quinta-feira, 12 de abril de 2012

um segundo

O teu silêncio entranha-se na minha pele e faz-me comichão. A tua escassez de palavras deixa-me a tremer. A incerteza deita-me a baixo. Segura-me, por favor.
O ritmo do meu coração baralha-se quando não estás, como uma bússola que procura o norte e não o encontra. Guia-me até ti. Chama por mim. Não te canses, oh, por favor, não digas que não.
Os meus ouvidos anseiam por palavras tuas - palavras doces, palavras sinceras - como um drogado em privação. Tenho saudades daquela palavra. As vezes, nem todos os gestos do mundo substituem aquele segundo em que o coração pára para reconhecer a razão porque continua a bater.
Céus, mal me lembro da última vez.

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