quinta-feira, 1 de setembro de 2011

dá-me um abraço

Abraça-me. Não chores, não rias. Abraça-me apenas.
Sabes aqueles dias em que tudo corre mal? Em que qualquer palavra soa a recriminação e ninguém parece satisfeito, andes direito ou de pernas para o ar?
Um abraço cura. Um abraço teu levava as lágrimas e devolvia o sorriso. Mesmo que fosse este sorriso molhado.
Há dias assim, em que caminhas vacilante na corda, sempre prestes a cair, a desfazeres-te e a condenares a vida e toda a existência. Depois passa. Passa sempre. É essa a maldição e a benção da vida.
Dá-me um abraço. Por tudo de bom e mau, vem aqui e dá-me um abraço.
Preciso de ti. Preciso tanto de ti...
Aqueles dias, aqueles infernais dias em que só se está bem só. É mentira. Estaria melhor contigo do que só. Nos teus braços, amor.
Abraça-me. Não perguntes porquê. Abraça-me apenas.

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