometrado pelos rigorosos ponteiros do relógio.
O destino, só o destino o sabe, e o meu caminho só igual ao teu se caminharmos lado a lado, mas a vida, a vida percorre sempre as mesmas estradas, tropeça nos mesmos buracos, é tentada pelos mesmos atalhos.
E como numa viagem, meu amigo, mais importante que o meio de transporte em que viajas, são as pessoas que te acompanham.

domingo, 12 de junho de 2011

depois

E depois?
Damos umas cambalhotas, gritamos uns pregões, choramos por mentiras e rimos por verdades.
Quando achas que já nada se recompõe, tropeças no teu próprio erro.
Se calhar não é bem assim.
E depois já está.
Não é assim tão fácil, não. Mas é um (re)começo.
Primeiro batemos com a cabeça na parede. Depois dói. De seguida vemos que ela já estava lá. Depois zangamo-nos. Mas quando passa, fica lá a marca para nos recordar. E já não é a dor que dói. É a memória da dor.
E as memórias são os fantasmas mais difíceis de exorcizar.

sábado, 11 de junho de 2011

Um + Um

Desliga-te de ti e ouve-me. Desliga-me de mim e deixa-me escrever a certeza imparcial e impessoal do amor. Corta os cordões com que ele mexe o meu coração, por uns minutos, só por uns minutos, e deixa-me divagar sem acusações sobre o calor da presença e o frio da ausência, a temperatura errada, a mão manipuladora da distância, o exagero das saudades, a ampliação dos sentimento quando filtrados por esse espectro a que chamamos amor.
A vida rebola à flor da pele e os sorrisos são tão fáceis neste pedaço iluminado do mundo. Os pensamentos giram como satélites em orbita à volta deste porto seguro, soprados ocasionalmente por distracções, mas atraídos invariavelmente de volta pelo teu campo gravitacional. As horas são de uma subjectividade quase absurda quando a incógnita de todas as equações que regem o universo se resume a cinco letras. E se há demasiadas vozes que se erguem, a bolha encerra-se como um casulo de borboleta e caímos no erro de ignorar que realmente há um mundo lá fora que espera algo de nós. Sempre que fechamos a porta, erguemos essa barreira que altera as leis da natureza, impondo uma nova ordem onde um mais um não são dois.
Mas um mais um são dois. 99% do tempo.
Quem não o sabe, quem não o compreende, também não ama essa unicidade que defende. Porque se esqueceu de se amar a si próprio primeiro.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ah, saudade!

Ah, se soubéssemos o preço emocional da distância, partiríamos quando decidimos ficar e ficaríamos quando escolhemos partir.
Se soubéssemos, ah, se soubéssemos... Escrevíamos o guião do filme sem intervalos, cortaríamos tudo o que é descrições, apagávamos despedidas e ficaríamos apenas com os reencontros, as noites apaixonadas, as horas acompanhadas.
Ah, se pudéssemos! Não fomos habituados a crescer separados. Não fomos habituados a dormir sozinhos. E agora, criança, enroscas-te sobre ti debaixo do cobertor, afastas os romances cor-de-rosa, e sonhas com um comboio azul e vermelho.
Se não o adivinhássemos, se não tivesse sido avisada, seria uma grande surpresa. Ainda só não podia prever a quantidade exacta de saudade que brotaria todos os dias, todas as noite, todas as manhãs. Só ainda não podia conceber a quantidade exacta de amor e a sua conversão em nostalgia.
Se soubéssemos, ah, se soubéssemos. Deixava o comboio azul e vermelho passar, não sairia sequer do calor dos lençóis. Mas voltar a casa... Quando a obrigação se converte em vontade e esse desejo entra em conflito com esta nova necessidade básica, ah, quando os quilómetros nos dividem o coração, acabamos a desesperar por uma mensagem e a desabafar no computador às três da manhã.
Porque não fomos habituados a dormir sozinhos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dilema

Coming back tomorrow.

YES
. . . . . No
. . . . . . . . . Yes
. . . . . . . . . . . . . . NO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . YES
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Yes
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . NO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . YES
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . No
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Yes
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . NO


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Teorema errático

Errámos no dia em que dissemos que assim estava certo. No dia em que dissemos este caminho é melhor. Mais perto. No dia em que ficámos em casa. Em que ficámos calados.
Errámos quando dissemos sim e quando dissemos não. E quando não dissemos, não foi quando não errámos, mas quando mais medo tínhamos de errar.
Hoje, esta canção é para ti que choras, entre os lençóis, com a cabeça enterrada na almofada, a moer os erros que nem soubeste que fazias.
Essas lágrimas são de um arrependimento casto num corpo gasto, cheio de um rancor imerecido para com a vida e de uma saudade estúpida das pessoas que te fazem mal.
A inconsciência é o mais inocente dos erros, mas o mais difícil de superar. Não compreendo porquê. Apenas que a intencionalidade arrasta uma carga de maldade que vai de encontro à veia masoquista que cada um guarda, ou toca igualmente o lado maldoso que se quer ocultar, e pela nossa própria despenalização se esquece a culpa dos outros.
Mas errar, de facto, todos erram.
Como é injusto que o pior e o melhor do mundo sejam as pessoas!