Fode-me a vida até sangrar. Até as minhas palavras eloquentes virarem palavrões crus e ferozes, como a merda que dizes todos os dias. Os actos falhados ressoam nos meus ouvidos como sinos furados gritando um calão rude de além-mar.
Esta noite não é fácil. Mas para o diabo que te leve se me fodes a cabeça por mais um minuto que seja! O meu sangue já corre célere nas veias das minhas têmporas e não é por nenhuma maldita boa razão.
Que ele venha rápido, por amor de Deus!
Estou farta de pensar em ti! Não importas, não, diabos, não! Não desde o momento em que me falas como um puta estúpida que só cresceu mentalmente o suficiente para aprender que todo o mundo gostas de foder os outros!
Ah, se imaginasses a confiança nua que existe na troca destas bestialidades! Se soubesses que grau de intimidade é necessário para as proferir sem consequências! Se imaginasses o amor que é preciso para chamar puta a alguém e ela reagir como se lhe tivessem chamado de querida!
Para o inferno com o que chamas falta de respeito! Sim, isto É para ti!
Porque acabas a martelar-me o cérebro com a merda que dizer! Revolta-te para dentro e não leias mais! Que caralho, não me venhas com comentários que eu não te quero ouvir!
Se não fosses tu, ninguém mais tinha de suportar esta linguagem vil e nojenta de revolta sublimada contra o teclado do computador.
Fode-me mais um pouco esta noite, que amanhã eu já vou deixar de pensar em ti novamente.
Maldição, não hás-de ser assim tão importante! E podes insultar-me o quanto queiras. Perdes mais valor a cada palavra. Mesmo que quem diga os palavrões seja eu.
Lamento-o e é tudo.
Não voltei a chorar.